Controvérsia de Valladolid

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A Controvérsia de Valladolid (1550–1551), tal como ficou conhecida, foi o primeiro debate moral na história europeia encetado para discutir os direitos humanos e o tratamento de povos indígenas pelos conquistadores europeus, na sequência de inúmeras denúncias de maus-tratos pelos missionários Dominicanos. Realizado no Colégio de San Gregorio, na cidade castelhana de Valladolid, foi um debate moral e teológico sobre a conquista das Américas, justificado com a necessidade absoluta de conversão dos povos indígenas ao catolicismo, e especificando sobre as relações entre os colonos europeus e os indígenas do Novo Mundo. Consistiu numa série de pontos de vista opostos, tendo como figuras principais enfrentadas de Frei Bartolomeu de las Casas,[1] que defendia os nativos, e o teólogo Juan Ginés de Sepúlveda, que argumentava que estes eram seres inferiores. Falaram sobre a maneira como os nativos deveriam ser integrados à sociedade espanhola, a sua conversão à religião católica (defendida por ambas partes), se seriam ou não seres racionais possuindo alma, e concluindo em suma, quais os direitos a que poderiam aspirar. Um dos assistentes foi o dominicano Domingo de Soto, que tinha a tarefa de reportar a argumentação dos dois opositores.[2]

A expansão marítima levada a cabo pelas Coroas de Portugal e de Castela nos respetivos territórios, que já eram habitados e foram conquistados, é considerada atualmente um processo unidirecional e assimétrico no qual a América e a sua população indígena foi reduzida.[3] A dicotomia entre selvagem e civilizado, cultura e natureza, entre ciência (sujeito) e o seu objeto, é uma divisão histórica construída pelo ocidente para diferenciar-se do Outro, reafirmando o seu papel de conquistador e o seu destino imperial.[4]

"O encontro [dos europeus com as povoações indígenas] nunca voltará a alcançar tal intensidade, se é essa a palavra a utilizar: o século XVI viu perpetrar-se o maior genocídio da história humana." [5]

O contexto[editar | editar código-fonte]

O frade dominicano e bispo de Chiapas, Bartolomeu de las Casas, na altura considerado muito polémico, argumentou que os ameríndios eram homens livres na sua ordem natural, apesar das suas práticas de antropofagia e outros costumes semelhantes, merecendo a mesma consideração dos colonizadores.[6] Opondo-se a essa visão estavam vários estudiosos, teólogos e padres, incluindo o humanista Juan Ginés de Sepúlveda, que argumentou numa linha aristotélica que a superioridade [do homem branco europeu] garantia o direito de dispor de terras e povos, acrescentando que "o sacrifício humano de inocentes, o canibalismo e outros crimes contra a natureza" praticados pelos índios eram inaceitáveis ​​e deveriam ser suprimidos por qualquer meio possível, incluindo a guerra.[7]

Embora ambos os lados afirmem ter vencido a disputa, não há registros claros que apoiem ​​nenhuma das interpretações. O caso é considerado um dos primeiros exemplos de debates morais sobre colonialismo, direitos humanos dos povos colonizados e relações internacionais. Nos territórios administrados pela Coroa de Castela, serviu para estabelecer Las Casas como o principal, embora polémico, defensor dos índios. Ele e outros contribuíram para a aprovação das Leis Novas de 1542, que limitaram o sistema de Encomienda, mas não extinguiram o comércio de escravos no Atlântico.[8] Não tendo revertido totalmente a situação, as leis conseguiram melhorias consideráveis ​​no tratamento dos índios e consolidaram seus direitos garantidos por leis anteriores.[8] Mais importante ainda, o debate refletiu uma preocupação com a moralidade e a justiça no século XVI que só foi discutido noutras potências coloniais muito tempo depois.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Desembarque de Cristóvão Colombo com o estandarte real da Coroa de Castela e a cruz verde ("bandeira capitana" de Colombo), com o propósito de colonização e evangelização das "terras descobertas".

