Confissão de Schleitheim

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A Confissão de Schleitheim é uma confissão de fé dos Irmãos Suíços anabatistas, publicado em 24 de fevereiro de 1527.

Origem[editar | editar código-fonte]

Artículo da Confissão de Schleitheim
Confissão de Schleitheim impressa em 1550, exposta na Sala Anabatista do Museu de História Local em Schleitheim, Suíça.

A Confissão de Schleitheim foi publicada em 1527, depois de uma Conferência dos Irmãos Suíços anabatistas, em 24 de fevereiro de 1527. Seu principal editor foi o líder anabatista chamado Miguel Sattler.[1]

Doutrinas[editar | editar código-fonte]

A confissão consistiu em sete artigos, escritos durante um período de perseguição severa[2]:

  • Batismo do crente: O batismo é administrado para aqueles que conscientemente se arrependeram, mudaram suas vidas e creem que Cristo morreu pelos seus pecados e que o solicita para si (as características de um novo nascimento). Os bebês, portanto, não deveriam ser batizados.
  • O Banimento (excomunhão): Um cristão deve viver com disciplina e caminhar no caminho da justiça. Aquele que escorregar e cair em pecado deve ser repreendido duas vezes em segredo, mas a terceira ofensa deve ser abertamente disciplinada e banida como recurso final. Isso sempre deve ocorrer antes do partir do pão.
  • Partir do Pão (ceia): Somente aqueles que foram batizados podem participar da ceia. A participação na comunhão é uma lembrança do corpo e do sangue de Cristo; o corpo e o sangue reais de Cristo não estão presentes no sacramento.
  • Separação do Mal: A comunidade de cristãos não terá associação com aqueles que permanecem em desobediência e espírito de rebelião contra Deus. Não pode haver comunhão com os perversos do mundo; não pode haver participação em obras, cultos, encontros e assuntos civis daqueles que vivem em contradição com os mandamentos de Deus (católicos e protestantes).[3]
  • Pastores na Igreja: Os pastores devem ser homens de boa reputação. Algumas das responsabilidades que devem realizar fielmente são ensinar, disciplinar, proibir, liderar a oração e os sacramentos. Eles devem ser apoiados pela igreja, mas também devem ser disciplinados se pecarem.
  • A espada (pacifismo cristão) — não resistência: A violência não deve ser usada em nenhuma circunstância. O caminho da não-violência é modelado segundo o exemplo de Cristo, que nunca apresentou violência contra a perseguição ou como punição pelo pecado. Um cristão não deve julgar as disputas mundanas. Não é apropriado que um cristão sirva de magistrado; um magistrado age de acordo com as regras do mundo, não de acordo com as regras do céu; suas armas são mundanas, mas as armas de um cristão são espirituais.
  • O juramento: Nenhum deve ser feito porque Jesus proibiu a realização de juramentos e xingamentos. Testificar não é o mesmo que jurar. Quando uma pessoa testemunha, está afirmando o presente, seja bom ou mal.[4]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

  1. J. Philip Wogaman, Douglas M. Strong, Readings in Christian Ethics: A Historical Sourcebook, Westminster John Knox Press, USA, 1996, p. 141
  2. Donald B. Kraybill, Concise Encyclopedia of Amish, Brethren, Hutterites, and Mennonites, JHU Press, USA, 2010, p. 184
  3. "The Trial and Martyrdom of Michael Sattler (1527)", The Anabaptists, Janz.
  4. "The Schleitheim Confession", Rod e Staff Publishers, Inc., Crockett, KY, 1985.
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