Daphne Oram

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Daphne Oram
Informação geral
Nome completo Daphne Blake Oram
Nascimento 31 de dezembro de 1925
Local de nascimento Devizes, Wiltshire
 Inglaterra
Morte 05 de janeiro de 2003 (77 anos)
Gênero(s) Música eletrônica, Experimental
Ocupação(ões) Compositora, musicista eletrônica
Instrumento(s) Sintetizador

Daphne Blake Oram (31 de dezembro de 1925 - 5 de janeiro de 2003) foi uma compositora e musicista eletrônica britânica. Ela foi uma das primeiras compositoras britânicas a produzir sons eletrônicos e uma das primeiras praticantes da música concreta no Reino Unido.[1] Como co-fundadora da BBC Radiophonic Workshop, foi fundamental para o desenvolvimento da música eletrônica britânica.[2] Seu trabalho (não creditado) na trilha sonora do filme de 1961The Innocents foi pioneiro na trilha sonora eletrônica.[3]

Oram foi a criadora da técnica Oramics, que gerava sons eletrônicos usando som desenhado. Além de inovadora musical, ela foi a primeira mulher a dirigir e montar de forma independente um estúdio pessoal de música eletrônica, e a primeira mulher a projetar e construir um instrumento musical eletrônico.[1] Em seu livro An Individual Note of Music, Sound and Electronics (1971), ela explorou ideias filosóficas relacionadas à física do som.

Infância e educação[editar | editar código-fonte]

Oram nasceu em 31 de dezembro de 1925 em Wiltshire, Inglaterra, filha de James e Ida Oram. Aluna da Sherborne School for Girls, ela aprendeu desde cedo piano e órgão, bem como composição musical.[3] Seu pai era o presidente da Sociedade Arqueológica de Wiltshire na década de 1950. A casa em que Oram passou sua infância ficava a 16 quilômetros dos círculos de pedra de Avebury e 32 quilômetros de Stonehenge.[4]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Trabalho na BBC[editar | editar código-fonte]

Em 1942, Oram recebeu uma oferta de vaga no Royal College of Music, mas em vez disso assumiu o cargo de engenheira de estúdio júnior e "balanceadora musical" na BBC.[5] Uma de suas responsabilidades no trabalho era "seguir" concertos ao vivo com uma versão pré-gravada, para que a transmissão continuasse caso fosse interrompida por "ação inimiga".[6] Suas tarefas também incluíam criar efeitos sonoros para programas de rádio e mixar os volumes das transmissões.[7] Durante esse período, ela tomou conhecimento das inovações na área do som sintetizado, e começou a experimentar com gravadores de fita. Sabe-se que ela ficava muitas vezes depois do expediente, realizando experimentos com gravadores até tarde da noite. Ela gravava sons na fita e depois cortava, emendava e fazia loops, desacelerava, acelerava e reproduzia ao contrário.[1]

Ela também se dedicou na década de 1940 à composição, realizando dentre outras uma obra orquestral intitulada Still Point.[3] Esta era uma inovadora peça para toca-discos, "orquestra dupla" e cinco microfones. Muitos consideram Still Point a primeira composição a combinar orquestração acústica com manipulação eletrônica ao vivo.[8] Rejeitada pela BBC e nunca tocada ao vivo, Still Point permaneceu inédita por 70 anos, até que em 24 de junho de 2016 Shiva Feshareki e a Orquestra Contemporânea de Londres executaram-na pela primeira vez.[9] Após a descoberta da partitura finalizada, uma versão revisada de Still Point estreou no The Proms em Londres em 23 de julho de 2018, tocada pelos compositores Shiva Feshareki e James Bulley -- que concretizaram a composição seguindo as notas de Oram -- junto à Orquestra Contemporânea de Londres.[10][11]