A colonização e conquista das Américas inspirou um debate intelectual, especialmente a respeito da cristianização compulsiva dos povos indígenas. Bartolomeu de las Casas, um frade dominicano da Escola de Salamanca e membro do crescente movimento humanista cristão, trabalhou durante anos para se opor às conversões forçadas e denunciar o tratamento dado aos nativos nas encomiendas, que era na prática um estilo de escravidão encoberta.[7] O seu esforço em conjunto com outros missionários, influenciaram a bula pontifícia Sublimis Deus de 1537, que estabeleceu o status dos indígenas como seres racionais. Mais significativamente, Las Casas foi fundamental na aprovação das Leis Novas (ou Leis das Índias ) de 1542, que visavam acabar com o sistema de encomienda.[8]

Movido por Las Casas, em 1550 o rei Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico, cuja rainha era Isabel de Portugal, ordenou que a expansão militar continuasse mas também que o assunto fosse investigado.[8] O rei reuniu uma Junta (Júri) de eminentes académicos para ouvir os dois lados e emitir uma decisão sobre a controvérsia.[6] Las Casas representou um lado do debate e a sua posição encontrou nesta altura o apoio da Monarquia Católica, que queria controlar o poder dos encomenderos. Do outro lado estava Juan Ginés de Sepúlveda, cujos argumentos serviram de apoio a colonos e proprietários de terras beneficiados pelo sistema.

O debate[editar | editar código-fonte]

Embora Las Casas tentasse reforçar sua posição contando suas experiências com os maus tratos aos índios pelo sistema de Encomienda, o debate permaneceu em bases amplamente teóricas. Sepúlveda adotou uma abordagem mais secular do que Las Casas, baseando os seus argumentos amplamente em Aristóteles e na tradição humanista para afirmar que alguns índios estavam sujeitos à escravidão devido à sua incapacidade de se governarem a si próprios, e poderiam ser subjugados pela guerra se necessário.[6] Las Casas objetou, argumentando que a definição de Aristóteles de bárbaro e escravo natural não se aplicava aos nativos, os quais eram totalmente capazes de raciocinar e deveriam ser trazidos ao cristianismo sem força ou coerção.[8]

Sepúlveda apresentou muitos dos argumentos de seu diálogo em latim, os democratas alter sive de justi belli causis,[9] para afirmar que as tradições bárbaras de certos índios justificavam a guerra contra eles. Os povos civilizados, segundo Sepúlveda, eram obrigados a punir práticas perversas como idolatria, sodomia e canibalismo, sendo as guerras travadas "para desenraizar crimes que ofendem a natureza".[7]

Sepúlveda apresentou quatro justificativas principais para a guerra justa contra os "índios". Em primeiro lugar, a sua condição natural considerava-os incapazes de governar a si mesmos, e era responsabilidade dos colonizadores atuar como mestres. Em segundo lugar, os colonizadores tinham o direito de prevenir o canibalismo como um crime contra a natureza. Terceiro, o mesmo acontecia com o sacrifício humano. Quarto, era obrigatório converter "os índios" ao Cristianismo.[10]

Las Casas estava preparado para parte do discurso de seu oponente, já que ele, ao ouvir sobre a existência do Democrates Alter de Sepúlveda tinha escrito no final dos anos 1540 sua própria obra em latim, a Apologia, que visava desmascarar os argumentos teológicos de seu oponente argumentando que a definição de "bárbaro" e "escravo natural" de Aristóteles não se aplicava aos povos nativos, que eram plenamente capazes de raciocinar e deveriam ser trazidos ao cristianismo sem força.[10]

Las Casas destacou que todo indivíduo é obrigado pelo direito internacional a impedir que inocentes sejam tratados injustamente. Ele também citou Santo Agostinho e São João Crisóstomo, os quais se opuseram ao uso da força para trazer outros à fé cristã. O sacrifício humano era errado, mas seria melhor evitar a guerra por todos os meios possíveis.[11]

Os argumentos apresentados por Las Casas e Sepúlveda à Junta de Valladolid permaneceram abstratos, e ambas partes argumentaram que as suas teorias opostas se baseavam em autoridades teóricas semelhantes, senão as mesmas, que foram interpretadas de acordo com as suas diferentes razões.

