Diário de Petrópolis

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Diário de Petrópolis
Periodicidade Diário
Sede Rua Joaquim Moreira, 106, Centro - Petrópolis,  Rio de Janeiro
Preço R$ 1,80 (segunda a sábado)[1]
R$ [quanto?] (domingo)
Assinatura Assinantes
Fundação 1954
Fundador(es) Antônio Carlos Noronha Portella[1]
Presidente Paulo Antônio Carneiro Dias[2]
Proprietário Grupo Diário de Petrópolis
Editor-chefe Carlos Marques[2]
Idioma (em português brasileiro)
Circulação 8.000 exemplares[1]
Página oficial Diário de Petrópolis

Diário de Petrópolis é um jornal diário de notícias brasileiro, publicado de terça-feira a domingo (a edição de domingo é revendida às segundas-feiras), que circula no município de Petrópolis, Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Fundado em 1954. Faz parte do ''Grupo Diário de Petrópolis'', que conta ainda com a Rádio Diário de Petrópolis FM.

Além das informações sobre a cidade de Petrópolis e os atos oficiais,apresenta colunas, matérias sobre o pais, cultura, economia, saúde e segurança.[1] O jornal é membro da Associação Brasileira dos Jornais do Interior – ABRAJORI.[3][2][4]


Histórico[editar | editar código-fonte]

O jornal Diário de Petrópolis começou a ser publicado, em 1954, por Antônio Carlos Noronha Portella. Em sua primeira edição impressa, o Diário de Petrópolis denunciava a Estrada de Ferro Leopoldina por cobrar altos aluguéis aos seus operários, que habitavam as moradias da empresa. Com o passar do tempo o jornal passou a fazer outras denúncias.[1] Recebendo apoio do político paulista Ademar de Barros e de seu Partido Social Progressista (PSP), o jornal assumiu uma postura de oposição aos governos federal e estadual.[5]

Ainda em 1954, o então governador do estado do Rio de Janeiro, Amaral Peixoto, envia carta ao seu sogro, o presidente Getúlio Vargas, tratando de artigos contra o seu partido, o Partido Social Democrático (1945-2003) (PSD), e contra os Governos federal e fluminense, publicados no jornal "Diário de Petrópolis" sob orientação de Ivan Serzedelo e de Ademar de Barros. Diante disto, Amaral Peixoto, na carta, alerta Getúlio sobre os perigos da entrega a Ademar do poder de indicar o cargo de presidente do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes de Cargas (IAPETC) ao nomear Ivan Serzedelo. Na mesma carta Amaral Peixoto informa sobre acordo desfeito entre o seu partido - PSD - de Petrópolis e o politico da cidade Flávio Castrioto, que era ligado ao partido de Ademar, para as eleições estaduais em virtude desta nomeação. Na mesma carta Amaral envia dois números do jornal "Diário de Petrópolis".[5][6]

Ao longo dos anos o jornal passou a ter outros proprietários, como José Crescêncio da Costa, João Laureano Sorsonas e Arinos Affonso Botelho.[1]

Em agosto de 1971, a família Carneiro Dias assumiu o controle acionário fazendo com que a publicação mudasse seu padrão editorial, dando mais profissionalismo ao jornal. O jornalista José Carneiro Dias e seu filho, Paulo Antônio, ao assumirem o Diário fazem do seu único compromisso a informação dos fatos.[1] Durante o Regime Militar, o jornal Diário de Petrópolis foi, durante a administração de José Carneiro, um dos poucos órgãos de imprensa do interior que se anteciparam no combate ao regime de exceção, sendo solidário com os movimentos que visavam à redemocratização no país.[7] Além de jornalista e empresário na cidade de Petrópolis, José Carneiro Dias também foi Secretário de Fazenda do município, por duas vezes. Também dirigiu a Casa Xavier, loja de móveis e eletrodomésticos local. Foi dirigente da Sociedade Brasileira de Máquinas e Motores. Participou das diretorias de entidades representativas do empresariado petropolitano. [7]

Em 21 de abril de 2004, José Carneiro falece em Petrópolis deixando viúva Déia de Lourdes Carneiro Dias e dois filhos: Paulo e Flávia Carneiro. Desta forma, seu filho Paulo Antônio herdou e passa a dirigir unicamente os jornais Diário de Petrópolis e Jornal de Petrópolis e a Rádio Musical, emissora de rádio na mesma cidade.[7]

Referências

  1. a b c d e f g «Diário de Petrópolis». Prefeitura Municipal de Petrópolis, informações turísticas. Consultado em 17 de dezembro de 2017 
  2. a b c «Expediente». Diário de Petrópolis. Consultado em 17 de dezembro de 2017 
  3. «Informação no rodapé da página inicial do sítio do jornal». Diário de Petrópolis. Consultado em 17 de dezembro de 2017 
  4. Oazinguito Ferreira (18 de maio de 2008). «Jornais do interior em Petrópolis». Petrópolis no Século XX. Consultado em 4 de janeiro de 2018 [ligação inativa]
  5. a b Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - (CPDOC) (26 de abril de 1954). «Carta de Ernani do Amaral Peixoto a Getúlio Vargas tratando de artigos contra o PSD e contra os Governos federal e fluminense, publicados no jornal "Diário de Petrópolis" sob orientação de Ademar de Barros». Fundação Getúlio Vargas - FGV. Consultado em 17 de dezembro de 2017 
  6. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - (CPDOC) (26 de abril de 1954). «Carta de Ernani do Amaral Peixoto a Getúlio Vargas tratando de artigos contra o PSD e contra os Governos federal e fluminense, publicados no jornal "Diário de Petrópolis" sob orientação de Ademar de Barros (Carta original em microfilmagem - digitalizada)». Fundação Getúlio Vargas - FGV. Consultado em 17 de dezembro de 2017 
  7. a b c Arthur Virgílio (27 de abril de 2004). «Requerimento nº 475, de 2004. Requer Voto de Pesar pelo falecimento do jornalista, intelectual e empresário José Carneiro Dias, ocorrido no dia 21 de abril de 2004, em Petrópolis – RJ». Diário do Senado Federal. pp. 11092 e 11093. Consultado em 4 de janeiro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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