Discussão:Febre zika

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Último comentário: 27 de fevereiro de 2016 de Yone Fernandes no tópico Diferenças ortográficas: Zika, zika, zica

Diferenças ortográficas: Zika, zika, zica[editar código-fonte]

Considerando que o assunto possa ser de interesse de outros editores, transcrevo a seguir a discussão que mantive com o editor Antero de Quental - sem chegarmos a um consenso sobre a(s) alternativa(s) válida(s) de grafia da palavra. --Yone (discussão) 21h12min de 27 de fevereiro de 2016 (UTC)Responder

O texto seguinte foi movido de: Usuário Discussão:Antero de Quintal

Sobre a reversão de minha edição, com remoção de conteúdo válido, sob a alegação de desrespeito a variantes linguísticas, peço-lhe que considere o seguinte:

  1. O artigo foi criado originalmente com o título Febre Zika, sendo a grafia “Zika” usada em todo o texto, pelo seu criador (ver aqui). Portanto, se houve a alegada alteração de variante, tal alteração foi anterior à minha edição. O que fiz foi recuperar a grafia inicialmente adotada.
  2. ZIKV é a abreviatura internacionalmente utilizada (assim como HIV, HPV, etc), independentemente de língua ou variante linguística que se use. Tais abreviaturas visam a facilitar o diálogo entre os membros da comunidade científica, além de evitar repetições de nomes, por vezes muito longos, que acabam por poluir o texto. Não se trata , obviamente, de desrespeito à língua (muito menos à variante linguística) de cada um. Portanto, o emprego de abreviatura usada internacionalmente não poderia ter sido revertido sob a alegação de desrespeito a variante linguística.

    Quanto ao uso da grafia Zika:
  3. O Acordo Ortográfico incluiu “k”, “w” e “y” no alfabeto português para a escrita de nomes próprios estrangeiros. Zika é um topônimo. É, pois, nome próprio. O aportuguesamento de nomes próprios não é mandatório; decorre de tradição secular e do uso predominante. No século XX, o uso de exônimos (seja no caso de topônimos, seja no caso de etnônimos), entrou em franco declínio no mundo, não sendo norma a tradução de nomes próprios, a menos nos casos consagrados pela tradição. Não por acaso, a grafia “Zika” é adotada em todas as wikis, em todas as línguas do mundo, pois não existe uma tradição secular que justifique a tradução desse nome próprio.
    De fato, o nome do vírus (isolado na década de 1940 a partir de amostras de sangue de um macaco da floresta de Zika) ainda está ligado ao topônimo (assim como ocorre com o vírus da encefalite de São Luís), ou seja, ao nome próprio da floresta. Isso pode mudar futuramente ou não. Muitos nomes próprios, que identificam doenças (de Parkinson, Crohn ou Alzheimer), não são traduzidos. Não se trata de mero estrangeirismo. Nessa linha, é correto referir-se ao vírus encontrado na floresta de Zika como “vírus da [floresta de] Zika” e, à doença associada a ele, como “febre da Zika” - pelo menos enquanto não houver consenso, entre os lexicógrafos, sobre a incorporação do vocábulo "zica" ao vernáculo, como substantivo comum.
    Nada impede que, no futuro, as formas “zica” e “zicavírus” (tal como “ebola” e “ebolavírus”, derivados do nome próprio do rio Ebola) venham a ser oficialmente adotadas, por força do uso (tal como ocorreu com castanha-da-índia, galinha-d'angola, margarida-do-transval, etc.), e que o topônimo passe a ser grafado com inicial minúscula. Mas não é este o caso de Zika, por ora.
    A palavra “zica”, como substantivo comum, não existe oficialmente em língua portuguesa, embora seja usada, independentemente da variante linguística seguida. Nenhuma dessas formas (zica, Zica, Zika, zika) é, no momento, obrigatória - nem mesmo preferencial - e nenhuma delas está ligada a determinada variante da língua portuguesa.
    Alguns dicionários (Priberam, Porto) decidiram, por conta própria, introduzir a palavra "zica", aportuguesando o topônimo e transformando-o em substantivo comum – ainda que as formas "Zika" e "zika" sejam largamente predominantes, seja em documentos científicos, seja em textos oficiais (como neste, artigo, escrito por médicos ligados ao Ministério da Saúde de Cabo Verde) ou na imprensa não especializada brasileira, portuguesa ou africana, como pode ser facilmente constatado em poucos segundos de procura no Google (ver [1], [2], [3], [4] [5]).
    O fato de dois dicionários terem incorporado a palavra não significa que haja consenso entre os lexicógrafos. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, os dicionários Houaiss, Michaelis, Aulete e Aurélio, por exemplo, não registram o substantivo comum “zica”.
    Se os próprios lexicógrafos divergem, o que dizer de nós, editores da Wikipédia-pt? No entanto, não houve, até agora,na wiki-pt, uma discussão do assunto. Tentar resolver divergências através de atos isolados, tais como reversões de edições, não me parece ser bom para a enciclopédia, além de contribuir para criar situações esdrúxulas, como a deste artigo - em que o título é grafado como “Febre Zika” (de acordo com o texto da primeira versão), enquanto que, no texto (atual), a palavra "Zika" foi totalmente eliminada e trocada por “zica”, como se o criador e os editores que trabalharam na produção do artigo tivessem cometido um erro ortográfico.
  4. Dado que não há definição nem consenso sobre qual seria a forma “certa”, ambas as formas podem ser usadas, pois ambas são suportadas por fontes fiáveis, e nenhuma delas está ligada a determinada variante linguística. Todas as formas deveriam aparecer na introdução do artigo e não se justifica o sumiço da forma "Zika", adotada pelo criador do artigo, assim como não se justifica a interdição da abreviatura ZIKV, nem a imposição de uma grafia não consensual, com a consequente reversão das edições "destoantes".

