Cristiane Sobral

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Cristiane Sobral
Pseudônimo(s) Sobral
Nascimento 1974 (50 anos)
Rio de Janeiro
Residência Brasília
Nacionalidade Brasil Brasileira
Cônjuge Jurandir Luiz
Filho(a)(s) Malick Jorge, Ayana Thainá
Ocupação Atriz, escritora e poeta
Principais trabalhos Não vou mais lavar os pratos (2010)
Prémios Prêmio FAC - Cultura Afro-brasileira 2017
Página oficial
cristianesobral.blogspot.com

Cristiane Sobral (Rio de Janeiro, 1974) é uma atriz, escritora, dramaturga e poeta brasileira[1][2].

Biografia[editar | editar código-fonte]

Estudou teatro no SESC do Rio de Janeiro, em 1989. No ano seguinte mudou-se para Brasília, onde montou a peça Acorda Brasil. Foi a primeira atriz negra graduada em Interpretação Teatral pela Universidade de Brasília. Atuou no curta-metragem A dança da Espera, de André Luís Nascimento, e em diversos espetáculos teatrais.

Estreou na literatura em 2000, publicando textos nos Cadernos Negros. Foi crítica teatral da revista Tablado, de Brasília. Mestre em Artes (UnB) com pesquisa sobre as estéticas nos teatros negros brasileiros. Membro da Academia de Letras do Brasil seção DF onde ocupa a cadeira 34 e do Sindicato dos Escritores do DF.

Temas de interesse e de inspiração para a escrita[editar | editar código-fonte]

Os modos de ser e de viver da população negra, suas tradições, sua subjetividade, a sexualidade, o erotismo, a relação com as religiões de matriz africana e afro-brasileiras. O homem, a mulher, a infância, a maternidade, os paradoxos sociais, as possibilidades de ruptura de padrões e modelos estabelecidades, o corpo negro.[3]

"Para pensar sobre o corpo negro, é preciso se lembrar dos corpos não negros. De que corpo negro estamos falando? O corpo negro surge como uma criação do colonizador, é um corpo desumano, desprovido de alma. Ora, o corpo é uma manifestação da consciência, não existe fora das relações com outros corpos. Um corpo se cria a partir da construção do outro, do que significa para o outro. A cultura patrimonial brasileira decreta que negros não têm a posse dos seus corpos, podem ser violentados, explorados, subalternizados. As relações sociais e a visão que o homem e a mulher negra têm de si mesmo nascem contaminadas por essa genética social."[3]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • 1998 - Uma boneca no lixo (teatro) - Prêmio de montagem GDF
  • 2000 - Dra. Sida (teatro) Prêmio do Ministério da Saúde
  • 2004 - Petardo, será que você agüenta? (teatro) - com Dojival Vieira
  • 2010 - Não Vou Mais Lavar os Pratos (poesia) - Editora Thesaurus
  • 2011 - Espelhos, miradouros, dialéticas da percepção (contos) - Dulcina Editora[4] - DF
  • 2014 - Só por hoje vou deixar o meu cabelo em paz (poesia) - Ed. Teixeira - DF
  • 2016 - Não vou mais lavar os pratos (poesia) 3ª ed. revisada e ampliada - Ed. Garcia - SP
  • 2016 - O tapete voador (contos) - Ed. Malê - RJ
  • 2017 - Olhos de Azeviche (contos e crônicas) - Coletânea - Ed. Malê - RJ
  • 2017- Terra Negra (poesia) Ed. Malê - RJ

Referências

  1. Nova expressão da literatura negra, para Cristiane Sobral escrever é resistir. AfroPress, 7 de março de 2013
  2. Cristiane Sobral. Poesia dos Brasis
  3. a b Frederico, Graziele; Mollo, Lúcia Tormin; Dutra, Paula Queiroz (maio de 2017). «"Quem não se afirma não existe": entrevista com Cristiane Sobral». Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea: 254–258. ISSN 1518-0158. doi:10.1590/2316-40185114. Consultado em 20 de novembro de 2022 
  4. Cristiane Sobral - Bibliografia Arquivado em 11 de agosto de 2014, no Wayback Machine.. UFMG - Literafro

Ligações externas[editar | editar código-fonte]