Conjunto Urbanístico e Paisagístico de São Félix

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Conjunto Urbanístico e Paisagístico da Cidade de São Félix
Apresentação
Tipo
Estatuto patrimonial
bem tombado pelo IPHAN
bem tombado pelo IPAC (d)Visualizar e editar dados no Wikidata
Localização
Localização
Coordenadas
Mapa

O Conjunto Urbanístico e Paisagístico da Cidade de São Félix são edificações localizadas em São Félix, município do estado brasileiro da Bahia. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2012, através do processo n.º 1286.[1]

A arquitetura segue o estilo colonial, com prédios datados dos séculos XVII, XVIII e XIX. Além do traçado urbano original se conservar praticamente intacto, pode ser identificada uma variedade de edificações destinadas aos mais diversos usos (residenciais, religiosos, administrativos, industriais e de serviços) constituídos por casas térreas, sobrados, vilas operárias, igrejas, mercado, fábricas, armazéns, trapiches, entre outros. O traçado inclui o leito da ferrovia até a antiga estação ferroviária, a Ponte Dom Pedro II e a orla do rio.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A cidade do Recôncavo Baiano localiza-se às margens do rio Paraguaçu, no lado oposto à cidade de Cachoeira. As duas cidades estão ligadas por uma ponte de ferro construída por ingleses e inaugurada por D. Pedro II, em 1859.[2]

A atual São Félix era, primitivamente, uma aldeia indígena tupinambá que, em 1534, possuía 20 palhoças habitadas por pouco mais de duzentos indígenas que negociavam madeira com os franceses. A partir dessa data, os portugueses passaram a ocupar a região, com início das plantações de cana-de-açúcar e construção de engenhos. Conflitos com povos indígenas ocorreram até meados do século XVII.[3]

A criação da freguesia do Senhor Deus Menino de São Félix, ocorreu em 1857, e coube ao governador Manoel Vitorino Pereira emancipar a cidade em 1889. Em 1890, a vila foi elevada à categoria de cidade. Em 1931, passou a denominar-se apenas São Félix. Ao longo do século XIX, a cidade atingiu o auge do desenvolvimento econômico a partir da produção e industrialização de fumo. Instalaram-se em São Félix as fábricas de charutos Suerdieck, Dannemann, Costa Ferreira & Pena, Stender & Cia., Pedro Barreto, entre outras.[3]

Chamada “Cidade Industrial” por ter sido a maior exportadora de charutos da República e, em função de tal avanço, foi beneficiada com a inauguração da antiga Estrada de Ferro Central da Bahia, em 1881. Na Praça Inácio Tosta, está a casa onde morou o poeta abolicionista Castro Alves (1847-1871), que nasceu na vizinha cidade de Cachoeira.[4]

Foi tombado pelo IPHAN, recebendo tombo histórico em 2012, e tombo arqueológico, etnográfico e paisagístico em 2017.[2]

Monumentos e espaços públicos[editar | editar código-fonte]

Entre os principais monumentos e espaços públicos tombados[5] estão:

  • Igreja da Matriz de Deus Menino (arquitetura de fachada tipicamente rococó)
  • Igreja do Senhor São Félix (apresenta uma imitação da arte renascentista europeia)
  • Mercado Municipal
  • Estação Ferroviária
  • Imóvel sede da Prefeitura Municipal
  • Casa da Cultura
  • Centro Cultural Dannemann

Referências

  1. «IPHAN». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 27 de julho de 2021 
  2. a b c «São Félix – Conjunto Arquitetônico Urbanístico e Paisagístico». Site Ipatrimônio. Consultado em 27 de julho de 2021 
  3. a b «História - São Félix (BA)». Portal IPHAN. Consultado em 27 de julho de 2021 
  4. «São Félix (BA)». Portal IPHAN. Consultado em 27 de julho de 2021 
  5. «Monumentos e Espaços Públicos Tombados - São Félix (BA)». Portal IPHAN. Consultado em 27 de julho de 2021 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Trechos deste artigo foram retirados do website do IPatrimônio, publicado sob licença Creative Commons Atribuição (BY) v1.0.