Conclusões[editar | editar código-fonte]

No final, ambas as partes declararam que haviam vencido o debate, mas nenhuma obteve na totalidade o resultado desejado. Las Casas não viu o fim das guerras de conquista no Novo Mundo, e Sepúlveda não viu as restrições das Leis Novas ao poder do sistema de encomienda serem derrubadas. O debate cimentou a posição de Las Casas como o principal defensor dos povos nativos no Império Espanhol [3] e enfraqueceu ainda mais o sistema de encomienda. No entanto, isso não alterou substancialmente o tratamento dado aos índios pelos colonizadores.[8]

Tanto Sepúlveda quanto las Casas mantiveram suas posições muito depois do fim do debate, mas suas reivindicações tornaram-se menos consequentes quando a presença colonizadora no Novo Mundo se tornou permanente.[8]

Os argumentos de Sepúlveda contribuíram para a política de “guerra de fogo e sangue” que o Terceiro Conselho Provincial do México implementou em 1585 durante a Guerra de Chichimecas.[12] De acordo com Lewis Hanke, enquanto Juan Ginés de Sepúlveda se tornou o herói dos conquistadores, seu sucesso durou pouco e suas obras nunca mais foram republicadas durante a sua vida.

As ideias de Bartolomeu de las Casas tiveram um impacto mais duradouro nas decisões do rei Filipe II de Espanha e I de Portugal , bem como na história e nos direitos humanos.[13] As críticas de Las Casas ao sistema de encomienda contribuíram para sua substituição por reduções.[13] Os seus testemunhos sobre a natureza pacífica dos nativos americanos também encorajaram políticas não violentas em relação às conversões religiosas dos nativos no Vice-Reino da Nova Espanha e no Peru . Também ajudou a convencer mais missionários a irem às Américas para estudar os povos indígenas, como Bernardino de Sahagún, que aprendeu as línguas nativas para descobrir mais sobre suas culturas e civilizações.[8]

O impacto da doutrina de Las Casas também foi limitado. Em 1550, o rei ordenou que a conquista cessasse, porque o debate em Valladolid era para decidir se a guerra era justa ou não. As ordens não foram praticamente respeitadas, e conquistadores como Pedro de Valdivia iniciaram a guerra no Chile durante a primeira metade da década de 1550. A expansão pela conquista no Novo Mundo foi permitida novamente em maio de 1556, e uma década depois, iniciou-se a conquista asiática das Filipinas.[13]

Comércio transatlântico de humanos escravizados[editar | editar código-fonte]

Após o debate em Valladolid e o estabelecimento de novas leis protegendo os nativos americanos da escravidão, o comércio de escravos no Atlântico, que era monopólio do Reino de Portugal,[14] aumentou significativamente. Historiadores como Sylvia Wynter argumentaram que, por meio da defesa dos nativos americanos por Las Casas, ele encorajou num primeiro momento o uso de escravos africanos para trabalho no Novo Mundo (faz duas petições ao Rei nesse sentido em 1531 e 1543),[15] apesar de ter recuado nesta posição mais tarde.[16] Bartolomeu de las Casas expressou o seu pesar por não estar mais ciente da injustiça com que os portugueses tomaram e escravizaram africanos. Após visitar Lisboa em 1547 explicou que havia sido descuidado ao acreditar que os africanos eram escravizados por direito de guerra e declarou que o tratamento dado a estes escravos era tão injusto e desumano quanto o tratamento aplicado aos Povos ameríndios.[16][15]

