Curripacos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
curripacos
População total

20.970

Regiões com população significativa
 Colômbia 11.946 DANE 2018,[1]
 Venezuela 7.351 INE, 2011[2]
 Brasil (AM) 1.673 Siasi/Sesai, 2014[3][3]
Línguas
curripaco
Religiões
evangélica, tradicional
Etnia
Aruak
Grupos étnicos relacionados
Baníuas, Uarequenas

Os curripacos (Kuripako) ou baníuas[4] são um povo indígena que vive na Colômbia, na Venezuela e no Brasil. Com uma população total de 20.970 pessoas, fazem parte da família linguística Aruak.[5]

Território[editar | editar código-fonte]

Habitam nas bacias dos rios Içana, Querari, Atabapo, Guainía, Inírida e alto Orinoco nos departamentos colombianos de Guainía, Vichada e Vaupés; no estado de Amazonas (Venezuela); e na bacia do Rio Aiari e São Gabriel da Cachoeira, estado de Amazonas (Brasil).[6][7]

Clãs[editar | editar código-fonte]

O conjunto dos curripacos está conformado por vários inaiki.ka clãs patrilineares, com um ancestro legendario fundador da linhagem, uma origem no tempo primordial e um nome. A exogamia em cada clã é uma norma indiscutível e só se realizam casamentos entre casais de clães diferentes ou também de etnias aliada.[8]

Economia[editar | editar código-fonte]

Sua economia articula a agricultura itinerante, a pesca, a caça e a coleta de produtos silvestres. AOs chacaras (iarokiti) têm de 100 a 200 m² abertos por sepultura e queima. Lá se cultiva mandioca (kiinaki), das quais se conhece 50 variedades, e também milho, pupunha, batata-doce, mangará, inhame, pimentas, banana, abacaxi, mamão, cana-de-açúcar, achiote e la plana da fibra herriwai. A pesca é uma importante fonte de proteína no verão e ocorre nos rios (onimakapeki), igarapés (oripau) e lagoas (kalita). O artesanato é uma atividade importante em sua economia atual e se destaca a confecção de cestaria de arumã, cuja arte milenar lhes foi ensinada pelos heróis criadores e que hoje vem sendo comercializada nos mercados brasileiros e colombianos.[8] Recentemente, têm ainda se destacado pela participação ativa no movimento indígena da região.

Referências

  1. DANE (2019). Población Indígena de Colombia (PDF). Censo 2018. Bogotá: Departamento Nacional de Estadística, 16 de septiembre de 2019. Consultado em 28 de julho de 2020 
  2. Instituto Nacional de Estadística (2014). «Censo Nacional de Población y Vivienda 2011. Empadronamiento de la Población Indígena de Venezuela». Caracas: Ministerio del Poder Popular para los Pueblos Indígenas 
  3. a b Instituto Socioambiental. «Quadro Geral dos Povos». Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil. Consultado em 17 de setembro de 2017 
  4. Houaiss, verbete curripaco
  5. Povos Indígenas no Brasil: 2006-2010 2011, p. 9-16.
  6. Arango Ochoa Raúl y Enrique Sánchez Gutiérrez (2004) Los Pueblos indígenas de Colombia en el umbral del nuevo milenio: 343-344. Bogotá: DNP.
  7. «Koripako». Povos Indígenas no Brasil. Instituto Socioambiental. Consultado em 2 de setembro de 2017 
  8. a b Journet, Nicolás (1980). «Los curripacos del río Isana: economía y sociedad». 23. pp. 127–182. doi:10.22380/2539472X.1515 


Ligações externas[editar | editar código-fonte]