Discussão:Diazepam

O conteúdo da página não é suportado noutras línguas.
Adicionar tópico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Diazepam é nome comercial, portanto, não exprime valor enciclopédico. O valor enciclopédico deve ser expresso pelo princípio ativo do medicamento. O mesmo seria editorar um artigo denominado "melhoral", quando o componente ativo principal é o ácido acetilsalesilico. Indico a troca do nome comercial pelo nome do princípio ativo ou pelo nome genérico.

Concordo, mas a entrada Diazepam merece existir, nem que seja com redireccionamento. Acha que se pode usar REDIRECT? -- Nuno Tavares 06:41, 18 Fev 2005 (UTC)
O problema é que existem várias composições químicas idênticas com nomes comerciais diferentes;.Acredito que para não "melindrar" as comerciais deva-se usar o nome do principio ativo ou nome genérico. Conselho de um farmacêutico bioquimico , além de químico,formado por uma instituição de nível superior. Hinkel 06:59, 18 Fev 2005 (UTC)

Estão enganados. Diazepam é o nome do principio activo, uma benzoDIAZEPina. Valium é que é o nome comercial, pertence à farmacêutica Roche. Salvadorjo 02:53, 20 Jun 2005 (UTC)

daquilo pouco que sei penso que Diazepam é e sempre foi um princípio activo, também existem genéricos com esse nome mas penso que esse facto se repete com a maioria dos genéricos

Pelo que sei, diazepam (ou diazepan) é o nome do princípio ativo e foi sintetizado por Sternbach em 1959. (Pelo menos é o que diz a 5a edição do livro de anestesiologia do Miller no capítulo Nonbarbiturate intravenous anesthetics). Valium é apenas 1 dos tantos outros nomes comerciais. -- Abinoam Jr. msg 11:16, 17 Novembro 2005 (UTC)

Caros wiki-editores,

Com os devidos respeitos, estão rigorosamente com a razão Hinkel, Salvadorjo e Abinoam Jr.. Inclusive pela observação precisa de que do nome de classe benzoDIAZEPina é que se cunhou o nome da espécie — reduzido, como se explicará — mas nome de substância.

Diazepam é, pois, nome de princípio químico ativo independente, no sentido de substância química pura simples (entenda-se: em termos de nomenclatura química, no caso, bioquímica-farmacêutica), com propriedades físico- e fármaco-químicas precisamente definidas. Trata-se de 7-cloro-1metil-5-fenil-1,3-diidro-2H-1,4-benzodiazepin-2-ona — multifuncional, da classe dos benzodiazepínicos. É substância cristalina, heterocíclica, benzodiazepínica, usada como medicamento anticonvulsivante e ansiolítico, dentre várias aplicações médicas. É considerada uma das drogas centrais ou nucleares de uso na farmacoterapia humana. Apresenta fórmula molecular C16H13N2ClO.

Não é nome comercial, a despeito da forma gráfica. É, antes e tão-somente, nome bioquímico convenientemente "reduzido", com vistas à simplicidade no trato, quer especializado, quer no popular, conquanto não tenha sido este último o objeto primário de tal nomeação.

Exemplos de tal decisão reducionista e simplificadora acham-se variadíssimos, quer em química inorgânica, quer em química orgânica, quer na bioquímica. Considerem-se, para fins de exemplificação, os casos:

  1. Ácido ribonucléico, cuja sigla ordinária é ARN (ou RNA);
  2. Ácido desoxirribonucléico, cuja sigla ordinária é ADN (ou DNA);
  3. Clorofilas (A e B);
  4. Hemoglobinas e similares (cuproglobinas etc), pigmentos primordiais de sangues animais;
  5. Cianocobalamina, ou vitamina B12;
  6. Ácido ascórbico, ou vitamina C;

Com efeito, quem — animado da melhor intenção purista em nomenclaturas — dirá da vitamina C mais do que simplesmente OU vitamina C, OU, na melhor das hipótese, ácido ascórbico? Acaso se achará alguém entusiasmado a declinar que: C6H8O6, em se tratando da ordinariamente chamada vitamina C (essa declaração é necessária para fazer face à ocorrência de isômeros...), é a fórmula molecular correspondente ao 2-oxo-L-trio-hexono-1,4- lactona-2,3-enediol (com ênfase na função hidroxílica, no caso, álcool, quer nos grupamentos alicíclicos, quer no cíclico não-aromático) [ou (R)-3,4-diidroxi-5-((S)- 1,2-diidroxietil)furan-2(5H)-ona (ênfase, agora, na função cetona...)]?

Ou se achará alguém que, da vitamina B12, enuncie tratar-se de "sabe lá Deus como se chama aquilo" (com os bioquímicos respeitos!...)?

Semelhantemente, o binômio ácido acetilsalicílico versus aspirina refere-se, respectivamente a nome científico "reduzido" versus nome "comercial". É exemplo bastante conhecido, mas que ainda causa confusões...

Cite-se também aqui a conhecidíssima dipirona sódica (C13H16N3NaO4S), comercializada sob os nomes Anador, Baralgin, Dipidor etc..

Menos conhecida, mas digna de nota, é a dipirona magnésica (C26H32N6MgO8S2), comercializada sob o nome Magnopyrol, entre outros.

Que vem a ser nome comercial, nesses casos? Trata-se tão-somente de nome (pode ser mais de um, usualmente é esse o caso...) pelo qual a substância é comercializada (colocada do comércio) por determinado fabricante laboratório.

Para a substância chamada simplesmente diazepam, citam-se algumas poucas marcas comerciais: Dienpax (de certo fabricante laboratório), Unisedil (de certo outro fabricante laboratório) Valium (de certo outro mais fabricante laboratório). Os nomes dos fabricantes laboratórios não são declinados por questão de isenção em termos de boa ética.

Desafortunadamente, um dos fabicantes laboratórios veio a comercializar a substância com o seu (o dela) nome próprio. Isso veio a agravar a já reinante confusão no domínio das nomenclaturas.

Isso é tudo (ou quase-tudo...) sobre a questão, que, espero, fique resolvida de vez.

BeremizCpa? 20:40, 26 de Fevereiro de 2007 (UTC)

  • Concordo plenamente, deve ser manipulado com maior rigor. Considerando que a história do medicamento se mistura à da comercialização do valium, como todo medicamento tido como 'revolucionário' (prozac, viagra, etc), é errado não ter a referência a quem é o medicamento referência. 27/01/2010