Discussão:Murilo Mendes

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Sobre a palavra "guarda-livros"[editar código-fonte]

O termo "guarda-livros" é total e extremamente ultrapassado, um leigo acharia que Murilo Mendes ajudara um bibliotecário! Guarda-livros, nada mais é que um contador/contabilista. Me permito alterar esse termo. Por mais que o termo esteja em hyperlink, e que redirecione à contabilidade, poucos clicarão, pois pensarão ser óbvio o que é um guarda-livros.

O termo "guarda-livros" enquadra-se na ideia de diversas profissões que Murilo Mendes exerceu. Ela faz parte, estilisticamente, de uma enumeração vasta. Vocação de Murilo Mendes é, principalmente, a de poeta. Além desse argumento, "guarda-livros" é palavra empregada na "Poesia Completa e Prosa", publicada pela Editora Nova Aguilar em 1994. Mantê-la traz, portanto, coerência estilística e segue padrão estabelecido na sua obra completa da Nova Aguilar.--Dário Rubens Becattini de Oliveira (discussão) 11h57min de 9 de março de 2020 (UTC)Responder

Sobre a expressão "morre de parto"[editar código-fonte]

No livro "A Idade do Serrote", Murilo Mendes relata que sua mãe "morre de parto com vinte e oito anos". Esta expressão é reiterada na "Cronologia da Vida e da Obra" da "Poesia Completa e Prosa", publicada pela Editora Nova Aguilar em 1994. Optei, assim, por manter-me fiel ao autor. Penso que o leitor deduzirá que a morte de sua mãe decorreu de complicações durante o parto.Dário Rubens Becattini de Oliveira (discussão) 19h07min de 8 de janeiro de 2021 (UTC)Responder

Parágrafo sobre Aníbal Machado[editar código-fonte]

Bom dia, @Dário Rubens Becattini de Oliveira:. Eu gostaria de conversar sobre o terceiro parágrafo da seção Fortuna Crítica deste artigo - Citação: No Rio de Janeiro, frequentou, com Ismael Nery, a casa de Aníbal Monteiro Machado, local de encontro de escritores e artistas. Aníbal Machado representou no Rio de Janeiro o que fez Mário de Andrade em São Paulo. Segundo Raúl Antelo, Aníbal Machado foi "um arregimentador - animador cultural, introdutor das vanguardas políticas, intelectual empenhado e partidário".[1]. Li a fonte citada ao final do parágrafo, e os nomes de Murilo Mendes e Ismael Nery não foram mencionados nela; além disso, creio que o trecho destoa do que o verbete sobre Murilo Mendes deve tratar - ele descreve a reputação de Aníbal Machado e o que ele representou, de modo que entendo que deveria estar presente apenas no verbete sobre ele. Qual é sua opinião sobre este parágrafo, sua fonte e sua manutenção ou remoção do artigo de Murilo Mendes? Solon26125 (discussão) 09h47min de 17 de novembro de 2021 (UTC)Responder

Bom dia, @Solon26125:. Fico satisfeito em saber que está colaborando para o artigo sobre Murilo Mendes. No que se refere a Aníbal Monteiro Machado, ele era parente de Murilo Monteiro Mendes e o ajudou na sua formação de poeta. No canal do YouTube do Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM), um estudioso do poeta, Murilo Marcondes de Moura, professor da Universidade de São Paulo, salientou esse aspecto. Quanto à fonte citada, apenas encontrei menção confiável do caráter de Aníbal Machado. De fato, a fonte não relaciona diretamente Aníbal a Murilo. Podemos continuar esta conversa com maior definição depois? Talvez encontremos uma referência mais apropriada da relação dessas duas pessoas significativas à cultura brasileira. Obrigado pela atenção. Dário Rubens Becattini de Oliveira (discussão) 10h15min de 17 de novembro de 2021 (UTC)Responder

Boa tarde, @Solon26125:. Encontrei referência sobre a relação de Murilo Mendes com Aníbal Machado no site do Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM). Ela localiza-se na parte "POETA - Vida". Não há menção a reuniões na casa de Aníbal Machado, mas de participação de "discussões filosóficas com intelectuais, entre outros, [...] Aníbal Machado". E essas discussões eram, porém, realizadas na casa de Ismael Nery. Optei, portanto, em retirar o parágrafo que trata do vínculo de Murilo com Aníbal e da comparação de Aníbal com Mário de Andrade. Dário Rubens Becattini de Oliveira (discussão) 16h07min de 15 de dezembro de 2021 (UTC)Responder