Na década de 1950, Oram foi promovida a gerente de estúdio. Após uma viagem aos estúdios da RTF em Paris, ela começou a fazer campanha para que a BBC providenciasse instalações de música eletrônica, de modo a possibilitar a criação de sons usando técnicas eletrônicas e concretas e usá-los na programação da emissora.[5] Em 1957 Oram foi contratada para compor para a peça teatral Amphitryon 38. Ela criou esta peça usando um oscilador de onda senoidal, um gravador de fita e alguns filtros que ela mesma projetou, produzindo assim a primeira trilha sonora totalmente eletrônica na história da BBC.[5] Junto com Desmond Briscoe, também músico eletrônico e colega na BBC, ela começou a receber encomendas para vários outros trabalhos, inclusive uma grande produção de All That Fall (1957) de Samuel Beckett. Como a demanda por esses sons eletrônicos cresceu, a BBC deu a Oram e Briscoe um orçamento no início de 1958 para montar a BBC Radiophonic Workshop, da qual ela foi a primeira gerente de estúdio.[5] A oficina se dedicava à criação de efeitos sonoros e músicas-tema para toda a programação da emissora, incluindo a série de ficção científica Quatermass and the Pit (1958–59) e "Major Bloodnok's Stomach" para a série de comédia de rádio The Goon Show.

Em outubro de 1958, Oram foi enviada pela BBC para as "Journées Internationales de Musique Expérimentale" na Feira Mundial de Bruxelas (onde Edgard Varèse apresentou seu Poème électronique). Depois de ouvir alguns dos trabalhos produzidos por seus contemporâneos e frustrar-se com a recusa constante do departamento de música da BBC em valorizar a composição eletrônica, ela decidiu se demitir da emissora menos de um ano após a abertura do Workshop, na esperança de aprimorar suas técnicas por conta própria.[3]

Em 1965, Oram produziu Pulse Persephone para a exposição Treasures of the Commonwealth na Royal Academy of the Arts.[12]

Cinema[editar | editar código-fonte]

Oram criou os sons eletrônicos que se destacam na trilha sonora do filme Dr. No (1962) extraindo-os de sua peça de seis minutos chamada Atoms in Space,[13] mas não foi creditada. Esses sons foram usados nos filmes de James Bond até Goldfinger (1964). Oram também acrescentou sons à trilha sonora de Snow (1963), documentário curta-metragem de Geoffrey Jones.[14][15] Após o sucesso de Snow, ela voltou a trabalhar com Jones e recebeu o crédito de Tratamento Eletrônico (da música) em Rail (1967).[16]

Oramics[editar | editar código-fonte]

"Entraremos em um estranho mundo onde compositores irão se misturar com capacitores, computadores controlarão ritmos e, talvez, a memória, a música e o magnetismo nos levarão em direção àmetafísica."[17]
— Daphne Oram, An Individual Note of Music, Sound and Electronics (1971)

Logo após deixar a BBC em 1959, Oram começou a montar seus estúdios Oramics para composição eletrônica na Tower Folly, uma antiga fornalha para cervejaria em Fairseat, perto de Wrotham, Kent.[12] A Oramics é uma técnica de som desenhado que consiste em desenhar diretamente sobre uma película de 35 mm. As formas e desenhos gravados no filme são lidos por células fotoelétricas e transformados em sons. De acordo com Oram, "toda nuance, toda sutileza de fraseado, toda gradação de tom ou inflexão de altura deve ser possível apenas com uma mudança na forma da escrita."[4] A inovadora técnica Oramics, com sua flexibilidade de controle sobre as nuances do som, foi uma abordagem totalmente nova para a produção musical.[18] A pressão financeira obrigava Oram a manter seus trabalhos de compositora comercial, e seu trabalho no sistema Oramics abrangia uma gama maior do que o Radiophonic Workshop. Ela compôs não só para rádio e televisão, mas também para teatro, curtas-metragens comerciais, instalações sonoras e exposições. Entre os trabalhos do estúdio também há sons eletrônicos para o filme de terror The Innocents (1961), de Jack Clayton, peças para concerto, incluindo Four Aspects (1960), e parcerias com a compositora de ópera Thea Musgrave e com Ivor Walsworth.[19]

Em fevereiro de 1962, ela recebeu uma bolsa de £3.550 (equivalentes a £81.000 em 2021) da Fundação Gulbenkian para apoiar o desenvolvimento do sistema Oramics. Uma segunda bolsa Gulbenkian, de £1.000, foi concedida em 1965. A primeira composição de som totalmente desenhada usando a máquina, com o título "Contrasts Essonic", foi gravada em 1963. À medida que a pesquisa Oramics evoluiu, o foco de Oram voltou-se para as sutis nuances e interações entre os parâmetros sonoros. Nesta fase do projeto, ela dedicou sua pesquisa ao comportamento não-linear do ouvido humano e à forma como o cérebro apreende o mundo. Ela usou a Oramics para estudar fenômenos vibracionais, divididos em "Oramics comercial" e "Oramics místico". Em suas notas, Oram definiu Oramics como "o estudo do som e sua relação com a vida".