O uso de um recurso drástico, como a reversão de edições (com eliminação de conteúdo válido), tendo como base uma improvável alegação de desrespeito a variante linguística, não me parece acertado, visto que não há, neste caso, forma estabelecida oficialmente na língua portuguesa - qualquer que seja a sua variante. Se minha edição recuperou a grafia originalmente usada e acrescentou conteúdo válido, não havia por que revertê-la – muito menos a pretexto de desrespeito a variante linguística. Se tal desrespeito houve, este ocorreu anteriormente - quando se alterou a grafia da versão inicial do texto, que estava conforme o título.

Sem uma decisão sobre a ortografia oficial do termo e sem consenso entre os editores (conforme atestam as sucessivas trocas de “k” por “c” e vice-versa), o que resulta é essa esdrúxula situação em que não há correspondência entre título e texto, o que, afinal, só tende a confundir o consulente.

Talvez seja o caso de abrir uma discussão, em bons termos, para que todos os interessados possam, juntos, chegar à solução editorial mais adequada, aplicável não só a este artigo mas também aos demais verbetes que se referem a esse vírus e à essa doença.

--Yone (discussão) 03h03min de 18 de fevereiro de 2016 (UTC)Responder

O texto seguinte foi movido de: Usuário Discussão:Yone Fernandes

A "grafia originalmente usada" foi mesmo zica, já que fui eu quem redigi o texto do artigo na sua forma atual. Portanto, não sei a que "grafia original" se refere. Foi a sua edição que alterou a grafia. Quanto ao resto, antes de mandar palpites desinformados por favor consulte um dicionário: Porto Editora, Priberam. Quintal 09h19min de 18 de fevereiro de 2016 (UTC)Responder

O texto seguinte foi movido de: Usuário Discussão:Antero de Quintal

Ao que parece, não leu todo o conteúdo da minha mensagem anterior. Se leu, parece ter tido alguma dificuldade de entendimento, pois, dentre as várias referências usadas nos meus “palpites desinformados”, estão os dicionários Porto e Priberam, que, aliás, divergem de todos os demais.

Pois bem. Como a minha mensagem foi removida da sua PDU e gentilmente devolvida ao remetente, vou tentar resumir o trecho que talvez lhe tenha escapado à vista:

1) Sobre sua alegação de desrespeito a variante linguística em Febre Zika, usada como justificativa para a reversão desta edição e remoção de conteúdo válido:
Embora os dicionários Priberam e Porto tenham decidido aportuguesar o topônimo Zika e transformá-lo em substantivo comum, o uso da forma 'zica', como nome comum, não caracteriza qualquer das variantes linguísticas. Seu uso é facultativo, não mandatório, assim como as formas 'Zika', 'Zica', 'zika', 'zica' - seja na África, no Brasil ou em Portugal. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, os dicionários Houaiss, Michaelis, Aulete Aurélio e outros, não incorporaram o substantivo comum 'zica'.

