Discussão:Dialeto sertanejo

O conteúdo da página não é suportado noutras línguas.
Adicionar tópico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Revisão[editar código-fonte]

Deveria haver uma revisão a respeito deste dialeto. A definição contida no texto do "Dialeto Sertanejo" não corresponde a totalidade da área demarcada na imagem, com legenda 10. Nessa área tem-se ainda o sotaque típico da região pantaneira, que se caracteriza pelo "s chiado", pela não-palatização dos grupos "di" e "ti" e pelos erres retroflexos em corda vocálica! E ainda, olhando as referências da página, em nenhum momento há a citação dos estados presentes naquela área (MS, MT e GO). O que se nota, ao ler os textos da referência é que o sotaque sertanejo corresponde ao sotaque NORDESTINO (legenda 7)! Em cidades como Campo Grande (MS), Uberlândia e Uberaba (MG), Goiânia (GO) e Rondonópolis (MT), por exemplo, a pronúncia dos habitantes não difere da pronúncia de lugares onde predomina o sotaque e dialeto caipira. Até no leste de Rondônia, a pronúncia caipira é a predominate. E essas regiões são citadas em um artigo da própria Wikipedia, que diz respeito ao dialeto caipira: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dialeto_caipira Então penso que essa definição de "dialeto sertanejo" precisa ser obrigatoriamente revisada, pois, ao meu ver, esse termo é utilizado quando nos referimos ao sertão nordestino.

Não concordo com tuas definições, pois não suportam-se em fontes fiáveis. Se você ler "Os sertões" de Carlota Carvalho", veria que "sertão" aplica-se a quase todo o interior do brasil, ou quase toda a fronteira de ocupação aberta no Brasil, não por acaso o dialeto nordestino é chamado de sertanejo (seria grosseiro classificá-lo como mesmo dialeto de GO, MT e MS). O dialeto sertanejo aplica-se especificamente ao Brasil-central, pois esta região ainda é tratada com um sertão (veja aí: "sertão goiano") e sua existência em outras regiões (caso de RO) refere-se ao um processo de migração. Se fosse assim, diria que há dialeto sertanejo em Belém-PA, onde trabalho, pois aqui há uma grande população de imigrantes do centro-oeste, ou em São Paulo há dialeto nordestino, visto que há relevante migração nordestina para esta cidade.
Tome um certo cuidado ao fazer suas alterações no texto, pois já é a segunda vez que tenho que reverter-lhe por não ser consensual o que fazes. Se o que vais fazer mudará o contexto do artigo, traga até a discussão, contate os interessados e converse. Boas! Halleltalk 03h37min de 11 de agosto de 2013 (UTC)Responder
Não concordo com a sua justificativa de que "o dialeto sertanejo aplica-se especificamente ao Brasil-central, pois esta região ainda é tratada com um sertão", pois desde de quando o modo que a pessoa fala recebe influência de fatores geográficos? Se fosse assim teríamos um dialeto litorâneo homogêneo em toda costa brasileira. E, segundo uma fonte colocada há pouco tempo na página deste dialeto ("As marcas de crioulo de São Tomé na narrativa de Fernando Reis"), o dialeto sertanejo "encontra-se em algumas regiões do Estado de Goiás e na região do pantanal mato-grossense"! E ainda: o dialeto caipira, segundo a mesma fonte, é falado no "interior do Estado de São Paulo e de Goiás, parte do norte do Paraná, parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul...", o que evidencia que aquela divisão feita no mapa dos dialetos está ERRADA!!! Sem contar que o leste de Rondônia (que é uma extensão natural do Mato Grosso, assim como o norte do Paraná e o sul de Minas são extensões do interior de São Paulo, onde se disseminou a cultura paulista, diferente de Belém, que se encontra longe do centro-oeste e tem uma cultura própria), possui grande influência da cultura caipira. --LuCaSoTi (discussão) 03h20min de 12 de agosto de 2013 (UTC)Responder
Pois então só você conclui isto: que a língua não sobre influência de fatores geográficos. Então o que influenciou a constituição dos dialetos setentrionais brasileiros senão os fatores geográficos? Volto a repetir o que disse lá no dialeto paulista pra você mesmo: sem fontes fiáveis é pesquisa inédita, e não se encaixa no projeto. Eu consegui fontes que delimitavam a área geográfica deste dialeto e lá diz muito dito: "Centro-Oeste", ou seja, MT, GO e MS (lembrando que MT ainda tem um segundo dialeto ao norte e o MS mais dois: caipira e pequena faixa de sulista). Se diz que há no Paraná, e você crê que deve ser colocado no artigo, ache mais uma fonte que diz isto, pois somente uma não reforça nada. Se "acha" que em RO fala dialeto sertanejo, ache fontes fiáveis, não como as duas últimas que colocaste por aqui. Por analogia, posso crer que a bacia amazônica é uma extensão natural de São Paulo? Afinal esta região já foi parte de SP na época das bandeiras (ver:Capitania de São Paulo e Minas de Ouro)!
Só uma última, pra esclarecer as questões acerca do PR: há uns "desvios" que afirmam coisa bem absurdas... já encontrei pesquisas que afirmam haver dialeto sulista em SP-capital, outros que afirmam o dialeto nortista em todo o Maranhão, ou dialeto baiano em todo o Tocantins... conclusão? R: pesquisas mal-feitas! Sua análise nunca pode ser estática, mas obrigatoriamente deve ser suportada por fontes. Boas! Halleltalk 04h54min de 12 de agosto de 2013 (UTC)Responder
Uma pergunta fora do contexto: já lestes Dialeto da serra amazônica? Acabaria de imediato com este litígio em relação a RO. Lá fala "dialeto influenciado pelos dialetos sertanejo e caipira". RO é uma fronteira de expansão e sofre influências das ondas migratórias... não obstante seu dialeto é diferente do falado em MT (que é um mix do dialeto caipira, mineiro, sulista e nordestino, que forma o que hoje é conhecido como dialeto sertanejo). Boas! Halleltalk 05h03min de 12 de agosto de 2013 (UTC)Responder