Nos anos 1980, Oram trabalhou no desenvolvimento de uma versão em software do Oramics para o computador Acorn Archimedes, com o dinheiro de uma doação feita pela fundação RVW (Ralph Vaughan Williams).[3][20] Ela desejava continuar sua pesquisa em "Oramics místico", mas a falta de financiamento impediu que este projeto fosse totalmente realizado.

Obras escritas[editar | editar código-fonte]

Ao longo de sua carreira, Oram realizou falas sobre música eletrônica e técnicas de estúdio. Seu livro An Individual Note of Music, Sound and Electronics (1971) investiga de maneira filosófica a física do som e o surgimento da música eletrônica. Uma nova edição foi publicada em dezembro de 2016.[21][22]

No final dos anos 1970, Oram começou um segundo livro, que sobreviveu em manuscrito, intitulado The Sound of the Past - A Resonating Speculation. Neste texto, ela especula sobre a acústica arqueológica e apresenta uma teoria sustentada em pesquisas sugerindo que montes com câmaras neolíticos, bem como locais antigos como o Stonehenge e a Grande Pirâmide do Egito, foram usados como ressonadores. Oram disse que sua pesquisa sugere que os antigos podem ter possuído um aguçado conhecimento sobre as propriedades do som na comunicação de longa distância.[4]

Morte[editar | editar código-fonte]

Nos anos 1990, Oram sofreu dois derrames e foi obrigada a parar de trabalhar, mudando-se posteriormente para uma casa de repouso. Ela morreu em 5 de janeiro de 2003 aos 77 anos[3]

Arquivo[editar | editar código-fonte]

Após a morte de Oram, um grande arquivo de sua obra foi entregue ao compositor Hugh Davies. Quando ele morreu, em 2005, esse material foi passado para a Sonic Arts Network. Em 2008, o arquivo foi para a Goldsmiths, University of London e agora é mantido dentro das coleções e arquivos especiais da Goldsmiths na biblioteca,[23] onde fica aberto para acesso público e pesquisa contínua.[24] O lançamento do arquivo foi celebrado com um simpósio e uma série de concertos no Southbank Centre.[25] Uma das apresentações consistiu em versões retrabalhadas do material da coleção pelo artista de colagem musical People Like Us .[26]

Em 2007, foi lançada uma compilação de suas músicas, intitulada Oramics.[27]

Em 2008, um documentário da BBC Radio 3 sobre a vida de Oram foi transmitido como parte do Sunday Feature, intitulado Wee Have Also Sound-Houses . [30] [31]

Legado[editar | editar código-fonte]

O trabalho de Oram no Radiophonic Workshop também ajudou a abrir caminho para Delia Derbyshire, que chegou à BBC em 1960 e mais tarde foi co-criadora da música-tema original de Doctor Who .[18]

Ela promoveu a filosofia musical em seus escritos e se dedicou a considerar o elemento humano em conexão com o som e as frequências ressonantes. Em seu manuscrito inacabado The Sound of the Past, a Resonating Speculation, ela postula que diversas civilizações antigas teriam feito essa conexão de maneira altamente complexa.[4] Em uma carta a Sir George Trevelyan, Oram disse ter a esperança de que seu trabalho diverso com a Oramics plantasse sementes que viriam a amadurecer no século XXI.

O edifício Daphne Oram Creative Arts Building, na Canterbury Christ Church University, foi inaugurado em 2019.[32]

Homenagem no programa Click[editar | editar código-fonte]

Em sua primeira edição de 2012, o programa de televisão Click, da BBC, focado em tecnologia, exibiu uma reportagem sobre Daphne Oram e seu sintetizador, por ocasião da exibição da Oramics Machine em três partes no Science Museum, em Londres, durante uma exposição sobre a história da música eletrônica que durou um ano. A reportagem mostrava a máquina sendo instalada num grande armário para ser exibida, e explicava que não era mais possível tocá-la devido ao seu estado frágil. No entanto, foi criada uma versão interativa e virtual da máquina, que permite aos visitantes criar suas próprias composições. O programa mostrou imagens de arquivo de Oram descrevendo o processo do que se tornou a Oramics, além de mostrá-la 'desenhando' a música e, em seguida, tocando sua máquina. A matéria foi totalmente positiva e a descreveu como uma 'heroína desconhecida' da música eletrônica.

