Contabilidade verde

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Contabilidade ambiental é a ciência usada para calcular o uso correto de recursos financeiros e naturais para que sejam sustentáveis. Dessa forma, a necessidade de lucrar passa a ser racionalizada, não se sobrepondo ao dever de preservar os recursos naturais no longo prazo.[1]

A contabilidade ambiental leva para o segmento contábil questões como impacto ambiental e preservação de biomas. Por isso, vários setores, empresarias e industriais, têm voltado seu olhar para a área, desenvolvendo novas técnicas e metodologias para o crescimento financeiro sustentável. Ela é responsável por lidar com informações contábeis envolvendo ações ambientais de governos e empresas.[2]

A contabilidade “verde” levanta o patrimônio ambiental da empresa e monitora gastos e receitas oriundas da exploração de recursos naturais. Para isso, utiliza métodos e ferramentas para o cálculo de efetividade das ações junto ao meio ambiente.[3]

Funções da contabilidade[editar | editar código-fonte]

Registro do patrimônio ambiental[editar | editar código-fonte]

Pela ótica ambiental-contábil, os ativos ambientais equivalem aos recursos usados pela empresa para promover benefícios futuros. Esses benefícios, por sua vez, têm a ver com a proteção do meio ambiente e a conservação de áreas nativas.

Cabe frisar a diferença desse patrimônio para os recursos que reduzem os impactos ambientais. Nesse caso, trata-se de ativos operacionais, também conhecidos como “tecnologia verde”.

Inventariar esse patrimônio, portanto, é uma das funções delegadas à contabilidade ambiental. Ela também se responsabiliza por contabilizar os demais ativos, sempre considerando o potencial que eles tenham de agredir o meio ambiente.[4]

Adequação contábil para projetos ambientais[editar | editar código-fonte]

Cabe à contabilidade ambiental apresentar informações sobre despesas e custos, prejuízos e lucros de cada uma dessas ações. A preocupação, portanto, continua sendo financeira, já que as ações precisam ser lucrativas para a empresa. A diferença é que a contabilidade ambiental acrescenta uma variável, também levando em conta a efetiva preservação dos recursos naturais.[5]

Adaptação de balanços e relatórios[editar | editar código-fonte]

Os balanços contábeis tradicionais, que registram as movimentações financeiras de uma empresa — como investimentos, gastos e ganhos em determinado período.

Esse tipo de documento é importante para a gestão interna, por ser utilizado para o controle financeiro cotidiano. Também é usado para formar uma base para a detecção de problemas que podem corroer os lucros, apontando caminhos para melhorias. Nesse sentido, o que a contabilidade ambiental faz é agregar informações relativas ao uso dos recursos naturais pela empresa.[6]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. DE SOUZA RIBEIRO, Maisa. Contabilidade ambiental. Saraiva Educação SA, 2017.
  2. SILVA, Benedito Gonçalves da. Contabilidade ambiental. Curitiba: Juruá, 2008.
  3. SANTOS, Adalto de Oliveira et al. Contabilidade ambiental: um estudo sobre sua aplicabilidade em empresas brasileiras. Revista Contabilidade & Finanças, v. 12, p. 89-99, 2001.
  4. SOUZA, Valdiva Rossato de; RIBEIRO, Maisa de Souza. Aplicação da contabilidade ambiental na indústria madeireira. Revista Contabilidade & Finanças, v. 15, p. 54-67, 2004.
  5. GONÇALVES, Sidalina Santos; HELIODORO, Paula Alexandra. A contabilidade ambiental como um novo paradigma. Revista Universo Contábil, v. 1, n. 3, p. 81-93, 2005.
  6. KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Contabilidade ambiental o passaporte para a competitividade. Revista Catarinense da Ciência Contábil, v. 1, n. 1, p. 25-40, 2001.