Christoph Gottfried Bardili

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Christoph Gottfried Bardili
Nascimento 18 de maio de 1761
Blaubeuren
Morte 5 de junho de 1808
Mergelstetten
Alma mater
Ocupação filósofo, professor universitário
Empregador(a) Hohe Karlsschule

Christoph Gottfried Bardili (Blaubeuren, 18 de maio de 1761 – Mergelstetten, Heidenheim an der Brenz, 5 de junho de 1808) foi um filósofo alemão e primo de Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling, com o qual ele compartilhou os primeiros estágios de desenvolvimento. Foi crítico do idealismo kantiano e propôs seu próprio sistema de filosofia conhecido como realismo racional, uma visão baseada puramente em "pensamento como pensamento".[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Bardili nasceu em Blaubeuren, no Ducado de Württemberg. Depois de aulas particulares, frequentou as escolas do mosteiro em Denkendorf e Blaubeuren por dois anos, de 1774 a 1778. Em 1778 transferiu-se para o mosteiro protestante de Tübingen e dedicou-se aos estudos científicos, filosóficos e teológicos. Em 1783 se tornou vigário em Kirchheim, mas depois continuou seus estudos de filosofia. Em 1787 foi para a Universidade de Göttingen. Ele voltou em 1789 e tornou-se um assistente de filosofia no mosteiro de Tübingen.[2]

Em 1790, Bardili aceitou o cargo de professor de filosofia na Hohe Karlsschule em Stuttgart e lá permaneceu até o seu fechamento em 1794. Ele então se tornou professor do ensino médio no Gymnasium Illustre de Stuttgart e ficou lá até sua morte.[2]

Seu trabalho filosófico, que é amplamente moldado pela discussão com Immanuel Kant, foi trazido de uma forma mais tangível por Carl Leonhard Reinhold.[2]

Seu sistema teve pouca influência na Alemanha. No entanto, em alguns aspectos, suas ideias abriram caminho para as especulações posteriores de Schelling e Hegel. Ele discordou fortemente da distinção kantiana entre matéria e forma de pensamento, e insistiu que a filosofia deveria considerar apenas o pensamento em si mesma, o pensamento puro, a base ou possibilidade de ser. O princípio fundamental do pensamento é, segundo ele, a lei da identidade; o pensamento lógico é o pensamento real. A matéria sobre a qual o pensamento operou é em si mesma indefinida e se torna definida pela ação do pensamento. Bardili elaborou sua ideia de uma maneira unilateral. Ele sustentava que o pensamento em si não tem poder de desenvolvimento e, por fim, reduziu-o à computação aritmética.[3]

Obras selecionadas[editar | editar código-fonte]

  • Observationes physicae, praesertim meteorologicae, 1780.
  • Ueber die Entstehung und Beschaffenheit des ausserordentlichen Nebels in unseren Gegenden im Sommer 1783, 1783.
  • Epochen der vorzüglichsten philosophischen Begriffe, 2 volumes, 1788.
  • Gibt es für die wichtigsten Lehren der theoretischen sowohl als der praktischen Philosophie, 1791.
  • Sophylus oder Sittlichkeit und Natur als Fundamente der Weltweisheit, 1794.
  • Allgemeine praktische Philosophie, 1795.
  • Ueber den Ursprung des Begriffs von der Willensfreiheit, 1796.
  • Briefe über den Ursprung der Metaphysik überhaupt, 1798.
  • Grundriss der ersten Logik, 1800.
  • Philosophische Elementarlehre, 2 volumes, 1802–1806.
  • Beiträge zur Beurtheilung des gegenwärtigen Zustandes der Vernunftlehre, 1803.
  • Briefwechsel über das Wesen der Philosophie und das Unwesen der Speculation, 1804.

Referências

  1. Rockmore, Tom (2011). Kant and Phenomenology (em inglês). Chicago: University of Chicago Press. p. 85 
  2. a b c Richter, Arthur. «Bardili, Christoph Gottfried». Allgemeine Deutsche Biographie (em alemão). 2 1875 ed. Munique: Duncker & Humblot. pp. 55–56 
  3. Chisholm, Hugh. «Bardili, Christoph Gottfried». Encyclopædia Britannica (em inglês). 3 1911 ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 396 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]