Daphne Oram's Wonderful World of Sound[editar | editar código-fonte]

Daphne Oram's Wonderful World of Sound é uma peça sobre a vida e a carreira de Oram. Foi apresentada por Blood of the Young e Tron Theatre. A peça estreou em Glasgow em 9 de maio de 2017 e percorreu a Escócia entre maio e junho de 2017; foi escrita por Isobel McArthur e dirigida por Paul Brotherston, com trilha sonora executada ao vivo por Anneke Kampman, artista sonora escocesa.[33][34][35]

The Oram Awards[editar | editar código-fonte]

O Oram Awards ("Prêmios Oram") foi lançado pela PRS Foundation e pelo New BBC Radiophonic Workshop para celebrar "artistas emergentes nas áreas de música, som e tecnologias relacionadas, em homenagem a Daphne Oram e outras mulheres pioneiras na música e no som".[36] O evento inaugural dos Oram Awards ocorreu em 3 de julho de 2017 no Turner Contemporary em Margate, como parte do Oscillate Festival of Experimental Music And Sound. Duas artistas receberam a maior recompensa de £ 1.000, enquanto seis outras mulheres inovadoras receberam £ 500.[36]

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • "Electronic Sound Patterns" (1962), single,[37] também incluído em Listen, Move and Dance Volume 1 do mesmo ano com trabalho de Vera Gray[38]
  • Oramics (2007), compilação pelo selo Paradigm Discs[39]
  • "Spaceship UK: The Untold Story of the British Space Programme" (2010), single promocional de 7" split com Belbury Poly[40]
  • Private Dreams and Public Nightmares (2011), álbum de remixes de Andrea Parker e Daz Quayle pelo Aperture[41]
  • The Oram Tapes: Volume 1 (2011), compilação pelo selo Young Americans[42]
  • Sound Houses (2014), álbum de remixes de Walls[43]
  • Pop Tryouts (2015), mini álbum em cassete e download pelo selo Was Ist Das? [44]

Publicação[editar | editar código-fonte]

  • Oram, Daphne (1972). An Individual Note - of music, sound and electronics. London: Galliard. ISBN 0852491093 
Segunda edição, 2016, Anomie PublishingISBN 978-1910221112
Terceira edição, 2020, The Daphne Oram Trust e Anomie Publishing

