Discussão:Fenomenologia

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Último comentário: 2 de fevereiro de 2019 de Bageense no tópico Fusão Fenomenalismo; Fenomenologia

O surgimento da Fenomenologia.[editar código-fonte]

O inicio do atual artigo parece nomear Brentano como o "criador" da fenomenologia, fato este que não procede, Brentano foi Professor de Edmund Husserl, autor da obra lançada em 1901, Logische Untersuchungen (Investigações lógicas), obra esta que inaugura a Fenomenologia como um método e uma filosofia original. Edmund Husserl utiliza-se dos estudos sobre o carater intencional da consciência, descoberto por Brentano, derivado da filosofia de Thomas de Aquino. Porém Husserl radicaliza e chega a um outro uso deste termo, censurando a utilização feita por Brentano, nos termos que seriam necessários à Fenomenologia.

Outro ponto importante é que a fenomenologia, extritamente falando, não "trata de descrever, compreender e interpretar os fenômenos que se apresentam à percepção". A Fenomenologia é um estudo "Eidetico" dos fenomenos, enquanto estes se constituem como fenômenos para uma consciência. Fenômeno não é apenas o que se apresenta à percepção, o fenômeno é QUALQUER aparição na consciência, seja perceptiva, cognitiva, imagética, afetiva, moral, lógica, rememorada, etc. comentário não assinado de RicardoNachmanowicz (discussão • contrib) 20h03min de 19 de setembro de 2007

Outro comentário - 11 de Julho de 2009 O conceito de fenómeno remonta, pelo menos, a Immanuel Kant. Este autor define-o como a aparição de um conteúdo na consciência, sendo que esse conteúdo: 1) tem uma origem empírica, derivando de um conjunto de dados em bruto que são captados segundo as formas dos sentidos (ou seja, segundo os seus meios de captar os fenómenos); 2) são organizados pelo sujeito que percepciona esse fenómeno, na medida em que os seus sentidos externos e internos (sentidos internos: Kant fala das intuições puras do espaço e do tempo, bem como do eu transcendental, que se apoia na intuição pura do tempo) lhe permitem captar os dados e organizá-los em formas. Essas formas, que são formas a priori (ou seja, que não se aprendem ou adquirem) e transcendentais (ou seja, são meios ou funções mentais que possibilitam - e antecipam - alguma coisa; neste caso, as percepções), são formas do sujeito que condicionam aquilo que do objecto é captado, a maneira como os dados múltiplos e diversos captados pelos sentidos são organizados e a forma como tudo isso é interpretado. Ora, é aqui que o conceito de fenómeno começa a revelar o seu interesse: se aceitarmos a análise que Kant faz do conceito de fenómeno (não desfazendo David Hume e uma sequência de autores que o anteciparam), apercebemo-nos de algumas conclusões intrigantes: a) Um objecto é, do ponto de vista da consciência, um fenómeno - um objecto que aparece a um sujeito. b) Aquilo que o sujeito percepciona como um objecto exterior e dotado de uma realidade própria é, do ponto de vista estrito da sua consciência, uma construção sua: o sujeito percepciona tão-só uma representação do objecto que é mediada e condicionada pelos filtros dos seus sentidos, das capacidades da sua inteligência, das suas expectativas, dos seus conhecimento prévios, etc. c) Ou seja, em todos os objectos percepcionados há elementos sujbectivos - o que não significa que sejam arbitrários, mas apenas que são condicionados pelas condições prévias do sujeito. d) Fenómeno=representação=objecto.
Posteriormente, aqueles que desenvolveram e aplicaram o que veio a ser o método fenomenológico procuraram encontrar um meio de identificar e isolar os elementos subectivos presentes numa qualquer percepção (num fenómeno), com vista a poder-se avançar, com maior rigor, em campos onde a objectividade científica era difícil de alcançar; e procuraram estudar a própria consciência, no que respeita à sua estrutura e às suas funções. Nos mais de 100 anos que decorreram desde então, houve progressos notáveis. De facto, as maneiras como consciente ou inconscientemente tendemos a distorcer a realidade foram expostas, os métodos de investigação nas ciências humanas foram aperfeiçoados e a nossa compreensão da consciência aprofundou-se significativamente.
comentário não assinado de 92.250.65.201 (discussão • contrib) 03h24min de 11 de julho de 2009

Fusão Fenomenalismo; Fenomenologia