Discussão:Autoritarismo

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Último comentário: 15 de outubro de 2011 de Brancaleone


Modifiquei a parte sobre "totalitarismo e autoritarismo" por uma simples razão: o texto que eu achei era uma apologia descarada da ditadura civil-militar brasileira, faz juízos de valor explícitos e afirma coisas sem a menor prova. Substitui por uma discussão mais teórica, sobre o conceito de totalitarismo de Hanna Arendt e algumas críticas ao conceito de totalitarismo, para mostrar os dois lados. Wikipedia não é lugar para minimizar crimes de ditaduras, ou dizer que "Medici foi menos ruim que Fidel". Se for expôr uma teoria, cite o autor. Se for falar de um fato, cite a fonte. Tentei fazer isso, mas minha modificação foi bloqueada e colocaram de novo a propaganda direitista que fala coisas como "Hitler imitou Lênin" ou "Fidel foi o cara mais malvado da América LAtina", sem citar provas ou evitar juízos de valor. Parece que querem fazer a ditadura brasileira de 64-85 parecer um parque de diversões. Pelo jeito, a wikipedia não é tão livre assim.

--Brancaleone (discussão) 02h30min de 15 de outubro de 2011 (UTC)BrancaleoneResponder


Me disseram para discutir. Que o critério é "verificabilidade", e não "veracidade". Então, vamos lá para a parte que não me deixam editar: "A distinção entre regime autoritário e totalitário é"...

De acordo com quem? O editor do artigo é o criador da teoria política do totalitarismo? Não, foi Hanna Arendt, que dá uma definição diversa. O trecho, portanto, merece ser suprimido, por não verificar suas afirmações.

"Nos regimes autoritários da América Latina, havia forte repressão vinda de cima, contra os elementos reputados "dissidentes", mas a população civil era normalmente deixada em paz."

De onde vêm essa informação de que "a população civil era normalmente deixada em paz"? Nenhuma verificação. Falta verificabilidade por aqui! E ainda por cima mostra tendenciosa simpatia pelo autoritarismo ("deixada em paz", a palavra dissidente escrita em aspas, para mostrar ironia). O trecho, portanto, deveria ser suprimido (e é francamente falso, pois a ditadura controlava sindicatos, mídias e produções culturais, além de aplicar a tortura em massa e apoiar esquadrões da morte, e isso tudo eu posso verificar, sem dúvida alguma).

"Nesse particular, o autoritarismo de Estado prefere alienar a população, fornecendo-lhe diversões públicas que as distraiam das preocupações políticas."

Segundo quem?

"Foi o caso do Brasil, que, durante o período 1964-1985, teve no futebol o centro de suas atenções, especialmente a partir da eleição indireta do presidente militar Emílio Garrastazu Médici, que assentou como ponto de honra obter o tricampeonato mundial na Copa do Mundo de 1970, vitoriosamente alcançado. A alienação imposta pelo autoritarismo por meio do esporte levou a oposição a parodiar Karl Marx, dizendo que "o futebol é o ópio do povo".

Mais uma vez, sem fundamento, sem fonte. Onde estão as referências? Eu posso, inclusive, "verificar" o contrário aqui, mostrando vários links de propaganda política explícita do regime.

"Isto nunca se viu na América Latina, com a única exceção do regime de socialismo "foquista" ou "castrista" implantado em Cuba a partir de 1959."

Aqui, a exigência de imparcialidade mínima pediria um "segundo o autor tal, o único regime totalitário da América Latina é o governo cubano, à partir de 1959". Trecho a ser suprimido, sem referência nenhuma e com muito juízo de fato duvidoso.

"Ali, a adoração do povo cubano por Fidel Castro somente encontrou paralelo no fanatismo norte-coreano em torno de Kim Il-Sung e seu filho e sucessor Kim Jong-il."

Cheio de juízos de valor: "adoração", "fanatismo", comparação sem referência bibliográfica alguma. Deveríamos suprimir o trecho.

"Este foi também o caso dos regimes comunistas de estilo bolchevique, que procuravam, inclusive, moldar a consciência dos jovens ao modelo imposto pelo regime."

Falta referência de texto científico ou de documento histórico.

"Na antiga União Soviética, as escolas primárias ensinavam as crianças a cantar músicas com títulos como "Meu Avozinho Lênin", visando confundir os valores familiares com os valores revolucionários."

Esse aqui eu só não digo que é o cúmulo porque a próxima sentença é pior. Mas reparem que não há NENHUMA referência que possa provar o que é dito. E desde quando o simples fato de cantarem uma canção chamada "Meu avozinho Lênin" significa "confundir valores familiares com os valores revolucionários"? Isso é juízo de valor. Nenhuma prova de que se ensinava essa canção, ou que ela tinha tais objetivos, ou que a tal canção sequer existia. Só para constar, existiam hinos nacional-conservadores difundidos pelas ditaduras brasileiras também, isso faria dela um regime totalitário (eu posso verificar a existência da musiquinha e outras propagandas!).

"Hitler tentou imitar o modelo comunista, com a instituição das "juventudes hitleristas", mas não com o mesmo êxito."

Esse é o cúmulo. Faz três afirmações e não prova nenhuma: afirma que existia um "modelo comunista" similar à juventude hitlerista, e não verifica; afirma que ele tentou "imitar o modelo", e não verifica (sendo que precisaria verificar a primeira afirmação para verificar a segunda); e afirma que não teve "o mesmo êxito", e não verifica, sendo que deve provar as outras afirmações para provar a ultima.

"Nos regimes totalitários, toda a iniciativa pessoal dos cidadãos deve ser canalizada para o Estado, que não reconhece a existência de nada que não seja ele mesmo."

Juízo de fato. Cadê a verificação? Se for a opinião de algum autor, cite-o.

"Esta concepção de governo foi criticada, pelo método de ser levada às útimas conseqüências, na ficcção de George Orwell, que no seu romance 1984, idealizou o regime totalitário do Grande Irmão, que proibia aos seus cidadãos até mesmo o direito de ter amor conjugal uns pelos outros, pois somente se podia amar ao Grande Irmão."

É a única afirmação verificada. Trata-se de um romance, é claro, mas a interpretação do autor é, no mínimo, duvidosa. Dizer apenas que é um romance sobre a tentativa malograda de Winstom Smith se rebelar contra o regime totalitário do Grande Irmão seria mais interessante.

Pois bem, aqui está a discussão que me pediram. Eu sugeriria que essa pregação tão simpática à ditadura brasileira e cheia de afirmações não-verificadas fosse substituída por uma discussão que exposesse as semelhanças e diferenças entre autoritarismo e totalitarismo segundo Hanna Arendt, e, logo em seguida, os críticos desta distinção. Seria interessante também uma exposição de outras teorias do autoritarismo, como a de Giorgio Agamben, Carl Schmitt, Walter Benjamin, Atílio Borón e outros. Tudo "verificado" com as devidas referências biliográficas, é claro. E ao invéz de minimizar a repressão autoritária, colocar uma lista de regimes autoritários ao longo da história, como faz a wikipedia em inglês.

Bem, é isso, quem quiser adotar as minhas idéias sobre esse artigo, eu agradeço, pois estão censurando as minhas edições no artigo. --Brancaleone (discussão) 03h25min de 15 de outubro de 2011 (UTC)BrancaleoneResponder