A Lenda Negra[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Lenda negra

Na publicação "Brevísima relación de la destrucción de las Indias" (1552), a crítica de Las Casas às forças militares espanholas no Novo Mundo foi um dos pontos de partida da Lenda negra da colonização espanhola. A Lenda negra foi uma tendência historiográfica anticatólica anti-hispânica que pintou uma imagem altamente negativa da colonização espanhola. Este texto tornou-se muito popular na União de Utreque e no Reino Unido, onde foi usado para apresentar a Espanha como um país atrasado e obscurantista.[17] Traduções da obra de Las Casas foram posteriormente confiscadas pelo Conselho das Índias em resposta ao seu uso como propaganda anti-espanhola.[13] Mas o facto de que o debate em Valladolid ocorreu demonstra preocupação com as consequências éticas de suas conquistas, muitas vezes mais do que as forças invasoras na América do Norte, onde o extermínio dos Povos nativos dos Estados Unidos foi publicamente aceite até muito mais tarde.[17]

Ecos no Império Colonial Português[editar | editar código-fonte]

Manuel da Nóbrega, fundador das missões jesuítas ao Novo Mundo, levou a cabo um debate jurídico em 1567 com Quirício Caxa, professor de Casos de Consciência no Colégio Jesuíta da Bahia,[18] argumentando o último a favor da validez da escravidão voluntária dos indígenas. Nóbrega nesta altura já faz notar a sua insatisfação com o tratamento violento dos colonos portugueses contra os nativos.[15] Também Frei Odúlio Van der Vat escreve sobre a "escravidão voluntária" dos povos indígenas na mesma época:

Nesta terra , todos, ou a maior parte dos homens, têm a consciência pesada por causa dos escravos que possuem contra a razão, além de que muitos que eram resgatados aos pais não se isentam, mas ao contrário ficam escravos pela astúcia que empregam com eles, e por isso poucos há que possam ser absolvidos, não querendo abster-se de tal pecado nem de vender um a outro, posto que nisto muito os repreendo, dizendo que o pai não pode vender o filho, salvo em extrema necessidade, como permitem as leis imperiais. E nesta opinião tenho contra mim o povo e também os confessores daqui. [19]

Receção moderna[editar | editar código-fonte]

Nos últimos anos, o debate sobre Valladolid tem-se destacado pelo seu papel, embora marginal, na concepção da política internacional no século XVI.[20] Os argumentos éticos de Las Casas oferecem uma reflexão sobre a questão da jurisdição, perguntando se a lei pode ser aplicada internacionalmente, especialmente nos chamados 'estados rebeldes'.

O debate também é importante para a teoria contemporânea da "guerra justa", já que os estudiosos pretendem expandir o jus ad bellum nos estudos de guerra.[21]

Reflexo nas Artes[editar | editar código-fonte]

Em 1938, foi publicada a história do escritor alemão Reinhold Schneider "Las Casas e Carlos V" (Las Casas vor Karl V., no original em língua alemã), cuja publicação foi banida pelas autoridades da Alemanha Nazi.[22]

