Discussão:Epitélio

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O tecido epitelial reveste todo o nosso corpo!!!


Histologia - Tecido Epitelial

Características:

O Tecido Epitelial (TE) possui algumas características essenciais que permitem a sua diferenciação de outros tecidos do corpo. Ocorre uma justaposição das suas células poliédricas. Esta forma pode ser justificada pela pressão exercida por outras células e a ação modeladora do citoesqueleto; a justaposição das células pede ser explicada pela pequena quantidade ou mesmo ausência de matriz extracelular. A grande capacidade de coesão entre as células é outra característica e ocorre devido a especializações de membrana (ver adiante) e ao glicocálix. O TE é avascularizado, fazendo da presença de lâmina basal indispensável à sua nutrição.

Origem:

Pode originar-se dos 3 folhetos embrionários.

Ectoderme: epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, ânus). Endoderme: epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, do fígado e do pâncreas. Mesoderme: endotélio (vasos sangüíneos e linfáticos) e mesotélio (revestimento de serosas). Funções

A função de revestimento envolve a de proteção - como a epiderme que protege os órgãos internos de agentes externos - e a de absorção - como é o caso das mucosas. Exerce uma importante função secretora, uma vez que as glândulas são originárias do TE, e são por isto classificadas como Tecido Epitelial Glandular. Além disso, o TE exerce uma função sensorial com os neuroepitélios (ex. retina).


Tecido Epitelial de Revestimento

Especializações de membrana

Glicocálix: ação adesiva (entre outras). Microvilosidades e estereocílios: formados por microfilamentos de actina que correm para uma trama terminal; relacionados com a absorção. Cílios: formado por microtúbulos; relacionado com a movimentação. Zônula de oclusão: é a junção mais apical. Ocorre por interação entre duas proteínas transmembranas e promove a vedação, obrigando o trânsito intracelular e impedindo a volta de substâncias por entre as células epiteliais (efeito selador). Favorece a criação de domínios. Zônula de adesão: interações entre caderinas, associadas a microfilamentos na altura da trama terminal. Tem função adesiva. Máculas de adesão (desmossomos): interações entre caderinas, ligadas a uma placa eletrondensa associada a filamentos intermediários de queratina (tonofilamentos). Junções comunicantes (gap): canal hidrofílico por onde passam moléculas informacionais e íons. Formados por conexinas. Hemidesmossomos: interações entre integrinas (célula) e lamininas (lâmina basal), associadas a filamentos intermediários. Lâmina basal:

Formada por colágeno tipo IV, lamininas e proteoglicanas. É sintetizada pelas células epiteliais e faz a nutrição do tecido epitelial por ser vascularizada. Divide-se em: lâmina lúcida, lâmina densa e lâmina fibroreticular (formada por fibras de ancoragem de colágeno VII ).

Classificação:

Quanto ao número de camadas de células, podem ser simples, com uma só camada de células iguais (ovário, intestino); estratificado com várias camadas de células (pele, esôfago); e pseudoestratificado, com uma única camada de células que tocam a lâmina basal mas que possuem núcleos em alturas diferentes (traquéia). Quanto à forma das células, podem ser cúbicas (de núcleo arredondado e central), cilíndricas ou prismáticas (com núcleo elipsóide e geralmente central) e pavimentosas (achatadas). Obs.: existe ainda o epitélio de transição, presente nas vias urinárias e na bexiga. É denominado desta forma pois muda o número de camadas por assentamento celular, mas não muda o número de células).

Conceitos importantes:

Mucosas: epitélio simples ou estratificado e tecido conjuntivo frouxo ( lâmina própria ). Serosas: mesotélio + tecido conjuntivo frouxo. Individualiza órgãos. Ex.: pericárdio, pleura, peritônio. Adventícias: tecido conjuntivo apenas. Une órgãos.


Epitélio Glandular

As características são as mesmas do epitélio de revestimento. O que diferencia os dois tipos de epitélio é a função do glandular, que é basicamente a secreção de substâncias.

Formação de uma glândula.

A partir do epitélio de revestimento, ocorre uma proliferação de células no tecido conjuntivo. Nesta área ocorre, então, uma diferenciação celular. O produto final pode ser uma glândula:

Exócrina: possui contato com com o TER e por isto lança seus produtos neste seu epitélio de origem. Possui uma porção secretora - que pode ser acinosa, tubulosa ou túbulo acinosa - e uma porção excretora, esta responsável pelo transporte das substâncias até o epitélio de origem. Ainda, esta porção pode ser única (simples) ou composta. Endócrina: não possui contato com o TER, mas lança seus produtos diretamente na corrente sangüínea. Podem ser de 2 tipos. A Vesicular captura substâncias do sangue para a produção de outras substâncias, armazenando-as na luz da glândula; a Cordonal, por sua vez, não armazena as substâncias e faz secreção constante. São caracterizadas por formarem cordões celulares. Controle Glandular

Gênico: depende da ação de um ou mais genes. Exógeno: são dois mecanismos de controle que ocorrem simultaneamente, mas com predomínio de um sobre o outro. Pode ser Hormonal - como por exemplo o controle do hormônio tireotrófico pelos hormônios T3 e T4 - e Nervoso, controlado por neurotransmissores ou mensageiros químicos. Este último mecanismo pode ocorrer de duas maneiras. 1 - o mensageiro penetra na célula e reage com receptores intracelulares para ativar genes do DNA. 2 - o mensageiro não consegue entrar na célula e interage com receptores de membrana que estimulam a formação de um mensageiro secundário, que realiza uma série de eventos até produzir a secreção.