O que existe (não na wiki-pt, evidentemente) é uma discussão a respeito. O respeitável Ciberdúvidas, por exemplo, apresenta uma proposta não dogmática, com alternativas possíveis:

"Propõe-se aqui a expressão 'vírus de Zika', em lugar do frequente 'vírus Zika'. A denominação do vírus integra Zika, nome de uma floresta tropical no Uganda, a floresta de Zika [...] Sendo assim, afigura-se consistente dizer ou escrever quer 'floresta de Zika' quer 'vírus de Zika'. Em referência ao vírus, é igualmente possível empregar 'o zika', convertendo o nome próprio em nome comum, grafando-o com letra minúscula inicial mas em itálico, visto o uso k ter restrições fora da escrita dos nomes próprios. Solução alternativa: aportuguesar zika como zica: 'o zica', como elipse de 'o vírus de Zika', seguida da referida adaptação."

Portanto não existe uma e apenas uma forma correta. Existem várias possibilidades.

Conclusão: se a grafia da palavra não está padronizada, e as várias alternativas são usadas, indiferentemente, em qualquer dos países lusófonos, alegar desrespeito a variante linguística, neste caso, parece uma impossibilidade lógica. Então, vamos combinar: o que ocorreu foi simplesmente uma reversão injustificada, com remoção de conteúdo válido, para fazer prevalecer a grafia de sua preferência, em detrimento de alternativas igualmente válidas.

2) Sobre o significado de "grafia originalmente usada"

"Grafia originalmente usada" é aquela adotada pelo editor que deu origem ao artigo.

O editor Burmeister, quando criou o verbete Febre Zika, usou a forma ... [se adivinhar, ganha um doce] Zika!

Posteriormente, outros editores acrescentaram a grafia alternativa 'zica', sem contudo eliminar a forma 'Zika'. Mais adiante, a forma 'Zika' sumiu, indevidamente, da introdução e depois desapareceu de todo o restante do texto, sem qualquer discussão a esse respeito, completando a desconexão entre o título (que se manteve com k) e o corpo do artigo.

E, por fim, quando reintroduzi a forma 'Zika' e a inocente abreviatura ZIKV, internacionalmente adotada, minha edição foi revertida, a pretexto de violação de variante linguística (qual, mesmo?!).

Conclusão: se ocorreu algum desrespeito a variante linguística (e não é o caso), isto aconteceu quando a grafia 'Zika', adotada pelo criador do artigo, foi inteiramente suprimida e, em seguida, teve seu uso interditado para as futuras edições. --Yone (discussão) 02h49min de 20 de fevereiro de 2016 (UTC)Responder

O texto seguinte foi movido de: Usuário Discussão:Yone Fernandes

Parece que não percebeu, volto a explicar: o texto atual foi redigido por mim com a grafia zica, a única que encontrei dicionarizada. Quem fez uma edição que apenas alterou a grafia foi você. Quintal 10h53min de 20 de fevereiro de 2016 (UTC)Responder

O texto seguinte foi movido de: Usuário Discussão:Antero de Quintal

O que percebo é que seu argumento, desnecessariamente repetido, está deslocado do ponto em discussão, que é
a reversão de edição por alegado desrespeito a variante linguística.

Segundo a orientação seguida pela Wiki-pt, a reversão de edições por alteração de variante linguística, como aconteceu neste caso, deve ter como referência a variante usada na versão original do artigo. Na versão original do artigo Febre Zika, a grafia usada é, obviamente, ‘Zika’, o que desqualifica sua alegação de mudança da grafia original.

Devo, no entanto, ressaltar, mais uma vez, que nenhuma das formas (‘Zika’ ou ‘zica’) caracteriza variante linguística. Trata-se de grafias alternativas, usadas, sem restrições, em todos os países lusófonos. Disso se depreende que a reversão da minha edição jamais poderia ter sido feita sob a justificativa de alteração de variante linguística. Peço-lhe, então, que, se possível, responda objetivamente:

1) Qual é a base da sua crença de que o termo “zica” integra uma variante linguística específica?
Conquanto a grafia ‘zica’ seja admitida pelos dicionários Priberam e Porto, ela não é acatada pelos demais dicionários, não é unanimidade entre os lexicógrafos, tampouco configurando variante linguística. Seu uso não é, portanto, mandatório, nem mesmo preferencial, em relação à forma ‘Zika’ (topônimo africano), de amplo uso em textos científicos e governamentais, bem como na imprensa de todos os países lusófonos, conforme demonstrei na mensagem anterior. Por conseguinte, sua remoção do texto do artigo caracteriza apenas eliminação de conteúdo válido.
2) Qual é a base da sua crença de que a abreviatura internacional ZIKV viola alguma variante linguística, qualquer que seja?
Ainda que houvesse consenso entre os lexicógrafos quanto a “zica” ou “Zika”, excluir a abreviatura internacionalmente usada (ZIKV) de um verbete enciclopédico, sob a alegação de desrespeito a variante linguística, é, com todo o respeito, um disparate e, em que pese a relevância da sua contribuição para a versão atual do artigo Febre Zika, também caracteriza remoção de conteúdo válido, observando que a reintrodução da abreviatura ZIKV também se deu por uma razão estilística - no sentido de reduzir a enfadonha repetição da palavra 'zica' (mencionada mais de 30 vezes), ao longo do texto.