Em 1992, o debate sobre Valladolid se tornou uma fonte de inspiração para Jean-Claude Carrière, que publicou o romance La Controverse de Valladolid ( Disputa em Valladolid ). O romance foi filmado para a televisão com o mesmo nome. O diretor - Jean-Danielle Veren, Jean-Pierre Marielle interpretou Las Casas, Jean-Louis Trintignant atuou como Sepúlveda. O drama foi encenado em Lisboa, pela companhia de Teatro da Comuna em 2013,[23][24] e em Spokane (Washington), em janeiro de 2019.[25]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Biografia de Fray Bartolomé de Las Casas». www.biografiasyvidas.com. Consultado em 29 de março de 2021 
  2. Meirinhos, José (2016). «Domingo de Soto contra o direito de submeter os infiéis por idolatria, sodomia ou antropofagia» (PDF). Universidade do Porto. Revista Española de Filosofía Medieval, 23. pp. 131–144. Consultado em 29 de março de 2021 
  3. a b Nieto Olarte, Maurício. «La Comprensión del Nuevo Mundo: Geografía e Historia Natural en el siglo XVI» (PDF). Consultado em 29 de março de 2021 
  4. Rabasa, José (1993). Inventing America: Spanish Historiography and the Formation of Eurocentrism (em inglês). [S.l.]: University of Oklahoma Press 
  5. Todorov, Tzdevan (1998). «La conquista de América - el problema del otro» (PDF). Siglo XXI editores. Consultado em 29 de março de 2021 
  6. a b c Crow, John A. (1992). The Epic of Latin America. Berkeley: University of California Press 
  7. a b c Ginés de Sepúlveda, Juan (1941). Tratado sobre las Justas Causas de la Guerra contra los Indios. Transcrito por Marcelino Menendez y Pelayo and Manuel Garcia-Pelayo. México DF: Fondo de Cultura Económica. p. 155 
  8. a b c d e f g h «The Las Casas-Sepúlveda Controversy: 1550-1551» (PDF). web.archive.org. 21 de abril de 2015. Consultado em 29 de março de 2021 
  9. Padgen, Anthony (1982). The American Indian and the Origins of Comparative Ethnology. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 109 
  10. a b Losada, Angel (1971). Bartolome de las Casas in History: Toward an Understanding of the Man and His Work. [S.l.]: The Northern Illinois University Press. pp. 284–289 
  11. Las Casas, Bartolomé. En defensa de los índios (PDF). [S.l.: s.n.] 
  12. «LatinoLA | Comunidad :: The Indigenous People of Zacatecas». LatinoLA. Consultado em 30 de março de 2021 
  13. a b c d «Valladolid index». www.peterbrooke.org. Consultado em 30 de março de 2021 
  14. Postgraduate Certificate in Education, University College London; M. S., Imperial College London; B. S., Heriot-Watt University. «What Was the Trans-Atlantic Slave Trade?». ThoughtCo (em inglês). Consultado em 30 de março de 2021 
  15. a b c Orique, David Thomas (2014). «A comparison of the voices of the spanish Bartolomé de Las Casas and the portuguese Fernando Oliveira on Just war and slavery». Universidade do Porto; Brown University. Consultado em 29 de março de 2021 
  16. a b Friede, J. Bartolomé de las Casas in History : Toward an Understanding of the Man and his Work. [S.l.]: Northern Illinois University Press 
  17. a b Benoit, Jean-Louis (21 de maio de 2013). «L'évangélisation des Indiens d'Amérique. Autour de la « légende noire »». Amerika. Mémoires, identités, territoires (em francês) (8). ISSN 2107-0806. doi:10.4000/amerika.3988. Consultado em 30 de março de 2021 
  18. Santos, Fernanda (16 de outubro de 2017). «O Colégio Jesuíta no contexto do século XVI: formação de um novo homem». Esboços: histórias em contextos globais (37): 167–182. ISSN 2175-7976. doi:10.5007/2175-7976.2017v24n37p167. Consultado em 30 de março de 2021 
  19. «"Princípios da igreja no Brasil", por frei Odulfo van der Vat, OFM - IHGB - Instituto Histórico Geográfico Brasileiro». www.ihgb.org.br. Consultado em 30 de março de 2021 
  20. Behr, Hartmut (2010). A History of International Political Theory: Ontologies of the International (em inglês). [S.l.]: Palgrave Macmillan UK 
  21. Brunstetter, D. Just War against Barbarians: Revisiting the Valladolid Debate between Sepulveda and Las Casas. [S.l.]: Political Studies. 59. pp. 733–752 
  22. Horwath, Peter (2008). «La novela Las casas vor Karl V (1938), de Reinhold Schneider: un disfrazado ataque a las prácticas del totalitarismo». Nóesis. Revista de ciencias sociales y humanidades (em inglês) (34): 278–289. ISSN 0188-9834. Consultado em 30 de março de 2021 
  23. «Teatro Nacional de São João». Teatro Nacional de São João. Consultado em 29 de março de 2021 
  24. «A Comuna festeja com a ″A controvérsia de Valladolid″». www.dn.pt. Consultado em 29 de março de 2021 
  25. «History repeats itself in Stage Left's 'Controversy of Valladolid' | The Spokesman-Review». www.spokesman.com. Consultado em 30 de março de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]