Classe Derfflinger

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Classe Derfflinger

O Derfflinger, a primeira embarcação da classe
Visão geral  Alemanha
Operador(es) Marinha Imperial Alemã
Construtor(es) Blohm & Voss
Schichau-Werke
Estaleiro de Wilhelmshaven
Predecessora SMS Seydlitz
Sucessora Classe Mackensen
Período de construção 1912–1917
Em serviço 1914–1918
Construídos 3
Características gerais
Tipo Cruzador de batalha
Deslocamento 31 200 a 31 500 t (carregado)
Comprimento 210,4 a 212,8 m
Boca 29 m
Calado 9,2 a 9,5 m
Propulsão 4 hélices
4 turbinas a vapor
22 caldeiras
Velocidade 26 nós (47 km/h)
Autonomia 5 600 milhas náuticas a 12 nós
(10 400 km a 22 km/h)
Armamento 8 canhões de 305 mm
12 ou 14 canhões de 149 mm
4 a 12 canhões de 88 mm
4 tubos de torpedo
Blindagem Cinturão: 100 a 300 mm
Convés: 30 a 80 mm
Torres de artilharia: 270 mm
Casamatas: 150 mm
Torre de comando: 300 mm
Tripulação 44 oficiais
1 068 marinheiros

A Classe Derfflinger foi uma classe de cruzadores de batalha operada pela Marinha Imperial Alemã, composta pelo SMS Derfflinger, SMS Lützow e SMS Hindenburg. Suas construções começaram em 1912 e 1913, foram lançados ao mar em 1913 e 1915 e comissionados na frota alemã em 1914, 1915 e 1917.[1] As embarcações foram resultado de pressão pública oriunda do envolvimento britânico na Crise de Agadir, o que fez a Dieta Imperial aprovar o orçamento para a construção de novos cruzadores de batalha.[2] Os navios da Classe Derfflinger eram similares ao predecessor SMS Seydlitz, mas possuíam dimensões maiores e também um armamento principal mais poderoso.

Os cruzadores de batalha da Classe Derfflinger eram armados com uma bateria principal de oito canhões de 305 milímetros em quatro torres de artilharia duplas. Tinham um comprimento de fora a fora de mais de 210 metros, boca de 29 metros, calado de nove metros e um deslocamento carregado de mais de 31 mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por 22 caldeiras mistas de carvão e óleo combustível que alimentavam quatro turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de 26 nós (47 quilômetros por hora). Eram protegidos por um cinturão principal de blindagem que tinha entre cem e trezentos milímetros de espessura.[3]

Os navios entraram em serviço durante a Primeira Guerra Mundial. O Derfflinger participou da maioria das ações navais alemãs, incluindo as Batalhas de Dogger Bank em 1915 e Jutlândia em 1916. O Lützow só participou da Jutlândia. Durante esta batalha eles afundaram os cruzadores de batalha HMS Invincible e HMS Queen Mary, porém o Lützow foi seriamente danificado e precisou ser afundado. O Hindenburg entrou em serviço muito tarde para participar de alguma ação. Os dois sobreviventes foram internados na base britânica de Scapa Flow em 1918 depois da derrota da Alemanha, sendo deliberadamente afundados em 1919.[4] Seus destroços foram posteriormente desmontados.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Gröner 1990, p. 57
  2. Herwig 1998, p. 77
  3. Gröner 1990, pp. 56–57
  4. Staff 2006, pp. 39–42

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Gröner, Erich (1990). German Warships: 1815–1945. I: Major Surface Vessels. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-87021-790-6 
  • Herwig, Holger (1998) [1980]. "Luxury" Fleet: The Imperial German Navy 1888–1918. Amherst: Humanity Books. ISBN 978-1-57392-286-9 
  • Staff, Gary (2006). German Battlecruisers: 1914–1918. Oxford: Osprey Books. ISBN 978-1-84603-009-3 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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