Danielle Perin Rocha Pitta

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Danielle Perin Rocha Pitta
Danielle Perin Rocha Pitta
Danielle Perin Rocha Pitta
Nascimento 24 de outubro de 1944
Vienne
Cidadania Brasil
Ocupação antropóloga

Danielle Perin Rocha Pitta (Vienne, 24 de outubro de 1944) é uma antropóloga franco-brasileira conhecida sobretudo por ter introduzido no Brasil a Teoria do Imaginário de Gilbert Durand, em 1974.

Vida[editar | editar código-fonte]

Residente no Brasil desde 1949, é professora associada do Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco, Recife - Brasil. Tem Doctorat d’État na Université Grenoble III sob a direção de Gilbert Durand, e pós-doutorado na Université Paris Descartes, sob a direção de Michel Maffesoli.

Realizações[editar | editar código-fonte]

Centrou suas pesquisas sobre o imaginário do Norte/Nordeste do Brasil, desenvolvendo estudos comparados a partir do teste AT-9 de Yves Durand.

Criou o ATL-9, teste arquetípico do lugar utilizado em trabalhos académicos na École nationale supérieure d'architecture de Grenoble, na Sorbonne e na USP., e a noção de Trajeto Sexual.

Por sua iniciativa foi fundado pelo Instituto Joaquim Nabuco (atual Fundação Joaquim Nabuco) o primeiro Centro de Pesquisas sobre o Imaginário do Brasil (hoje são 71 registrados no CNPq), transferido posteriormente para a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com o nome de Núcleo Interdisciplinar de estudos sobre o Imaginário, do qual participa até hoje.

É presidente da Associação Ylê Setí do Imaginário.

Organizou entre 1976 e 2011, dezesseis congressos internacionais: os Ciclos de Estudos sobre o Imaginário.

É atualmente Membro do Conselho Diretor do CRI2I (Roménia, Cluj-Napoca) e da Association des Amis de Gilbert Durand (Chambéry, França).

Escritos[editar | editar código-fonte]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • As dimensões imaginárias da natureza (org.). São Paulo. FEUSP, 2021
  • Imaginário africano e afro-brasileiro (org.). São Paulo. FEUSP, 2020
  • Imaginário do terror (Org) São Paulo. FEUSP, 2019
  • Anais do XVI Ciclo de Estudos sobre o Imaginário (Org.):Imaginario e dinâmicas do segredo (2011).[1]
  • Anais do XV Ciclo de Estudos sobre o Imaginário (Org.): Imaginário do envolvimento/ desenvolvimento (2008).[2]
  • Anais do XIV Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.): As dimensões imaginárias da natureza (2006).[3]
  • Anais do XIII Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.): Espaços Imaginários e Transculturalidade (2004).
  • Anais do XII Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.): Imaginário do terror (2002).
  • Anais do XI Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.):Imaginário e memória (2000).
  • Anais do X Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.):Imaginário e Cibercultura. Revista AntHropológicas, 1998.[4]
  • Anais do IX Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.): Imaginário e Complexidade. Revista AntHropológicas, 1989.
  • Anais do VIII Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.): Imaginário e Localismo afetual. Revista AntHropológicas – PPGA/UFPE, 1996.
  • Anais do III, IV, V Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.): Vertentes do Imaginário: arte, sexo, religião. Editora Massangana/Universitária, 1995.
  • Anais do II Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.):O Imaginário e a simbologia da passagem (org.): Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, Recife - 1984.
  • Anais do I Ciclo de Estudos sobre o imaginário (Org.): Imaginário e Criatividade. Recife: IJNPS, 1976.[5]
  • Ritmos do Imaginário (org.) - Editora UFPE, Recife - 2005.
  • Introdução à teoria do imaginário de Gilbert Durand - Editora Atlântica, Rio de Janeiro - 2005.

