Condado de Hale (Alabama)

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 Nota: Se procura por outros condados com o mesmo nome, veja Condado de Hale.
Condado de Hale
Hale County
Condados dos Estados Unidos Estados Unidos
Tribunal do condado e estátua confederada em Greensboro
Dados gerais
Estado Alabama
Sede Greensboro
Data de fundação 1867 (157 anos)
Maior cidade Greensboro
Características geográficas
Área 1702 km²
- Área água 34 km² (1,94%)
População 14 595 (2022)
Densidade 9 hab/km²
Portal Portal Estados Unidos

O Condado de Hale é um dos 67 condados do estado norte-americano do Alabama. De acordo com o censo de 2022,[1] sua população é de 14.595 habitantes. A sede de condado e sua maior cidade é Greensboro.[2] O condado foi fundado em 1867 e recebeu o seu nome em homenagem a Stephen F. Hale (1816–1862),[3] tenente-coronel no Exército dos Estados Confederados.

História[editar | editar código-fonte]

O condado de Hale foi estabelecido durante o período da Reconstrução, em 30 de janeiro de 1867. Localizado na região centro-oeste do estado, o condado foi criado a partir de porções dos condados de Greene, Marengo, Perry e Tuscaloosa, sendo que a maior parte de seu território provém do primeiro. Os primeiros colonos foram sulistas migrantes da Geórgia, Tennessee, Kentucky e das Carolinas.[4][5]

O condado está conectado a pelo menos três artistas do século XX: Walker Evans fotografou a área em 1936 enquanto colaborava com James Agee no livro de 1941, "Let Us Now Praise Famous Men". Desde 1960, William Christenberry, nascido em Tuscaloosa, tem fotografado vários locais do condado como parte de suas investigações artísticas. É também o local de nascimento do segundo prefeito afro-americano de Chicago, Eugene Sawyer.[6] Em 2019, o filme Hale County This Morning, This Evening, do diretor RaMell Ross, foi nomeado ao oscar de melhor documentário de longa-metragem, abordando a mudança demográfica da região e a vida da comunidade afro-americana no condado.[7]

Desde a Guerra Civil, os brancos controlavam a maior parte do poder econômico e político do condado, imposto primeiramente pela violência e posteriormente pela privação dos direitos de eleitores negros, bem como a aplicação estadual das leis de Jim Crow. Na primeira metade do século XX, muitos afro-americanos deixaram o condado em duas ondas migratórias rumo a cidades e centros industriais ao norte e ao oeste. No condado se deu origem a uma das primeiras associações pelos direitos civis.[5]

O condado sofreu um declínio econômico, particularmente na região mais rural ao sul. Muitas das fábricas fecharam durante o remanejamento do final do século XX, acarretando o declínio da população e dos negócios devido a perda de empregos, especialmente ao redor de Greensboro. A parte norte do condado, entretanto, gozou de um crescimento populacional e industrial devido a proximidade ao condado de Tuscaloosa.[5]

Geografia[editar | editar código-fonte]

De acordo com o censo,[1] sua área total é de 1.702 km², destes sendo 1.668 km² de terra e 34 km² de água.

Condados adjacentes[editar | editar código-fonte]

Área de proteção nacional[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Principais rodovias[editar | editar código-fonte]

  • U.S. Highway 80
  • State Route 14
  • State Route 25
  • State Route 60
  • State Route 61
  • State Route 69

Aeroportos[editar | editar código-fonte]

Demografia[editar | editar código-fonte]

De acordo com o censo de 2022:[1]

  • População total: 14.595 habitantes
  • Densidade: 9 hab/km²
  • Residências: 7.601
  • Famílias: 5.133
  • Composição da população:
    • Brancos: 40,8%
    • Negros: 57,7%
    • Nativos americanos e do Alaska: 0,3%
    • Asiáticos: 0,3%
    • Duas ou mais raças: 0,8%
    • Hispânicos ou latinos: 1,6%

Turismo[editar | editar código-fonte]

A 'Safe House Museum', em Greensboro. Nesta casa, em 1968, seu dono abrigou Martin Luther King de membros locais da Klan.

Greensboro, sede do condado, é o local do 'Safe House Museum'. Em 21 de março de 1968, Martin Luther King Jr. compareceu à uma reunião na St. Matthew Church, em Greensboro e, em seguida passou a noite neste local, onde buscou refugio da Ku Klux Klan. O museu revela a luta por igualdade protagonizada pelos afro-americanos no Alabama, e sua curadora, Theresa Burroughs, era tanto uma amiga de família de King, quanto uma ativista de frente no Movimento dos Direitos Civis.[5][8] Historicamente, William Burns Paterson montou a Tullibody Academy para os afro-americanos em Greensboro.

Em Greensboro também se encontram diversas casas e igrejas do antebellum, incluindo algumas que se encontram listadas no Registro Nacional de Lugares Históricos, tais como Glencairn e Magnolia Grove.[5][9]

Em Moundville, localizada parcialmente no condado de Tuscaloosa, há um parque arqueológico que inclui construções em colinas que remontam à cultura mississippiana.[5]

Comunidades[editar | editar código-fonte]

Cidades[editar | editar código-fonte]

Vilas[editar | editar código-fonte]

Comunidades não-incorporadas[editar | editar código-fonte]

  • Darrah
  • Gallion
  • Havana
  • Lock Five
  • Prairieville
  • Sawyerville
  • Stewart
  • Wedgeworth

Cidades-fantasma[editar | editar código-fonte]

  • Arcola
  • Erie
  • Freetown

Pessoas notáveis[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «U.S. Census» 
  2. «Find a County». National Association of Counties. Consultado em 25 de novembro de 2010. Arquivado do original em 4 de agosto de 2010 
  3. Gannet, Henry (1905). The origin of certain place names in the United States. Washington: Govt. Print. Off. p. 147 
  4. «Genealogy of Alabama - Hale County». Genealogy Trails 
  5. a b c d e f «Hale County». Encyclopedia of Alabama 
  6. «Former Mayor Eugene Sawyer Dies». Chicago Tribune. 20 de janeiro de 2008. Consultado em 5 de março de 2023. Arquivado do original em 23 de janeiro de 2008 
  7. «"Free Solo" wins Best Documentary Feature-Oscars on YouTube» 
  8. «Safehouse Black History Museum at Greensboro, Alabama». Rural Southwest Alabama. 25 de abril de 2012. Consultado em 27 de fevereiro de 2023 
  9. «National Register Information System». National Register of Historic Places 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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