Cultura de Goiás

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A cultura de Goiás é o conjunto de manifestações artístico-culturais desenvolvidas por goianos. Vista como uma das culturas mais ricas do país, a cultura goiana está presente na literatura, arte e principalmente na cultura popular, compondo um vasto e diversificado universo de danças, festas, cultos, artesanatos, cantigas, folguedos infantis e culinária, entre outros aspectos

A localização geográfica de Goiás facilitou o intercâmbio de culturas com outras regiões, misturando costumes e tradições de gente como nortistas, nordestinos, mineiros, Paulistas e ainda aquelas originárias de índios e negros, fazendo o estado um dos mais ricos e diversificados em termos culturais.

Existem pelo estado inúmeras festas e cultos religiosos. Algumas chegam a misturar fé e folclore e frequentemente são heranças da colonização portuguesa e da fé trazida por eles. Assim, Goiás possui festas tradicionais, como as Cavalhadas e a Procissão do Fogaréu.

Além de danças, cantigas e rituais religiosos, há outros costumes goianos significativos, como o mutirão das fiandeiras, durante o qual senhoras preparam o algodão para depois produzir tecidos. Enquanto isso vão desfiando cantigas, em coro, num interessante ritual. Além do artesanato, a culinária goiana tem pratos conhecidos e apreciados por muitos. Como o arroz com pequi e o empadão goiano .

Manifestações culturais de Goias[editar | editar código-fonte]

Músicas[editar | editar código-fonte]

Ao contrário do que muitos pensam, Goiás não vive só do sertanejo na questão de música. Muitos ritmos antes considerados característicos de eixos do Sudeste do país têm demarcado cada vez mais seu espaço dentro do território goiano. Exemplos disso são a cena alternativa do rock, divulgados em peso por festivais de renome como o Bananada e o Vaca Amarela, enquanto que, por outro lado, rodas de samba e apresentações de chorinho também têm angariado novos adeptos, dentre outros tantos ritmos encontrados na cultura goiana[1].

Danças[editar | editar código-fonte]

A dança é uma das três principais artes cênicas da antiguidade. Em Goiás, existem inúmeros tipos de dança, destacando---se a Congada e a Catira.

Realizadas tradicionalmente no município de Catalão, as Congadas reúnem milhares de pessoas no desenrolar do desfile dos ternos de Congo que homenageiam o escravo Chico Rei e sua luta pela libertação de seus companheiros, com o bônus da devoção à Nossa Senhora do Rosário[1].

A Catira que tem seus primeiros registros desde o tempo colonial não tem origem certeira. Há relatos de caráter europeu, africano e até mesmo indígena, com resquícios do processo catequizador como forma de introduzir cantos cristãos na possível dança indígena. No entanto, seu modo de reprodução compassado entre batidas de mãos e pés, permeados por cantigas de violeiros perfaz a beleza cadenciada pela dança[1].

Danças tradicionais[editar | editar código-fonte]

  • Dança dos Tapuios: Legado indígena, é uma encenação que em tempos mais remotos era ritual de catequese, mas que hoje é apenas uma dança[2].
  • Autos: Composição dramática originária da Idade Média, composta por canções e árias (solos), como As Pastorinhas, que acontece em Pirenópolis desde 1922[2].
  • Danças folclóricas: São manifestações como o congo, o vilão, o Moçambique, a dança do tambor e a catira, entre outras, boa parte das quais com influência africana[2].
  • Tambor: Originariamente dança lasciva, hoje é considerada sagrada, pois foi a única que Nossa Senhora dançou. Dizem que deve ser dançada com alegria, mas com respeito, pois é ela a dança que acompanha a Rainha até à igreja, nas festas do Rosário.[2]
  • Congadas: Foi introduzida pelos negros, é marcante em todo o interior brasileiro e está ligada a festas do Divino Espírito Santo e de Nossa Senhora do Rosário. Dois grupos de homens, vestidos de vermelho e azul, simulam uma batalha. Enquanto isso, cantam e dançam ao som de viola e percussão[2].
  • Lundu: Dança erótica para a qual faz-se uma roda, em que os dançarinos vão entrar e sair, um a um, enquanto a música de viola acontece e muitas palmas[2].
  • Catira: A dança é feita em duas fileiras, uma de frente para a outra, em que todos saltam, batem palmas e o pé no chão, marcando o ritmo. É dançada também em única fileira, de frente para o público. A catira é dançada apenas por homens, num sapateado sincronizado e marcado por palmas. O pesquisador Jacy Siqueira vê a catira como dança tradicional da zona rural[2].
  • As Pastorinhas: Segundo o pirenopolino Demétrio Pompeo de Pina, essa festa chegou à cidade em 1922, com o telegrafista Alonso Machado, que teria roubado o texto no Nordeste e levado para Pirenópolis. Trata-se de um bailado de cerca de três horas, com aproximadamente 40 integrantes, a maioria mulheres. Há o cordão azul e o vermelho, com 12 moças cada um. No meio fica Diana, personagem cuja roupa tem metade vermelho e metade azul. “As pessoas cantam e dançam. É um bailado monótono, contínuo”, define Demétrio[2].
  • Cavalhadas

Referências

  1. a b c Governo de Goiás. «Manifestações populares». Governo de Goiás. Consultado em 7 de abril de 2016 
  2. a b c d e f g h Secretária de Cultura de Goiás (6 de agosto de 2012). «Danças». Secretária de Cultura de Goiás. Consultado em 7 de abril de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]