Discussão:Luiz Pacheco

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Bibliografia[editar código-fonte]

Há alguns dados da bibliografia que poderão não estar correctos, como o caso da "Carta-Sincera a José Gomes Ferreira", que embora faça parte da colecção "A antologia em 1958", parece ter sido editada em 1959. A bibliografia inserida no site "Luiz Pacheco: Portal oficial não-oficial" (e que inclui panfletos), teve como referência o site da Biblioteca Nacional e os sites das editoras.

Embora fosse Luís Pacheco de nascimento, era com Luiz Pacheco(com Z) que assinava.

Sobre a categoria "Autores de literatura gay" censurada por Orlando F[editar código-fonte]

Meu caro Orlando, junto alguns excerto de "O Libertino Passeia por Braga" publicado no livro "Textos Malditos", de 1972, onde fica clara a relevância deste autor para a categoria Autores de literatura gay: "Faço o meu primeiro engate de magala, na rua. Não me digam tragédias: é facílimo. É a coisa mais natural do Mundo! Venho diante do café das Arcadas e de repente noto a meu lado um magala, de passo a par do meu. Olho-o uma vez e ele olha-me; olho-o segunda vez e ele volta a encarar comigo. Silêncio. Puxo do tabaco e ofereço-lhe: ele pára, pega no cigarro, dou-lhe lume, acende o meu, seguimos lado a lado. Entabula-se a conversa: trato-o logo por tu, mas sem superioridade, singelamente, como um velho camarada. (...) Dum primeiro andar umas raparigolas dão uns risinhos e dizem uns dichotes.

- Estão a meter-se comigo - diz o meu companheiro cheio de calma. Voltamos a ficar sós na estrada. Parece-me que já consigo agora distinguir as tais duas luzes do quartel. Devo-lhe uma explicação.

- Gostas de broche? - pergunto e encaro-o fito nos olhos, muito sério, muito natural.

- An, nem por isso - responde sempre calmo.

- Pois é só o que eu te posso fazer - digo, como se me desculpasse de não ser o Calouste Gulbenkian.

- E quanto me dá? - pergunta desagradável feita em tom meramente comercial.

- Olha, não te posso dar nada - diz o falso Calouste - dava-te se tivesse, mas estou tesíssimo, não tenho um tostão,já o tabaco foi fiado na pensão, só amanhã é que recebo um vale de Lisboa, amanhã às duas e meia.

- 'tão, nada feito - diz a sua honra camponesa, e pela primeira vez noto como me apetecia aquele corpo, ser dono ou servo daquele aparato movediço de carne, pele, ossos, pêlos, força. E também me pareee que ele está pronto a ir atrás de uma promessa, duma mentira qualquer, e que a recusa pela venda comercial é onde ele esconde a sua pronta adesão. Talvez o seu vício."

Não deixe de ler todo o texto; o link está no próprio artigo sobre Luiz Pacheco:O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor e outros textos.--Jmx 14h01min de 17 de Julho de 2007 (UTC)

Estou a ver que para Jmx, qualquer autor que tenha textos onde faça referência — por mais breve que seja — a homossexualidade é automaticamente rotulado de "Autor de literatura gay"! Acho isso surpreendente. Para mim, "autor de literatura gay" será todo aquele em cuja obra a homossexualidade, o homoerotismo, a homopornografia, a cultura ou a política homófila sejam temas recorrentes e predominantes. Falemos assim, por exemplo, de um Marcel Proust, de um André Gide, de um Roger Peyrefitte, de um Jean Genet, de um Christopher Isherwood, de um Gore Vidal, de um William S. Burroughs ou de um António Botto. Agora, dizer que Luiz Pacheco, só porque o seu conto "O Libertino Passeia por Braga..." contém uma cena de engate homófilo frustrado, é um "autor de literatura gay"... — parece-me despropositado. A "homossexualidade" em Pacheco mais não é do que uma faceta do seu projecto de libertinagem. O Marquês de Sade era um libertino. A sua obra contém inúmeras cenas de homossexualidade masculina e feminina, mas nunca o vi referenciado como "autor de literatura gay": seria absurdo. Meter a libertinagem dentro do saco da homossexualidade não faz qualquer sentido. Quanto à acusação de "censura" rejeito-a em absoluto. Longe de mim tal intento.—Orlando F 00h09min de 24 de Julho de 2007 (UTC)
Caro Orlando F: recordo-lhe, mais uma vez a descrição de objectivos da categoria Autores de literatura gay, que poderá encontrar também na própria página da categoria: "Esta categoria colige a informação da Wikipedia de língua portuguesa sobre todos os autores cujas obras, pela sua temática gay - explícita ou não - ou cujos percursos de vida, tiveram relevância e influência sobre a cultura gay. É uma categoria ampla, que deve incluir desde autores não gay que escrevem explicitamente sobre personagens ou temas da cultura gay, até autores homossexuais de épocas remotas em que era perigoso crime abordar explicitamente a temática homossexual". Dada a definição da categoria não tenho dúvidas em classificar Luiz Pacheco como muito relevante para a mesma!
Caro Orlando F, tenho uma sugestão para lhe fazer: como apreciador das suas contribuições para a Wikipedia, tanto ao nível da edição de artigos, melhorando-lhes a forma e o estilo, como ao nível da inserção de novos e por vezes extensos conteúdos, sugiro-lhe que paremos de perder tempo com estas discussões pouco importantes para si sobre a categoria Autores de literatura gay, mas muito releantes para mim e para outros interessados na cultura gay como eu, e nos foquemos ambos, no enriquecimento dos conteúdos primários da Wikipedia. Pela minha parte ficar-lhe-ia grato e julgo que os leitores da Wikipedia ficariam a ganhar--Jmx 23h09min de 25 de Julho de 2007 (UTC)

Não seria "crítico de literatura portuguesa" ?