Discussão:Ocupação estadunidense da Nicarágua

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Revolta de Sandino[editar código-fonte]

Em 1926, com um golpe de Estado o líder do Partido Conservador, Emiliano Chamorro, depôs o presidente Carlos José Solórzano e depois de forçar a renúncia do vice-presidente Juan Bautista Sacasa, um membro do Partido Liberal, assumiu o poder. Os Estados Unidos não reconhecem Chamorro como presidente legítimo, e em seu lugar colocam Adolfo Diaz. Os liberais, em seguida, iniciaram uma guerra que se tornou conhecida como guerra constitucionalista, exigindo o regresso do poder às mãos de Sacasa. O governo estadunidense decidiu intervir. As forças da Marinha dos Estados Unidos assumiram o controle da costa, e foram declaradas zonas neutras alguns pontos estratégicos de fundamental importância para as forças liberais. Em particular, foi declarada uma zona neutra a cidade de Puerto Cabezas, um reduto dos liberais. Os fuzileiros navais finalmente capturaram Sacasa e obrigaram-o a deixar a zona neutra. Um dos líderes das forças liberais, Augusto César Sandino, aplicando as táticas de guerrilha iniciou obtendo inúmeros êxitos contra as tropas conservadoras. Enquanto isso, por receio de uma intervenção militar dos Estados Unidos em apoio aos líderes conservadores, os liberais decidiram tratar com os Estados Unidos, reconhecendo o governo de Diaz na pendência das eleições de 1928. Sandino, que não aceitou este acordo e se refugiou com seus homens em El Chipote, começou a organizar-se para lutar contra as tropas norte-americanas. Parte inicialmente com apenas 30 homens, porém ao final, Sandino se viu comandando cerca de 6.000 homens.

Em 1929, apesar dos esforços dos Estados Unidos, que chegaram a empregar até a força aérea, os rebeldes sandinistas detinham o controle da maior parte do país, com as tropas da marinha confinadas à área central. Os Estados Unidos decidiram, então, mudar de tática, recrutando a população local na recém formada Guarda Nacional da Nicarágua. Este exército, treinado e equipado pelos estadunidenses, não foi capaz, no entanto, de virar a maré da guerra. Os rebeldes sandinistas chegaram a tomar a capital Manágua, destruindo propriedades estadunidenses e executando aqueles julgados como colaboradores. Enquanto isso, nos Estados Unidos, esmagados pela Grande Depressão, o presidente recém-eleito Franklin Delano Roosevelt proclamou a Política da Boa Vizinhança, que põe fim à ocupação estadunidense de vários países da América do Sul e Caribe, incluindo a Nicarágua. Em 1 de janeiro de 1933, as forças dos Estados Unidos deixaram oficialmente o território da Nicarágua.