Discussão:Sparisoma cretense

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Sparisoma cretense (Veja)

TAXONOMIA Reino: Animalia (Fauna) Filo: Chordata (Cordata) Classe: Actinopterygii (Peixes Ósseos) Ordem: Perciformes Família: Scaridae Género: Sparisoma Nome científico: Sparisoma cretense Nome comum: veja, papagaio, bodião CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Tem o corpo oval, alargado e ligeiramente comprimido. A sua cabeça é cónica e a sua parte anterior é romba, tendo a boca situada na zona mais anterior. As mandíbulas têm pequenas dimensões e os dentes são fortes e estão unidos numa espécie de bico formado por quatro placas. A barbatana dorsal é única e larga e é composta por 9 a 10 raios duros e 10 a 11 raios moles e o bordo posterior da caudal é convexo. A barbatana anal é composta por 1 raio duro e 10 raios moles. Os adultos apresentam um ponto preto entre a barbatana peitoral e a linha lateral. As vejas podem viver até aos 8 anos e têm 2 anos quando atingem a primeira maturação nos Açores.


• Cor:

As fêmeas têm o corpo avermelhado, com uma mancha castanha na parte dorsal anterior e outra amarela sobre o pedúnculo caudal, atrás da barbatana dorsal. A coloração dos machos é escura entre o cinzento, castanho e verde muito escuro com manchas brancas no dorso e flancos. • Dimensões: Podem atingir os 50 centímetros.

REPRODUÇÃO As vejas reproduzem-se entre Agosto e Setembro e têm uma fecundação externa. Tipicamente, vivem em grupos de 3 a 6 indivíduos de ambos os sexos, mas durante o período nupcial é frequente encontrar os machos a entrarem em perseguições violentas.

HABITAT/NICHO ECOLÓGICO As vejas estão associadas aos recifes. Habitam zonas de águas pouco profundas de costas rochosas entre os 2 e os 50 metros. Mais frequentemente, os indivíduos de menores dimensões preferem as zonas mais abrigadas junto à superfície e os adultos preferem as águas um pouco mais profundas. No Mediterrâneo, os prados de posidónias são um dos habitats habitualmente frequentados pelas vejas. Preferem um clima subtropical, entre as coordenadas 42ºN-14º Norte.

ALIMENTAÇÃO Alimentam-se de algas e alguns invertebrados.

COMPORTAMENTO Fora dos períodos nupciais, estes pequenos cardumes nadam pachorrentamente entre as rochas em busca de algas e invertebrados.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA As vejas vivem no Atlântico Este e no Mediterrâneo (principalmente na zona Oriental). No Atlântico, o limite de distribuição Norte é os Açores e o limite Sul é o Senegal, passando pelos arquipélagos da Madeira e Canárias. Em termos de latitude as Vejas distribuem-se entre os 42 e os 14º Norte.


ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO Não ameaçado, mas este peixe é quase sempre visto pelo prisma da utilidade gastronómica e não tanto pela sua beleza, exotismo e complexidade.


CAPTURA As vejas têm importância comercial e não se encontram ameaçadas. Apesar disso, nas Canárias, foi estabelecido um tamanho mínimo de captura, no caso 20 cm, como medida de gestão pesqueira de um manancial muito desejado. Em Portugal não há limite inferior no tamanho das vejas capturadas. De qualquer forma, as dimensões das malhas normalmente utilizadas pelos pescadores não parecem colocar estes animais em perigo. Em relação à caça submarina, o peso mínimo informalmente recomendado é de 260 gramas. Este peso equivale a cerca de 24 centímetros em comprimento. Apenas com estas dimensões as vejas atingiram a idade de primeira maturação. Esta idade é aquela em que os animais estão aptos a reproduzir-se pela primeira vez. Se deixarmos todos os animais reproduzirem-se pelo menos uma vez teremos, em princípio, um ecossistema mais sólido e protegido.