Constantino Opos

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Constantino Opos
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação general
Religião Cristianismo

Constantino Opos (em grego: Κωνσταντίνος Ὤπος) foi um notável general bizantino e aristocrata da primeira metade do reinado do imperador Aleixo I Comneno (r. 1081–1118). Ele participou nas guerras contra os Normandos e Turcos seljúcidas, eventualmente atingindo o posto de mega-duque (comandante-em-chefe-do exército bizantino).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Soldo de Leão I, o Trácio (r. 457–474)
Hipérpiro escifato de Aleixo I Comneno (r. 1081–1118)

Constantino aparece pela primeira vez na A Alexíada em 1081, durante a campanha de Aleixo contra os Normandos de Roberto Guiscardo, liderando o tagma dos excubitores. A campanha terminou com a derrota bizantina na Batalha de Dirráquio em 18 de outubro de 1081, que efetivamente destruiu os últimos restos dos antigos regimentos do exército bizantino. Os excubitores nunca mais foram mencionados; seus remanescentes foram provavelmente dissolvidos, marcando o fim desta unidade histórica, que foi fundada como uma guarda imperial de elite pelo imperador Leão I, o Trácio (r. 457–474).[1][2][3]

Em 1090, Opos foi subordinado do almirante Constantino Dalasseno durante o cerco à ilha de Quio, então sobre controle do emir turco Tzacas de Esmirna. Na esperança de impedir Tzacas de atravessar à ilha a partir da Anatólia com reforços e aliviar o cerco, Dalasseno enviou Opos com parte da frota para interditar a travessia do estreito de Quio. Opos encontrou a frota inimiga tentando cruzar o local durante a noite, mas, segundo A Alexíada, como o emir tinha seus navios acorrentados juntos, Opos temeu enfrentá-los e recuou ao campo bizantino.[4][5][6]

Em 1092, foi responsável pela retomada da cidade de Cízico, no mar de Mármara, após a expedição naval anterior sob Alexandre Euforbeno ter falhado. Opos liderou suas forças por terra para Cízico e com sucesso invadiu a cidade. Ele então enviou tropas que tomaram Pemaneno antes de marchar para Apolônia. Ele cercou a cidade, mas logo o emir turco Elquanes rendeu-se junto de sua família.[7][8][9]

Cerca de 1094, quando é mencionado no concílio que condenou Leão da Calcedônia, foi elevado à dignidade de protoproedro. A partir de um selo sabe-se que foi elevado para protonobilíssimo, e num manuscrito que pertencia-lhe, aparece como mega-duque. É citado pela última vez em 1097, na Primeira Cruzada, quando foi encarregado de impedir que as tropas de certo conde chamado Raul cruzassem o Bósforo, bem como lutou numa batalha com os cruzados.[10][11][12]

Referências

  1. Birkenmeier 2002, p. 62; 157.
  2. Haldon 1999, p. 68, 91–93.
  3. Skoulatos 1980, p. 71.
  4. Skoulatos 1980, p. 71-72.
  5. Dawes 1928, p. 183-184.
  6. Ana Comnena 1148, p. VII.8.
  7. Skoulatos 1980, p. 9-10; 72.
  8. Dawes 1928, p. 163-164.
  9. Ana Comnena 1148, p. VI.13.
  10. Skoulatos 1980, p. 72.
  11. Dawes 1928, p. 261-262.
  12. Ana Comnena 1148, p. X.10.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Birkenmeier, John W. (2002). The Development of the Komnenian Army: 1081-1180. Boston: Brill. ISBN 90-04-11710-5 
  • Dawes, Elizabeth A. (1928). The Alexiad. Londres: Routledge & Kegan Paul 
  • Haldon, John F. (1999). Warfare, State and Society in the Byzantine World, 565–1204. Londres: University College London Press. ISBN 1-85728-494-1 
  • Skoulatos, Basile (1980). Les Personnages Byzantins de I'Alexiade: Analyse Prosopographique et Synthese. Louvain-la-Neuve: Nauwelaerts