Defesa Morphy

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Defesa Morphy
abcdefgh
8
a8 preto torre
c8 preto bispo
d8 preto rainha
e8 preto rei
f8 preto bispo
h8 preto torre
b7 preto peão
c7 preto peão
d7 preto peão
f7 preto peão
g7 preto peão
h7 preto peão
a6 preto peão
c6 preto cavalo
f6 preto cavalo
e5 preto peão
a4 branco bispo
e4 branco peão
f3 branco cavalo
a2 branco peão
b2 branco peão
c2 branco peão
d2 branco peão
f2 branco peão
g2 branco peão
h2 branco peão
a1 branco torre
b1 branco cavalo
c1 branco bispo
d1 branco rainha
e1 branco rei
h1 branco torre
8
77
66
55
44
33
22
11
abcdefgh
Movimento(s) 1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bb5 a6 4.Ba4 Cf6
ECO C77
Sinônimo(s) Abertura Ruy López variante Defesa Morphy

A Defesa Morphy é a denominação de uma abertura de xadrez oriunda da Abertura Ruy Lopez, que questiona a intenção do bispo forçando a decisão entre a troca por cavalo ou retirada (3...a6). Sendo caracterizada pelos movimentos:[1]

  1. e4 e5
  2. Cf3 Cc6
  3. Bb5 a6
  4. Ba4 Cf6

Uma defesa das peças Pretas com o movimento do cavalo Preto em 4...Cf6 para recapturar o peão-e perante o avanço do bispo Branco em 4.Aa4. Sendo a mais popular resposta das Pretas para à abertura Ruy López.[2]

Variantes[editar | editar código-fonte]

Existem várias linhas que começam a partir da reação das brancas, entre elas a Variante das Trocas, a Variante Aberta, a Variante Fechada e a Variante Marshall.

Variante das trocas[editar | editar código-fonte]

A variante das trocas acontece quando as brancas resolvem capturar o cavalo de c6:

4.Bxc6 dxc6 5.0-0 5.Cxe5 Dd4 6.Cf3 Dxe4+ 7.De2 Dxe2+ 8.Rxe2 Bg4

Sendo a linha mais comum é a recaptura com o peão de d7. Com esta linha, as brancas esperam danificar a estrutura de peões das pretas.

A maioria dos grandes mestres prefere os Bispos aos Cavalos, mas ninguém menos que Bobby Fischer as vezes aparecia com a Variante das Trocas. As brancas dispõem de uma vantagem à longo prazo devido aos peões dobrados, mas as pretas têm um meio-jogo com dois Bispos à frente.

Variante Fechada[editar | editar código-fonte]

A variante fechada (que começa com 4.Ba4 Cf6 5.0-0 Be7) é um sistema popular em todos os níveis, e oferece uma variedade de planos para os dois lados. Ela é extremamente flexível para as pretas e oferece um jogo complexo para os dois jogadores. A linha principal continua com 6.Te1 b5 7.Bb3 d6 8.c3 O-O. Considerada a melhor variação contra a Espanhola, com a virtude de continuar o desenvolvimento das peças ao mesmo tempo que ameaça, agora capturar o peão e4. As Brancas terão de tomar medidas contra ele, e há apenas quatro movimentos possíveis: 6.Te1, 6.De2, 6.d4 e 6.Cc3, pois 6.Axc6 seria ruim.

Variante Aberta[editar | editar código-fonte]

A variante aberta não é tão popular quanto a fechada, e começa com 4.Ba4 Cf6 5.0-0 Cxe4. As pretas não pretendem manter o peão extra, mas aproveitar a luta das brancas para recuperar a diferença de material. Existem muitas linhas nesta variante, algumas analisadas além do vigésimo lance para os dois lados.

Variante Marshall[editar | editar código-fonte]

O ataque Marshall foi elaborado pelo enxadrista Frank Marshall em 1918 contra Capablanca. Após analises posteriores verificaram que este ataque é um dos mais temidas no arsenal das pretas contra a Ruy López. Sendo caracterizado pelos lances:

4.Ba4 Cf6 5.0-0 Be7 6.Te1 b5 7.Bb3 0-0 8.c3 d5

Presença de muitos lances forçados, o que obriga ambos jogadores a conhecerem muita a teoria. Forçando as Brancas o "anti-Marshall".

Variante Chigorin[editar | editar código-fonte]

A Variante Chigorin provêm da Defesa Morphy Fechada, sendo caracterizada pela seguinte seqüência:

4. Ba4 Cf6 5. 0-0 Be7 (Morphy Cerrada – alternativa seria Variante Aberta da Ruy Lopez 5...Ce4) 6. Te1 b5 7. Bb3 d6 8. c3 0-0 9. h3 Ca5 10. Bc2 c5 11. d4 Dc7.

Essa é a versão moderna de Chigorin (pois a original consistia em Cc6-a5 e c7-c5 a partir do 8º lance) que conduz a uma complexa luta pelo domínio do centro e de linhas centrais abertas:[3]

12.Cbd2 Cc6 13.dc5 dc5

Referências

  1. Fernando De Almeida. «Aprendendo Xadrez, Volume». Consultado em 23 de junho de 2015 
  2. Idel Becker. «Manual de xadrez». Consultado em 23 de junho de 2015 
  3. Ernesto Luiz de Assis Pereira. «O centro e a natureza da luta pelo centro». Consultado em 23 de junho de 2015