Inclusão, em "Ligações Externas", de "Poemas de Murilo Mendes"[editar código-fonte]

Olá, @L Breg. Gostaria de discutir a inclusão de "Poemas de Murilo Mendes" nas "Ligações Externas". Originalmente, as "Ligações" destinam-se a portais, sites e vídeos que complementem as informações do artigo. E há a questão dos direitos autorais, em que eu esbarrei, algumas vezes, contribuindo na inclusão de dados sobre Murilo Mendes. Na medida do possível, entrei em seu site e observei que enquadrou Murilo no "Modernismo - Segunda Geração". Dos principais críticos de Murilo Mendes verifiquei, entre outros, não existir um consenso nessa definição. Por exemplo, José Guilherme Merquior afirma que "nesse complexo heterogênio do modernismo in fieri havia um núcleo puro e duro de modernidade radical - núcleo esse que, pensando na poética de 'Antropofagia', ou no primeiro Drummond, chamaremos anarcovanguardista" (Murilo Mendes, Poesia Completa e Prosa, p. 11). Veja que este ponto somente já gera discussões sobre um poeta de múltiplas faces como Murilo Mendes, que ainda adotou os movimentos de vanguarda europeus durante sua estada em Roma. Peço, então, que você por favor retire os dados que adicionou. Caso queira buscar uma classificação, é cabível, por coerência, que o faça no corpo do artigo, baseado em fonte relevante (e.g., Mário de Andrade, Otto Maria Carpeaux, etc.). Diante de autores que se dedicaram, com grande afinco e durante anos, a reunir e comentar a extensa obra de Murilo (Luciana Stegagno Picchio, Laís Corrêa de Araújo, José Guilherme Merquior, etc.), contribuidores interessados apenas, como eu, não conseguem, por diversos motivos, obter todos os dados e todas as informações de críticos confiáveis sobre Murilo Mendes. Afinal, a Wikipédia é uma enciclopédia colaborativa. Neste sentido, outras contribuições suas são, por princípio, bem vindas pela Fundação Wikimedia. Aguardo uma resposta sua em relação ao tópico.Dário Rubens Becattini de Oliveira (discussão) 10h32min de 8 de agosto de 2023 (UTC)Responder