Minha edição, embora modesta, não "apenas alterou a grafia" ao reintroduzir a abreviatura internacionalmente aceita e recuperar a forma usada no título do artigo Febre Zika; restabeleceu também a necessária correspondência entre o título e a introdução do artigo, além de acrescentar alguma informação e referência bibliográfica - conteúdo válido, que, de todo modo, foi removido.

De tudo isso, porém, o que me parece mais importante é que o nome cientificamente aceito para o vírus (Zika virus, segundo a taxonomia do ICTV) possa ser citado (neste e em qualquer dos artigos da WP-PT sobre o assunto) e que, pelo menos na introdução de Febre Zika, possam figurar (ao lado de 'febre zica') a abreviatura internacional (ZIKV) e a denominação 'febre Zika' (adotada como título do artigo, além de ser uma formas de uso mais frequente). É o que proponho.
--Yone (discussão) 05h44min de 22 de fevereiro de 2016 (UTC)Responder

O texto seguinte foi movido de: Usuário Discussão:Yone Fernandes

Por favor responda na mesma página onde o diálogo está a decorrer. O texto atual do artigo foi integralmente escrito por mim. Usei o termo "zica" porque foi o único que encontrei em dicionários lusófonos. Nenhum dicionário regista "zika". A sua edição, além de alterar isto, substituiu outros termos, como "registado" por "registrado". O resto, incluindo a alegação de termos "preferenciais", é pesquisa inédita sua que não tem nenhum embasamento em factos. Quintal 09h28min de 22 de fevereiro de 2016 (UTC)Responder

O texto seguinte foi movido de: Usuário Discussão:Antero de Quintal

  1. Normalmente, o diálogo transcorre nas páginas de ambos os interlocutores. Todavia, todas as minhas mensagens têm sido removidas da sua página, dificultando o acompanhamento da discussão e eventuais remissões ao texto. Por essa razão decidi transcrevê-las na minha página.
  2. Como deve saber, ainda que um artigo seja inteiramente escrito (ou reescrito) por um único editor, isso não o autoriza a remover conteúdo válido, adicionado por outros editores.
  3. Posto que ‘Zika’ é nome próprio, evidentemente, não será encontrado, em nenhum dicionário, como substantivo comum. A conversão do topônimo no substantivo comum ‘zica’ não é adotada pela maioria dos dicionários. Mas um dos que optou por essa conversão, o dicionário Priberam, também registra a forma ‘zika’ [6]:

    zika |zíca|
    (Zika, topônimo [floresta do Uganda])
    substantivo masculino
    1. [Biologia, Medicina] Vírus que se transmite ao homem pela picada dos mosquitos do .gênero Aedes.substantivo feminino
    2. [Medicina] Doença infecciosa febril, acompanhada de sintomas semelhantes aos da dengue, mas mais suaves, como erupções cutâneas, dores articulares, febre baixa e dores de cabeça, causada por um vírus e transmitida ao homem pelo mosquito do gênero Aedes.

  4. Visto que as formas ‘’’zica’’’, ‘’’zika’’’ (ambas dicionarizadas) e ‘Zika’ (adotada pela maioria das fontes científicas, a exemplo do ICTV) são usadas e suportadas por fontes fiáveis, todas as três constituem alternativas igualmente válidas, devendo, pois, figurar em qualquer verbete que se pretenda enciclopédico - sobre o vírus ou sobre a doença.
  5. Esclareço que em nenhum momento me referi à existência de “termos preferenciais”; ao contrário, afirmei que
    Citação: ‘’’Nenhuma dessas formas é, no momento, obrigatória (nem mesmo preferencial)’’’.
  6. Não é verdade que minha edição tenha substituído o termo ‘registado’ por ‘registrado’.

Enfim, já que não fomos capazes de chegar a um consenso e considerando que a questão pode ser de interesse de outros editores (conforme se depreende do histórico da página), creio que o melhor a fazer seja compartilhar nossas considerações com os demais, na página de discussão do artigo Febre Zika. --Yone (discussão) 20h28min de 27 de fevereiro de 2016 (UTC)Responder