Discussão:Antroponímia da língua portuguesa

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Último comentário: 9 de junho de 2014 de Alexandro12 no tópico Explanação sobre "Pintinho"

Hã??[editar código-fonte]

Pinto (pintinho, ou seja gentil e bondoso). Este verbete precisa de revisão urgente. "Pinto" nada tem a ver com o animal, mas com o ato de pintar. tony :: jeff ¿ 14h36min de 26 de março de 2013 (UTC)Responder

Explanação sobre "Pintinho"[editar código-fonte]

Até onde entendi do texto é que pintinho pode não estar se referindo ao animal e sim é um exemplo de hipocorismo pelo qual acrescenta-se o sufixo diminuitivo -inho a palavra Pinto.

Alexandro12 (discussão) 12h57min de 9 de junho de 2014 (UTC)Responder

Falsa origem flamenga de Wanderley na secção: Sobrenomes de origem estrangeira[editar código-fonte]

“WANDERLEY” ou “VANDERLEY”

A versão brasileira predominante é a versão, cuja grafia é iniciada em “w” (vê-duplo), pronunciado com o valor fonético de “v”; o uso da antiga letra “w” do alfabeto não permite obter o valor fonético da língua original, porque o grafema “w”não representa o valor fonético da letra “v” constritiva labial, surda que está representada na língua original. Para se obter o mesmo valor fonético representado pelo “v” da língua original é preciso substituí-lo pelo “f” do alfabeto português. Isto é demonstrável ao decompor-se o nome segundo os seus elementos construtivos. O nome “Vanderley” é formado pela justaposição dos morfemas “van”, “der” e “Ley”. O elemento inicial “van” é uma preposição (do baixo-saxão) correspondente à preposição “de” em português, que se pronuncia “fan” conforme a língua original. O elemento “der” é o artigo feminino singular (do baixo-saxão) no dativo e corresponde ao artigo feminino “a” em português. O elemento “Ley” é um substantivo feminino (do médio-alto-alemão, renano) singular, cuja origem é pouco clara. Este substantivo tem no vernáculo alemão a forma “Lei” (pronuncia-se «lai» em português), no singular e o seu plural é construído com a desinência “-en”, e fica “Leien”. O substantivo singular “Lei” significa em Alemão (vide postscriptum 1) (Hochdeutsch): 1. Schiefer (ardósia) e 2. Fels (rocha). Hans Bahlow, autor do Dicionário Alemão de Apelidos (Deutsches Namenlexikon), refere que está atestado documentalmente no renano o nome de família: Leyen, von der (renano), “ley” significa «ardósia» (rocha), como em Leyendecker (do renano), em português “telhador de ardósias”. O apelido “von der Leyen” indica alguém ou família que é originária ou vive junto de uma “louseira” (lugar onde se extraem lousas; lousa é sinónimo de ardósia). Repare-se que “Leyen” não é plural, mas substantivo colectivo, enquanto “Ley” no apelido “VanderLey” é singular. A sua origem pode estar ligada a um certo topónimo “Ley” (similar e.g. ao topónimo em Portugal “Lousada”, lugar onde abundam lousas), o que afasta o significado directo de “ardósia”. Para esclarecer está aparente “inexactidão” é necessário recorrer-se ao dicionário de Hans Bahlow, onde se encontram dois verbetes com as definições: 1. Ferley: igual a Verley, em Wetzlar, documentalmente «filho ou marido da senhora Lye, Leye igual a Elisabeth, Gernand Ver(n)Lyen (Lye, Leye 1286 em Wetzlar, filha: Lye. Oposto a este sentido está o nome norte-renano Verley que é igual a Van der Leye como Verbeek, Vermeer e outros. Nota do Tradutor: A letra “-e” posposta a “Ley-” não é pluralização, mas dativo. A forma norte-renana “Verley” resulta da contracção de “van der Ley”, similar a Verbeek (do Ribeiro) ou Vermeer (do Lago), significa o lugar de residência ou lugar de origem, por isso nada tem a ver com algum sobrenome derivado do nome da mãe (nome de família por oposição ao prenome). 2. Verleih, Verley (Hesse): forma derivada do nome de mãe igual a filho da senhora Leye (Lye), e este é o mesmo que Elisabeth nos círculos da nobreza de Hesse. Observação: “Ferley” evidencia que o valor fonético do grafema inicial “v” da preposição “van” ou “von” foi suprido por “f” e está contraído com o artigo “der” na língua original. Assim, como se pode verificar em Ferley, Verley ou mesmo Verleih, a grafia do nome “V|an||d|er Ley” está contraída ortográfica e foneticamente. Pelas razões aqui antes expostas fica demonstrado que sempre foi errado o emprego de “w” (vê duplo) para se suprir o grafema “v” da língua original (baixo-alemão, norte-renano) na transcrição fonética brasileira. O precursor da família e, consequentemente o introdutor do nome de família “van der Ley” com a forma justaposta “Vanderley” empregada pelos brasileiros, como se sabe teria sido o capitão Caspar von Niehoff van der Ley; assim fica claro através do mencionado nome que a personagem em questão seria originária da nobreza aristocrática de Hesse considerando as letras que compõem ainda hoje o nome. Segundo pesquisas genealógicas mandadas realizar pelo falecido Eng.º Ivo Ricardo Wanderley (do Rio de Janeiro), o seu antepassado Caspar von Niehoff van der Ley nasceu por volta de 1595 no castelo de Eibach, Gimborn próximo a Lindlar (cerca de 35 km de Colónia), na região de Vestefália. Segundo consta o pai de Gaspar teria sido Marechal na corte do Duque de Cleves. Como se sabe, o ducado de Cleves confinava com os limites da antiga cidade hanseática Nimega (em neerlandês Nijmegen), além de que a cidade de Cleves foi onde a personagem histórica (do Brasil holandês) nomeadamente conde e mais tarde príncipe João Maurício de Nassau morreu. O nome de família Vanderley está ligado aos Países Baixos apenas devido ao facto de que o seu primeiro titular conhecido no Brasil, o Capitão de Cavalaria Caspar von Niehoff van der Ley veio ao Brasil integrando um contingente militar a serviço da Companhia das Índias Ocidentais (Geoctroyeerde West-Indische Compagnie abreviadamente WIC), cuja documentação histórica está guardada no Arquivo Nacional de Haia (Nationaal Archief Den Haag - Centraal Bureau voor Genealogie).