Olá Dário. É preciso tomar o cuidado de não se confundir o contexto histórico de um autor com as questões estéticas particulares da obra desse mesmo autor. Aqui vale à pena consultar a entrada do Wikipedia sobre o modernismo brasileiro. As divisões históricas são uma construção formal e traçam linhas gerais de uma época. A entrada do Wikipedia retrata como se convencionou dividir o modernismo na literatura brasileira. A chamada segunda geração, ou geração de 1930 a 1945, inclui autores que estrearam nesse período. Talvez esse modo de analisar o contexto histórico se deva em parte à influência de um artigo de Mário de Andrade de 1931, no qual ele discute criticamente livros de estreia de um conjunto de novos poetas - entre os quais está Murilo Mendes. Consiste em um fato histórico, portanto, que Murilo tenha vivido durante esse momento histórico da geração de 1930 ou segunda geração do modernismo. Essa localização histórica, porém, diz pouco - porque sempre generalista - a respeito das questões estéticas da obra de qualquer autor. Para tanto, é preciso se lançar à análise crítica específica dessa obra - como exemplificado pelo próprio Merquior e muitos outros estudiosos. Um dos pontos de partida dessa análise é justamente o contexto histórico, que ilumina a investigação dos recursos criados no conjunto de uma obra e os elementos que a singularizam nesse contexto e em comparação a outros autores e momentos. Somente por um processo de análise em diálogo com a história que se faz possível afirmar a distinção estética ou dissonância (em relação a seus pares) de Murilo Mendes (o que se aplica também a qualquer outro poeta). Abs. :^) L Breg (discussão) 12h08min de 9 de agosto de 2023 (UTC)Responder
Bom dia, @L Breg. Além da resposta anterior, de 13 de agosto de 2023, quero debater cada ponto das sua afirmações. Li o artigo de Mário de Andrade publicado em 1931. Seu título é "A Poesia em 1930". Ele encontra-se na obra "Aspectos da literatura brasileira", organizada pelo próprio autor. Nesta publicação, Mário de Andrade assinala, no ano de 1930, o aparecimento de quatro livros: Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade; Libertinagem, de Manuel Bandeira; Pássaro Cego, de Augusto Frederico Schmidt e Poemas, de Murilo Mendes. Trata Mário esses autores como "poetas feitos", ou "poetas na força do homem", criticando moços que se aproveitaram, sem qualquer encanto, das possibilidades do verso livre. Contudo, em nenhum trecho, Mário de Andrade indica a que geração pertencem esses poetas amadurecidos. Sobre Murilo Mendes, em especial, afirma que "seria difícil neste resumo, já então enorme, dar uma ideia pormenorizada da contribuição que Murilo Mendes traz para nossa poesia, vou parar".
Uma discussão mais aprofundada da delimitação histórica de Murilo Mendes pode ser feita a partir da obra "A Literatura no Brasil", coordenada por Afrânio Coutinho. No prefácio da primeira edição (1955), Afrânio Coutinho escreve sobre o método para conceituar a história literária. Houve, no século XX, um grande debate contra a explicação de uma obra no meio histórico, estabelecendo entre os fatos causas e consequências. Este debate surgiu na Alemanha, por Dilthey, com o conceito de "história do espírito", e, na Itália, liderado por Croce, a favor do "sentido estético da literatura". Afrânio aponta, entretanto, que "há lugar para a síntese": a obra de arte não se pode abster dos fatos históricos da época em que foi desenvolvida. Mas, a explicação histórica é secundária. Escreve então o autor: "é que ela é sempre incompleta, por vezes abusiva e desonrientadora do espírito crítico" (grifos que eu destaco).
Esclarecendo a ideia de "período", Afrânio Coutinho é favorável à "periodização estilística", liberta da "tirania cronológica" (expressão de Otto Maria Carpeaux). O método histórico passa a ter um papel secundário, em favor da "própria natureza estética do fenômeno literário".
Seguindo os passos de Mário de Andrade, veja que a questão é grande e complexa. E não é desejável continuar um estudo tão extenso, o qual Afrânio Coutinho perfez, tendo uma visão ampla, para toda a literatura brasileira na obra que coordenou, em vários volumes. Penso que o artigo na Wikipédia sobre Murilo Mendes deve possuir um caráter mais didático.
Acredito, contudo, que a periodização estilística da obra de arte prevalece sobre o método histórico. Sobretudo, o caráter singular da vasta obra de Murilo Mendes exige muita atenção, para que se faça também uma síntese justa do seu artigo da Wikipédia. Pensarei em como acrescentar toda essa informação do modo mais resumido possível. Sinta-se à vontade para incluir mais dados justificáveis e cabíveis. Atenciosamente, Rubens de Oliveira (discussão) 15h45min de 23 de outubro de 2023 (UTC)Responder

@L Breg, consultei a página da Wikipédia sobre o modernismo brasileiro. Essa página, todavia, não é completa, necessitando de mais informações e referências. Nas referências, cabe fazer algumas observações para fundamentar esse ponto de vista: o crítico Afrânio Coutinho é bem mencionado; por outro lado, penso que a referência n. 1, "Mundo Educação", não tem significativa origem; e a referência n. 11 conduz à "página não encontrada" na Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. A propósito, a Wikipédia aponta, no início do artigo sobre o modernismo no Brasil, que esta página não cobre todo o conteúdo. Entretanto, concordo que, para fins históricos, Murilo Mendes pode ser classificado na "segunda geração (1930-1945)". A publicação de Mário de Andrade de 1931 é indiscutível e deve ser posta no artigo sobre Murilo. A inclusão da sua indicação histórica, com a referência à publicação e à página de Mário de Andrade, é bem-vinda. Afinal, estamos debatendo o sentido do seu link nas "Ligações externas", com o título "Poemas de Murilo Mendes". A partir dos seus comentários, penso que sua vontade é classificar o poeta, e cabe portanto, com propriedade, no corpo do artigo. Os poemas em si, por sua vez, estão vinculados ao link "Wikiquote" (ao lado de "Prêmios recebidos"). Não sei se ultrapassei os direitos autorais quando citei integralmente certos poemas de Murilo Mendes. Por favor, reveja isso. E, ao invés de seu link "Poemas de Murilo Mendes", caso a legislação permita, inclua os poemas relacionados ao texto no "Wikiquote". Abraços, Dário Rubens Becattini de Oliveira (discussão) 09h44min de 13 de agosto de 2023 (UTC)Responder

  1. «Aníbal Machado». Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. Consultado em 16 de novembro de 2011