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c Worby, Robert (1 de agosto de 2008). «Daphne Oram: Portrait of an electronic music pioneer». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  2. «A Relic From The Roots of Electronic Music». NPR.org. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  3. a b c d e f Davies, Hugh (24 de janeiro de 2003). «Obituary: Daphne Oram». The Guardian 
  4. a b c d «The Woman from New Atlantis». The Wire. Agosto de 2011 
  5. a b c d «The Oram Archive - BBC». Daphneoram.org. 2008. Consultado em 14 de agosto de 2008. Arquivado do original em 26 de julho de 2011 
  6. «Daphne Oram». The Independent (em inglês). 10 de fevereiro de 2003. Consultado em 18 de fevereiro de 2019 
  7. «Daphne Oram». Spotify (em inglês). Consultado em 18 de fevereiro de 2019 
  8. «How Daphne Oram's radical turntable experiments were brought to life after 70 years». FACT Magazine: Music News, New Music. 13 de julho de 2016. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  9. «In Conversation: James Bulley on Daphne Oram's 'Still Point' - London Contemporary Orchestra». London Contemporary Orchestra (em inglês). 14 de junho de 2016. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  10. «Prom 13: Pioneers of Sound». BBC. Consultado em 18 de maio de 2018 
  11. Spice, Anton. «The original turntablist – Daphne Oram by Shiva Feshareki». The Vinyl Factory 
  12. a b Williams, Holly. «The woman who could 'draw' music». Bbc.co.uk (em inglês). Consultado em 11 de março de 2018 
  13. «YouTube». YouTube. Consultado em 19 de maio de 2020. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2020 
  14. «BFI Screenonline: Snow (1963)». Screenonline.org.uk (em inglês). Consultado em 11 de março de 2018 
  15. GrrlScientist (6 de dezembro de 2010). «Snow (1963)». The Guardian (em inglês). Consultado em 11 de março de 2018 
  16. «BFI Screenonline: Rail (1967) Credits». Screenonline.org.uk (em inglês). Consultado em 11 de março de 2018 
  17. "ORAMICS: ATLANTIS ANEW a film by AURA SATZ". iamanagram.com. Retrieved 8 April 2019.
  18. a b «Daphne Oram | Biography & History | AllMusic». AllMusic. Consultado em 29 de dezembro de 2016 
  19. «Daphne Oram». Sonic Arts Network. Consultado em 14 de agosto de 2008. Arquivado do original em 21 de setembro de 2008 
  20. Brewer, Nathan (março de 2018). «The Sound of 'Doctor Who'». IEEE: The Institute. Consultado em 12 de março de 2018 
  21. «Anomie's autumn/winter 2016–17 brochure now available». Anomie Publishing 
  22. Oram, Daphne; Angliss, Sarah (16 de dezembro de 2016). Price, ed. Daphne Oram: An Individual Note of Music, Sound and Electronics (em inglês). London: Anomie Academic. ISBN 9781910221112 
  23. «Special Collections & Archives». Gold.ac.uk 
  24. «The Trust». Daphneoram.org. 10 de julho de 2014 
  25. «Electronic Music Studios - Archived News & Events: 2008 - 2009». Goldsmiths, University of London. Consultado em 27 de março de 2015. Arquivado do original em 29 de março de 2015 
  26. «People Like Us incoming MP3s». WFMU. 5 de agosto de 2008. Consultado em 4 de maio de 2009 
  27. «Daphne Oram - Oramics (PD 21)». Stalk.net 
  28. Boon, Tim. «We have also sound-houses». Science Museum. Consultado em 29 de março de 2020 
  29. Oram, Daphne (1972). An Individual Note - of music, sound and electronics. London: Galliard. p. 128. ISBN 0852491093  Verifique o valor de |url-access=limited (ajuda)
  30. Wee Have Also Sound-Houses is a quotation from Francis Bacon's 1626 utopian novel New Atlantis. Oram often referred to this quotation,[28] and gave an extended quotation at the end of her book An Individual Note,[29] beginning:
    Wee have also Sound-Houses, wher wee practise and demonstrate all Sounds, and their Generation. Wee have Harmonies which you have not, of Quarter-Sounds and lesser Slides of Sounds. [...]
  31. «BBC Radio 3 Programmes - Sunday Feature: Wee Have Also Sound-Houses». BBC. Consultado em 6 de janeiro de 2009 
  32. «Daphne Oram Creative Arts Building». Canterbury Christ Church University. Consultado em 10 de março de 2019 
  33. «Daphne Oram's Wonderful World of Sound». Blood of the Young (em inglês). Consultado em 9 de março de 2018 
  34. «Daphne Oram's Wonderful World of Sound at Tron Theatre Ltd.». Tron Theatre Ltd. (em inglês). Consultado em 9 de março de 2018 
  35. «ANNEKE KAMPMAN - ABOUT». Anakanak.co.uk. Consultado em 9 de março de 2018 
  36. a b «The Oram Awards - PRS for Music Foundation». PRS for Music Foundation (em inglês). Consultado em 9 de março de 2018 
  37. «Daphne Oram - Electronic Sound Patterns». Discogs. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  38. «Daphne Oram & Vera Gray - Listen, Move And Dance Volume 1». Discogs. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  39. «Daphne Oram - Oramics (PD 21)». Stalk.net. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  40. «Spaceship UK | Sound and Music». Soundandmusic.org. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  41. «Private Dreams and Public Nightmares». Andreaparker.co.uk. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  42. «DAPHNE ORAM - The Oram Tapes: Volume One». Boomkat. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  43. «The Quietus | Features | A Quietus Interview | World of Sound: Walls Discuss The Work of Daphne Oram». The Quietus. Consultado em 11 de dezembro de 2016 
  44. «Daphne Oram – Pop Tryouts». Was Ist Das? label page (em inglês). 18 de fevereiro de 2015. Consultado em 11 de dezembro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]