Discussão:Distritos de Portugal

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Último comentário: 23 de abril de 2018 de Emanuel Duarte

Esta parte do artigo é muito imprecisa: "o modelo com base nas atuais NUTs não serve ao modelo administrativo nem serve de base às futuras regiões administrativas, por serem modelos desterritorializados cuja base e natureza se desvia do modelo subjacente à sociedade, centrando-se em matrizes sectárias, agrícola e económica, não indo ao encontro da identidade regional, fazendo com que a preeminência do distrito continue como sendo o único modelo constitucional. Uma das soluções apontadas, e com base no modelo dos países europeus e norte-americano, passa por ajustar as NUTs ao respetivo distrito." Na realidade, o recorte administrativo dos actuais distritos de Portugal é que não respeita os elementos identitários do território. São muitos os municípios que não se revêem nos actuais distritos e nas suas capitais de distrito, que têm um recorte muito arbitrário. Exemplo óbvio desta situação são os concelhos tipicamente nortenhos de Espinho, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Arouca que, apesar de pertencerem ao distrito de Aveiro, nada têm que ver com Aveiro, que é uma cidade da Região Centro. Ou a Mealhada, cuja cidade de referência é Coimbra. As actuais NUTS III são muito mais precisas que os actuais distritos (https://pt.wikipedia.org/wiki/NUTS_de_Portugal). As actuais NUTS III congregam, de modo muito mais rigoroso e lúcido, municípios com uma identidade similar e com interesses sócio-económicos similares. Aquilo que devia acontecer, para bem do país como um todo, era precisamente o contrário: era ajustar os actuais distritos às actuais NUTS III, com a designação de distrito e recuperar as funções dos governadores civis, porque aquilo que se revelou, na prática, é que extinção dos governadores civis reforçou o centralismo administrativo de Lisboa. O problema está, precisamente, no actual recorte territorial dos actuais distritos. Ou seja, os distritos deviam ter um novo recorte administrativo e territorial e o mais correcto seria ajustar os actuais distritos às actuais NUTS III, porque as NUTS III são divisões identitárias mais precisas. Em Portugal, em termos genéricos, verifica-se, de facto, uma incompreensível 'ontologização' dos actuais distritos como se eles tivessem muita consistência identitária! Os actuais distritos são relativamente recentes: são das primeiras décadas do século XIX. Antes dos distritos, Portugal estava dividido, durante muito mais tempo, durante cerca de 7 séculos, em províncias identitárias e administrativas muito mais consistentes que os actuais distritos. Emanuel Duarte (discussão) 09h49min de 23 de abril de 2018 (UTC)Responder