Conselho Oleícola Internacional

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Sede em Madri

O Conselho Oleícola Internacional (International Olive Council, ou IOC, na sigla em inglês) é um organismo internacional com sede na Calle Príncipe de Vergara, nº 154, distrito de Chamartín, Madrid, Espanha, com 17 membros, sendo que um deles é a União Europeia, representando todos os países que, dentro da Instituição, produzem azeitona e azeite de oliva.

Nasceu em 1956, quando entrou em vigor o Convênio Internacional do Azeite de Oliva, que por sua vez foi assinado na Conferência Internacional sobre o Azeite de Oliva, convocada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas e inaugurada no dia 3 de outubro de 1955 em Genebra. Graças aos esforços da Federação Internacional Oleícola (FIO), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, após quatorze dias de negociações, o texto do convênio é aprovado em 17 de outubro de 1955 e aberto para assinaturas no prazo de 15 de novembro de 1955 a 15 de fevereiro de 1956. Do convênio inicial, sucederam-se outros quatro, nos anos de 1956, 1963, 1979, 1986 e 2005.

Promove o azeite de oliva em todo o mundo mediante os segmentos de produção, definição de normas de qualidade e vigilância de autenticidade. Mais de 85% das azeitonas consumidas no mundo são cultivadas nos países membros[1]. Os Estados Unidos da América não são membros do COI, e o Ministério da Agricultura daquele país não reconhece legalmente sua classificação (como o azeite de oliva extra virgem). Lá, o sistema que vigora é diferente, definido em 1948, antes, portanto, do nascimento do COI. O California Olive Oil Council, um grupo comercial privado, solicitou ao governo americano que passe a adotar as normas do COI[2].

O Conselho envolve oficialmente 95% da produção mundial, e possui grande influência sobre o resto. A terminologia adotada é precisa, embora possa dar margem a confusões entre as palavras que descrevem a produção e as utilizadas nas etiquetas. O azeite de oliva é classificado pela forma como é produzido, por sua química e por seu sabor. Toda a produção se inicia na transformação da azeitona em pasta de azeitonas. Esta pasta é, então, processada de forma a permitir a concentração das microscópicas gotas de azeite. O azeite é, em seguida, extraído por meio de pressão (método tradicional) ou centrífuga (método moderno). Depois da extração, os restos sólidos ainda possuirão uma pequena quantidade de azeite.

A União Europeia regula o uso de etiquetas de denominação de origem para o azeite de oliva.

Membros e fundadores do Conselho Oleícola Internacional[editar | editar código-fonte]

Países fundadores[editar | editar código-fonte]

Países membros[editar | editar código-fonte]

Ex-membros[editar | editar código-fonte]


Acordos de Sede[editar | editar código-fonte]

Desde que em 1962 se firmou o primeiro acordo entre as partes, a sede está situada em Espanha. Já na primeira reunião em 1959 tomou-se a decisão de estabelecer a sede permanente em Madri.

  • Primeiro acordo de sede : 2 de julho de 1962. Firmado por Pedro Cortina Mauri, Subsecretário de Relações Exteriores de Espanha e o Diretor Executivo do Conselho Oleícola Internacional, Lucien Denis.
  • Segundo acordo de sede : 13 de julho de 1989. Firmado por Francisco Fernández Ordóñez, Ministro de Relações Exteriores de Espanha e o Diretor Executivo do Conselho, Sr. Fausto Luchetti. Este acordo trata dos mandatos referentes ao artigo 6º do Convênio Internacional do Azeite de Oliva e das Azeitonas de Mesa, de 1986.
  • Terceiro acordo de sede : 20 de novembro de 2007. Firmado por Miguel Ángel Moratinos Cuyaubé, Ministro de Relações Exteriores e de Cooperação de Espanha e o Diretor Ejecutivo Habib Essid. Este acordo trata dos mandatos do Convênio Internacional do Azeite de Oliva e das Azeitonas de Mesa de 2005.

Diretores executivos[editar | editar código-fonte]

Desde sua fundação, os Diretores Executivos do conselho foram:

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

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