Artigos[editar | editar código-fonte]

  • Uma ciência com “simultaneamente uma razão generosa e uma alma rigorosa”. In 100 anos Gilbert Durand. / Iduina Mont’Alverne Braun Chaves, Rogério de Almeida (Orgs.) – São Paulo: FEUSP, 2022
  • Frontières et altérités : Exu. L’altérité vécue dans le Candomblé de Recife (Brésil). CAIETELE ECHINOX, v. 36,  2019
  • Imaginário serial: compartilhamento de arquétipos. RUMORES (USP), v. 11, 2017.[1]
  • Eu quero morrer aqui. Les Cahiers Européens de L'Imaginaire, v. 8, 2016.[2]
  • Dynamiques sociales brésiliennes: le regard de Gilbert Durand. Esprit Critique (Montréal), v. 20, 2014.
  • Le mal dans la conception du Candomblé. Caietele Echinox, v. 24, 2013.[3]
  • O corpo inserido em diversas lógicas culturais: uma poética da sexualidade. Bagoas: Revista de Estudos Gays, v. 2, 2008.[4]
  • Une des formes de la reception de l'oeuvre de Bachelard au Brésil. Cahiers Gaston Bachelard, Dijon - França, v. 4, 2001.
  • Dynamiques du symbole dans la médiation mythique. Sociétés (Paris), paris - França, v. 70, 2000.
  • L'imaginaire comme méthode d'appréhension des cultures complexes. Bulletin de Liaison Des Centres de Recherche Sur L'imaginaire, Dijon - França, v. 1, 1998.[5]
  • Elementos de método na obra de Michel Maffesoli. Logos, Rio de Janeiro, 1998.
  • Para uma arquitetura sensível. Revista de Antropologia (PPGA/UFPE), UFPE Recife, v. 1, n.2, 1998.
  • Fractais de uma poética pernambucana. Revista de Antropologia (PPGA/UFPE), Recife, v. 7, 1998.
  • As estruturas do imaginário na arte e na educação. Leitura e Literatura Para a Infância e Juventude, Fac. Tereza Martin/MEC, v. 1, 1997
  • Cotidiano e Imaginário. Revista da Cchla Ufpb, Paraiba, 1997.
  • O corpo situado no trajeto antropológico. Anais Corpo e Sentido, UNESP, v. 1, 1996.
  • Images de la femme dans l'expression artistique (NE du Brésil). Cahiers de L'imaginaire, França, 1996.
  • Simbolismo nos contos de Jaci Bezerra. Taira, Grenoble - França, v. 6, 1994.
  • Traditions, structures de l'imaginaire et résistance culturelle des Indiens Fulni-ô du Nordeste du Brésil. Religiologiques, Quebec - Canadá, v. 6, 1992.
  • Sincretismo na arte contemporânea do nordeste do Brasil. Anais da II Reunião de Antropólogos do Norte e Nordeste, Recife, v. 1, 1991.
  • As particularidades culturais no Projeto Nacional: Nordeste. Revista de Cultura Vozes, São Paulo, v. 83, 1989.
  • Augras, Monique - O duplo e a metamorfose (crônica bibliográfica). Cahiers du Brésil Contemporain, França, 1988.
  • Mitos e símbolos no Xângo de Pernambuco. Cadernos de Ciências Sociais (Porto), Recife, v. 1, n.2, 1985.
  • O tema da passagem no folclore pernambucano. Anais do II Ciclo de Estudos Sobre o Imaginário, Recife, v. 1, n.1, 1984.
  • Simbolismo em Pernambuco. Ciência e Trópico, IJNPS, Recife, 1983.
  • O impacto sócio-cultural sobre o Regime das Imagens. Arquivo Brasileiro de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 32, n.4, 1980.
  • Simbolismo e folclore. Série Folclore, Recife, v. 88, n.1, 1979.
  • O imaginário na arte de João Câmara e Francisco Brennand. Anais do 1o Ciclo de Estudos Sobre o Imaginário, Recife, v. 1, n.1, 1977.
  • Sociologia do Imaginário. Ciência e Trópico, IJNPS, Recife, v. 3, n.1, 1975.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]