O valor fonético do nome “Vanderley” na sua língua original deve ser considerado também para efeitos de pronúncia em conformidade com a transcrição fonética AFI: [fan ' dɛr 'lai].

Excerto interpretativo de um trecho do livro de Robert Czoelner:

A única assinatura autêntica do capitão Caspar von Niehoff genannt Ley feita durante o tempo em que viveu no Brasil encontra-se no "ALBUM AMICORUM" (Álbum dos Amigos) do alemão Johann Philipp Mulheiser que servia no Brasil (Holandês) como porta-bandeira. Caspar pôs a sua assinatura neste álbum quando era Senhor do engenho chamado Algodoais, no Cabo de Santo Agostinho, corria o ano de 1642. Ele assinou-se como Caspar von Niehoff genannt Ley. Existem algumas cartas dele no Arquivo Nacional de Haia (designadamente em neerlandês: Nationaal Archief Den Haag - Centraal Bureau voor Genealogie), mas parecem ser cópias e até traduções em Neerlandês, porque a letra é bem diferente e ele assina-se naquelas cartas como Caspar van der Leij. Uma grafia neerlandesa com evidente nacionalização póstuma, pois Caspar não morreu na então República das Sete Províncias Unidas Neerlandesas, mas sim no Brasil. Somente depois do Congresso de Viena em 1815 é que o país chamado hoje impropriamente por Holanda passou a ser designado Reino dos Países Baixos tal como é ainda hoje designado, antes disso durante a ocupação napoleónica o país foi chamado República Batava e depois Reino da Batavia (designação proveniente dos tempos do Império Romano).

As transcrições ou traduções em neerlandês ou holandês referidas no excerto acima, devem ter sido realizadas muito “intempestivamente”, porque omitem, sem qualquer explicação, o nome de família (Übername): von Niehoff relativo à origem nobre (Patrizierhaus) da pessoa em questão. A forma neerlandesa do nome de família “van der Leij” torna evidente uma naturalização póstuma não solicitada pela própria personagem histórica, pois ela morreu no Brasil utilizando a forma Ley (grafia do Vestefálico) presente ainda hoje no nome de família Wanderley. O termo “naturalização” aqui significa, acção de transportar uma palavra, uma expressão de uma língua para outra (nacionalização). Niehoff (ou Neuhoff) é um nome de família (sobrenome) formado no Baixo-Alemão (vestefálico-norte-renano), logo nada tem a ver com o Holandês e tão pouco com o Neerlandês.

Postscriptum 1: Esta definição consta do “Duden” (Dicionário Universal Alemão), assim como do “Wahrig” (Dicionário Alemão), em que se acrescenta a explicação de que o termo “Lei” provém do galo-romano (no Reno. Montanha de lousas), o qual se origina no frâncico do Jura.

 O plural “apelidos” aqui referido encerra o sentido do substantivo “apelido” na acepção definida como “nome de família”, por oposição a “prenome” (nome de baptismo; nome que precede o de família). Não se deve confundi-lo quando encerra o sentido de “alcunha” ou “cognome” muito frequentemente utilizado pelos brasileiros.