Discussão:Travesti (identidade de gênero)

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Último comentário: 23 de dezembro de 2014 de 201.86.252.226 no tópico Artigo péssimo

Artigo péssimo[editar código-fonte]

Este artigo está péssimo, quem o escreveu não sabe sequer a definição de "travesti" - uma pessoa que se veste com roupas do sexo oposto, é essa a etiologia da palavra, e o significado aceite em qualquer linguagem, incluindo português de Portugal. Uma pessoa transsexual que ainda não tenha feito, ou não queira fazer, a cirurgia genital, é uma pessoa transsexual, não um travesti, que nunca faz qualquer tipo de transição/modificação dos caracteres sexuais. A utilização errada de travesti como tal é comum no Brasil, sobretudo na indústria dos filmes pornográficos, mas, tal como qualquer erro crasso (e ofensivo!), não é pela utilização que se torna correcto. A mulher transsexual que está fotografia no início do artigo - como sabem sequer se ela não fez a cirurgia genital?? E, mesmo, assim, seria sempre transsexual, e não travesti. O artigo devia ser apagado. Não há nada de bom a dizer sobre ele, e lamento, mas nem sequer chega a ser mau! 87.196.130.96 (discussão) 12h45min de 12 de Novembro de 2008 (UTC)

Exato. É incrível como o site mantém um artigo horrível desses. Nó temos o artigo "cross-dressing" que seria exatamente a mesma coisa que travestilidade, e nosso artigo sobre travestilidade se refere a transgeneridade, quando estes conceitos na verdade estão apenas ligados ocasionalmente. Na minha opinião, isso deveria ser fundido com cross-dressing e completamente reescrito por alguém que tenha realizado uma pesquisa.--201.86.252.226 (discussão) 02h47min de 23 de dezembro de 2014 (UTC)Responder


Modifiquei "eonismo" para "eonista" (embora era essa palavra não esteja registrada nos dicionários), pois travesti identifica a pessoa e eonismo uma condição ou ação. Desse modo travesti = eonista e travestismo = transvestismo = eonismo. Talvez o nome do artigo fosse melhor se fosse travestismo.

Gostaria de fazer um poderação: a rigor, talvez o melhor termo seria travestibilidade. Contudo, caso criássemos esse verbete, o termo travesti deveria ser mantido. Penso nisso no sentido de separar travesti de travestibilidade; transexual de transexualidade. Acompanhei a evolução dos termos transexual e transexualidade. O artigo atual sobre transexualidade está altamente completo e preciso de acordo com uma visão abrangente e minuciosa do assunto em termos genéricos da transexualidade. Ocorre, entretanto, que o tema tornou-se tão completo que praticamente ninguém consegue ler até o final e quem deseja apenas se informar sobre o que é um transexual acaba-se se perdendo no texto... Travesti e Transexual deveriam ser termos diretos e objetivos... travestibilidade e transexualidade deveriam ser textos abrangentes sobre o assunto. --Jirah (discussão) 00h41min de 30 de Abril de 2008 (UTC)
Eu ainda acredito na máxima de que a língua é construída pelo uso, e travestilidade já é um termo consagrado. O google que o diga! -- Aline de Freitas 10h20min de 30 de Abril de 2008 (UTC)

Redefinindo travesti[editar código-fonte]

Estarei reescrevendo este artigo por completo dada sua total inacurabilidade.

Dentre os travestis existentes são mais conhecidos os travestis homossexuais masculinos, que podem atuar em casas de espetáculos, se prostituem nas ruas ou em bordéis, ou têm outras profissões, mas adotam no dia-a-dia ou com freqüência o visual feminino.

É uma visão absolutamente limitada e (inconscientemente) preconceituosa. Travestis como qualquer pessoa precisa lutar para sobreviver e dentre as formas que encontram para tal está a prostituição, o mundo dos espetáculos. Mas estes elementos não podem de forma alguma definir quem é a pessoa que identifica a si mesma como travesti.

Alguns travestis homossexuais masculinos tomam hormônios femininos e fazem implantes de silicone no rosto, nádegas, quadris e peito.