Irei abordar três pontos: o que vem a ser realmente o dialeto sertanejo, a divisão feita na imagem ilustrativa dos dialetos e a diferença entre o dialeto sertanejo e o dialeto da serra amazônica . 1º Com a nova edição feita na página do "dialeto sertanejo" ficou mais fácil de compreender do que se trata e a diferença entre esse dialeto e o dialeto caipira. Porém, se formos analisar a partir da fonte "As marcas de crioulo de São Tomé na narrativa de Fernando Reis" que diz que o dialeto sertanejo "encontra-se em algumas regiões do Estado de Goiás e na região do pantanal mato-grossense", a conclusão é que esse dialeto se refere ao dialeto falado no pantanal, que, inclusive, é ignorado por quem criou as páginas a respeito dos dialetos. Uma fonte que diz respeito ao dialeto do Pantanal: http://www.filologia.org.br/xiv_cnlf/tomo_3/2705-2714.pdf 2° Na última edição feita na página "dialeto sertanejo" foi escrito: "Ainda hoje grandes porções de Goiás e Mato Grosso do Sul ainda falam o dialeto caipira." (assim como na região de Rondonópolis, MT) Então, conclui-se que a divisão feita na ilustração está mesmo errada, pois não inclui Goiás na legenda 1. O correto seria a linha que limita a legenda 1 subir em direção ao número "10", deixando de fora a região oeste de MS (região do pantanal). A linha, então, contornaria o número 10 e iria em direção a linha que delimita a legenda 6 e assim incluiria a região de Goiás que possui o sotaque caipira. 3º Agora a respeito de Rondônia, o principal ponto é: diferença entre o dialeto sertanejo e o dialeto da serra amazônica. Quem conhece Rondônia sabe que existe uma diferença entre o modo de falar da capital e do interior do estado (extremo leste principalmente). Na capital, assim como no Acre, existe forte influência nordestina e no interior tem forte influência do Mato Grosso, com presença do R retroflexo, sendo também um mix do modo de falar caipira, sulista e nordestino. E no sudeste do Pará e em Tocantins não pronuncia-se o R retroflexo, assemelhando-se mais com o modo de falar de Porto Velho.--LuCaSoTi (discussão) 21h15min de 17 de agosto de 2013 (UTC)Responder

Bem, ao meu ver o dialeto caipira inclui Goiás lá no mapa, principalmente a região sul, afinal é o centro norte que fala o sertanejo. Sobre a diferença dialetal na região pantaneira, ela é somente uma variante do sertanejo. Digo isto com base no que ocorre nos dialetos nordestino e nortista, onde há variantes dialetais. Como a fonte que apresentou sobre ele é de boa qualidade, já irei colocar a informação no artigo. Sobre RO não há informação que suporte isto. Você pode até citar que na região de fronteira deste (o extremo leste) com o MT fala-se o mesmo dialeto do sul do MT, mas vamos cair novamente no prolema: cadê a fonte? E se um outro usuário cobrar a referida? Não tens uma boa fonte primária não? Boas! Halleltalk 16h02min de 19 de agosto de 2013 (UTC)Responder
@LuCaSoTi o Alto Pantanal refere-se a que parte do Pantanal? Ao do MT ou do MS? Eu também não sei descrever a diferença, você poderia fazê-la? Halleltalk 16h11min de 19 de agosto de 2013 (UTC)Responder

Este dialeto, com esta denominação e delimitação geográfica, sequer existe?[editar código-fonte]

Algo que eu notei é que, este dialeto sertanejo parece mais um "termo umbrella" que foi utilizado para englobar uma área maior de regiões que claramente não falam o mesmo dialeto. Goiás deveria estar na mesma zona dialetal do Triângulo Mineiro (inclusive isso é definido parcialmente no artigo dedicado ao dialeto caipira, apesar de não aparecer no mapa relacionado aos dialetos), falando com a mesma cadência e vocabulário, portanto, fazendo parte do dialeto caipira quase em sua totalidade. A única exceção são os municípios goianos pertencentes ao Arranjo Populacional de Brasília (dialeto brasiliense/indefinido), e a porção nordeste do Estado, que faz divisa com a Bahia (onde se fala o dialeto baiano).

Existem sim, algumas similaridades do dialeto goiano com o falado nos dois vizinhos à oeste, porém são poucas o suficiente para uni-los em um único contexto. Talvez fizesse um pouco mais de sentido se ambas as variações fossem consideradas como subdivisões de um dialeto "pan-caipira" e fossem anexadas ao artigo referente àquele dialeto, porém, juntos em um dialeto "sertanejo" é algo que parece incoerente.

Goiás não sofreu com o influxo de migrantes sulistas que causou mudanças no falar dos dois vizinhos durante a expansão da fronteira agrícola entre os anos 60 e 80, pelo contrário, o fluxo migratório inicial e determinante para a formação do falar goiano veio muito antes, via sudeste do Estado, através do interior paulista e, principalmente, Triângulo Mineiro e áreas próximas. As peculiaridades únicas do dialeto da Baixada Cuiabana/Pantanal também em nada ou pouco lembram o falar do restante de MT ou MS, e principalmente, de GO. --Nathangec78 (discussão) 18h49min de 11 de janeiro de 2021 (UTC)Responder