Cristiana Chamorro

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Cristiana Chamorro
Cristiana Chamorro
Dados pessoais
Nome completo Cristiana María Chamorro Barrios
Nascimento c. 1954
Progenitores Mãe: Violeta Chamorro
Pai: Pedro Joaquín Chamorro Cardenal
Ocupação Jornalista

Cristiana María Chamorro Barrios (nascida c. 1954) é uma jornalista e ativista nicaraguense. Ela foi pré-candidata à presidência nas eleições gerais na Nicarágua em 2021.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Chamorro é filha do editor de jornal assassinado Pedro Joaquín Chamorro Cardenal e da ex-presidente da Nicarágua Violeta Barrios de Chamorro. Seu pai, um crítico do regime de Somoza, foi assassinado em 1978, virando a maré de apoio à ditadura, a partir de então passou a ser popularmente chamado de "Mártir das liberdades públicas", título pelo qual foi oficialmente designado Herói Nacional da Nicarágua em 2012. Cristiana juntou-se à mãe trabalhando em seu jornal, La Prensa, e aos 35 era editora do jornal.[2]

Desde 2021, Cristiana Chamorro é vice-presidente do jornal, o maior da Nicarágua.[3] Chamorro também se tornou diretora da fundação de liberdade de imprensa em nome de sua mãe. Ela ocupou esse cargo até 2021, depois que o governo de Daniel Ortega anunciou a lei que determina que todas as fundações que recebam recursos de fora da Nicarágua devem se registrar como agentes estrangeiros. Em vez de aceitar o status de estrangeiro, a Fundação Violeta Barrios de Chamorro encerrou suas atividades.[4]

Em 2021, ela concorreu como candidata presidencial, embora apoie uma chapa unificada da oposição para desafiar o presidente Daniel Ortega, que está concorrendo a um quinto mandato. Em maio, o regime de Ortega abriu uma investigação sobre o trabalho de Chamorro na Fundação, alegando lavagem de dinheiro. O inquérito aberto não desqualifica a sua candidatura, visto que as pessoas investigadas não estão proibidas de concorrer, a única forma de suspender o direito político de ser eleito é através de uma condenação que imponha pena grave, nos termos do artigo 47.º da Constituição Política. Isso ocorreu após a revogação pelo Conselho Supremo Eleitoral da Nicarágua do estatuto jurídico do partido da oposição, o Partido Restauração Democrática (PRD). No dia em que Chamorro foi chamada para interrogatório, a polícia também invadiu as redações do canal de mídia de seu irmão Carlos, além de confiscar equipamentos e prender um cinegrafista.[3]

Em 2 de junho de 2021, ela foi colocada em prisão domiciliar depois que a polícia invadiu sua casa.[5]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Chamorro foi casada com Antonio Lacayo, até sua morte em um acidente de helicóptero em 2015.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Ortega Targets Opposition Figures As Nicaraguan Elections Approach : NPR». web.archive.org. 24 de maio de 2021. Consultado em 2 de julho de 2021 
  2. Rowley, Storer H. (29 de novembro de 1989). «Family Divided: The Blood Feud in Nicaragua». Chicago Tribune (em inglês). Consultado em 9 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 12 de junho de 2020 
  3. a b «Nicaragua opens probe into presidential hopeful Chamorro | Reuters». web.archive.org. 24 de maio de 2021. Consultado em 2 de julho de 2021 
  4. «Nicaragua foundation announces suspension in face of new law». web.archive.org. 24 de maio de 2021. Consultado em 2 de julho de 2021 
  5. «La aspirante presidencial opositora Cristiana Chamorro queda bajo arresto domiciliario en Nicaragua después de que se ordenara su detención». BBC News Mundo (em espanhol). Consultado em 2 de julho de 2021 
  6. «Muere Antonio Lacayo, el hombre fuerte de la transición en Nicaragua | Internacional | EL PAÍS». web.archive.org. 30 de setembro de 2020. Consultado em 2 de julho de 2021