No próprio artigo desminto a idéia de que travestis sejam homossexuais masculinos, travestilidade é uma condição de gênero, nada a ver com homossexualidade. Questão de hormonização e silicone será explicada no decorrer do mesmo.

Existe uma versão debochada do travesti que são as "drag queens" que se travestem com roupas, perucas e maquiagem exageradas para reforçar o caráter caricatural e debochado.

Drag queen é diferente de travesti. A Drag queen é normalmente uma pessoa que vê a si mesma como homem, e que se traveste por profissão.

Existem travestis heterossexuais masculinos que se excitam ao usar roupas, perucas, lingerie, maquiagem e outros adereços femininos mas têm o desejo sexual predominantemente voltados para as mulheres, podendo contudo ter ou não excitação pela manipulação anal. Muitos desses travestis heterossexuais são casados e tem atitudes másculas no dia-a-dia. Em muitos casos as suas esposas participam e até ajudam o marido a praticar o travestismo. Em outros casos as esposas se mostram contrariadas ou chegam a romper o relacionamento ao saber das preferências do marido.

Mais uma vez a confusão entre gênero e orientação sexual. Travestis heterossexuais masculinos é ilógica definição. Esta expressão refere-se a pessoas com corpo biológico feminino que se identificam como homens e que se relacionam exclusivamente com mulheres. O trecho acima (descontada a referência para homossexualidade e a referência a supostas áreas exógenas) se refere a cross-dressers ou fetichistas transvestite.

Em muitas cidades do Brasil os admiradores de travestis têm se rotulado "T-Lover". As travestis são chamadas "bonecas", "t-gatas", "t-girls" e outros termos semelhantes. Na internet, têm proliferado as páginas, principalmente os blogs, que tomam os travestis como objeto temático. Em muitas dessas páginas, blogs em geral, experiências com travestis são objeto de comentários, embora o mais comum sejam a troca de fotos, telefones. Nesses espaços é comum discussões relativas à condição dos "t-lover". Note-se que essas pessoas não se consideram gays ou bissexuais, embora a concepção popular os veja assim.

Eu vou tentar incluir a questão dos t-lovers a partir de uma perspectiva que coloque não o olhar externo daquele que desconhece sobre o que se fala (como acima) mas a partir das discussões mais recentes e aceitas entre ativistas trans, teóricos de gênero e os próprios t-lovers.

Uma grande preocupação dos proprietários desses blogs tem sido a temática referente às doenças venéreas e a proteção no ato sexual, além da proliferação de casos de violência no relacionamento entre a travesti e seu cliente. É fato: o comum é a travesti ser tratada como uma garota de programa. Marginalizada pela sociedade, não lhe resta muitas alternativas senão a prostituição.

Aqui o trecho sugere como se todas as travestis fossem profissionais do sexo (...a travesti e seu cliente.). Tentarei explicar os mecanismos de marginalização sem jamais considerar a prostituição como regra para a condição social da travesti.

Lésbicas que se travestem de homem são pejorativamente chamadas de sapatão ou caminhoneiro.

Não tem lógica alguma a frase acima. Há mulheres lésbicas (pessoas que vêem a si mesmas como mulheres e se relacionam como mulheres) que adotam algumas posturas e vestimentas que são normalmente consideradas masculinas. Mais uma vez, îdentidade de gênero e orientação sexual nada têm em comum.

Alinefr 12:10, 20 Janeiro 2006 (UTC)

Dificuldades em readequar o artigo[editar código-fonte]

Esse artigo (travestismo) é resultado de uma transferência do termo travesti para travestismo. O problema é que travestismo está muito mais associado uma patologia descrita pela medicina e psicologia do que com o tema travesti, fazendo com que a maioria do texto antigo fique um bocado fora de contexto. Acho que travesti (a pessoa) tem muito pouco a ver com travestismo (a patologia). De todo modo incluí algumas definições sobre travestismo sem deletar praticamente nada do texto herdado sobre travesti. Deletar uma boa parte do texto, mesmo alguns trechos interessantes, será inevitável a menos que se recrie o termo travesti. (contrasenso?)

Mudança semelhante já ocorreu com o artigo transexual que virou transexualidade. De problemas mais simples relacionados e afetos à vida do transexual (a pessoa) o artigo transexualidade que o substitui virou uma tese de doutorado sobre o tema. O transexual, a pessoa, cedeu quase toda sua visibilidade para a transexualidade na visão da ciência, sem que isso seja necessariamente uma crítica minha, talvez um curso natural desses temas.

Alguém me dê uma luz!!! Temas como prostituição, silicone, hormônios podem ter tudo a ver com o termo travesti, mas nada a ver com travestismo! Como reorganizar esse texto? --Jirah (discussão) 01h31min de 13 de fevereiro de 2010 (UTC)Responder

Fiz uma reorganização geral no artigo; talvez haja alguma discordância na descrição dos itens das "Denotações de senso comum" mas vejam que elas foram obtidas através das definições de seus artigos principais e a definição inicial é dicionárica (Houaiss): não concordar com as definições de senso comum desse artigo *implica* em discordar das definições em cada artigo principal citado. Portanto, por obséquio, sejam específicos em qualquer discordância. No restante acho que a estrutura do artigo ficou bem elaborada para aceitar novas contribuições. --Jirah (discussão) 01h36min de 15 de julho de 2010 (UTC)Responder

O artigo desinforma[editar código-fonte]

Este artigo precisa reformulado. Estudo gênero e sexualidades e tenho vasto conhecimento na área graças a leituras dos principais teóricos, inclusive sobre travestilidades e transexualidades, e a perspectiva de que pessoas trans são doentes (no caso, com transtorno de identidade de gênero) é veementemente negada dentro das Ciências Sociais. Essa perspectiva pertence à área da medicina, que patologiza identidades e trabalha dentro de um quadro conceitual que chamamos de heteronormativo, isto é, onde a heterossexualidade é o desejável, e tudo que foge à ela é desviante. Isto é preconceituoso, e está sendo largamente questionado inclusive dentro da área da saúde. Há muito estudos, como de Fernanda Cardoso, que desconstroem essa visão de doença. Do mesmo modo que as homossexualidades eram vistas como doenças atá a decada de 1980 (então chamadas de homossexualismo, pelo sufixo "ismo" que significa doença)e foram retiradas da lista de doenças mentais, há um movimento mundial de retirada da condição trans das listas de doenças. Transexualidades e travestilidades são uma identidade, na qual pessoas se controem, como todos nós, e transformar estas pessoas em doentes mentais é marginalizá-los e tirar deles a autonomia de sua existência e a condição de sujeitos capazes. Mantero artigo nesses termos é desinformar as pessoas de discussões que acontecem há anos, e que são extremamente qualificadas. Proponho-me a escrever um novo artigo, que traga todas essas discussões.

--Vinikaue (discussão) 16h06min de 10 de novembro de 2010 (UTC)Vinicius KauêResponder

Acho que se conseguir reunir as visões do passado e as visões mais modernas de forma precisa, concisa e com referências, suas contribuições serão de enorme valia para o artigo. --Jirah (discussão) 02h56min de 11 de novembro de 2010 (UTC)Responder

Diferenças culturais entre Portugal e Brasil relativamente à utilização da palavra «travesti»[editar código-fonte]

Em Portugal, a utilização da palavra «travesti» é diferente da do Brasil. Um(a) travesti é sempre um(a) artista transformista. Não há qualquer implicação de estilo de vida, preferência de parceiro sexual, ou tipo de perturbação de identidade de género; a palavra apenas designa uma profissão. Na comunidade transgénero, porém, a palavra «travesti» é considerada pejorativa ou mesmo ofensiva, talvez por ser essa a designação que os indivíduos transfóbicos empregam quando querem ofender uma pessoa transgénero.

Crossdresser, em Portugal, designa genericamente qualquer pessoa que se vista e que se comporte como um elemento do género oposto ao que lhe foi atribuído à nascença. Do ponto de vista estritamente académico, crossdresser descreve apenas o acto, mas não necessariamente a pessoa, o que ela sente, o que pensa, o estilo de vida que quer adoptar, o tipo de parceiro sexual que procura, etc. Nada disto está incluído na palavra crossdresser. No entanto, tal como em todo o mundo, também é frequente em Portugal, pelo menos na comunidade transgénero, discutir o que é que é uma crossdresser e o que não é.

Um indivíduo que questione a sua identidade de género, tenha a perturbação de identidade de género confirmada por diagnóstico clínico, e que pretenda adoptar a identidade de género com que se identifica é, em Portugal, legalmente transexual (mesmo que não se identifique com essa designação). Se optar pelo processo de transição, e uma vez tendo completado o mesmo, passa a ser designado pelo novo género que adoptou (deixa de ser transexual... passa a ser um membro do género para o qual transitou). Logo, de um ponto de vista estritamente legal, tecnicamente só se é transexual enquanto se está em transição. De um ponto de vista social e académico, pode não ser assim (mas tecnicamente, em Portugal, isso seria considerado discriminação...). Antes de se entrar em transição (mesmo que não se opte pela transição), o indivíduo é apenas classificado como possuindo perturbação de identidade de género, para a qual não existe nenhum termo específico.

A literatura brasileira citada tende a separar dois casos: aquele em que o indivíduo faz crossdressing, mas para o qual não houve diagnóstico de perturbação de identidade de género, mas que mesmo assim se identifica com o género oposto ao atribuído à nascença, e que pode mesmo se sujeitar a intervenções cirúrgicas e terapia de substituição hormonal. Estes indivíduos são classificados, no Brasil, de travestis. Se têm o diagnóstico de perturbação de identidade de género, são transexuais. Se se identificam com o género atribuído à nascença, mas mesmo assim gostam de se vestir ocasionalmente (e de adoptar o papel) do género oposto, são crossdressers. A diferença fundamental, pois, está que em Portugal também não existe nenhum termo específico para designar alguém que exiba todas as características de um indivíduo transexual mas que não tenha perturbação de identidade de género confirmada clinicamente.

De notar que, por «contágio cultural», tem sido cada vez mais frequente a utilização da palavra «travesti» em Portugal com o sentido que lhe é dado no Brasil. Os próprios artistas de espectáculo têm, por isso mesmo, preferido a designação «transformista» para a sua profissão. Esta é uma situação relativamente recente e que tem dado azo a muita discussão relativamente à nomenclatura.

Não existe também qualquer legislação que proteja os direitos das crossdressers em Portugal (excepto o direito de se vestirem como quiserem em espaços públicos, e dos espaços privados poderem aceitar ou não pessoas crossdressers), mesmo quando estas se queiram submeter a intervenções cirúrgicas, tratamentos hormonais, e viver de acordo com o género que se identificam. Ou seja, quando no artigo é referido que existem organizações brasileiras que lutam pelos direitos de «travestis e transexuais», em Portugal não existe nada do género. Os/as transexuais são protegidos por lei, de forma clara e inambígua. Os artistas transformistas, enquanto artistas, são protegidos pela legislação que regula a sua actividade. Quem não tenha diagnosticada a perturbação de identidade de género não tem quaisquer direitos (para além do direito de se vestir em público como quiser) e não há nenhuma organização que os queira reindivicar. Só refiro isto porque, em Portugal, quem queira viver de acordo com o género que se identifica, se não conseguir o diagnóstico, não o conseguirá fazer (por exemplo, pode ser-lhe negado o acesso ao local de emprego, aos supermercados, aos médicos, etc. a não ser que se vista e se comporte como uma pessoa do género que lhe foi atribuído à nascença). Isto também não quer dizer que os indivíduos transexuais, apesar de serem legalmente protegidos contra a discriminação, tenham uma vida pacífica. Mas podem, pelo menos, recorrer aos tribunais se forem discriminados. As crossdressers não podem.

Lei n.º 7/2011 que regula o procedimento de alteração de sexo em Portugal

Sandra M. Lopes (discussão) 03h07min de 26 de outubro de 2014 (UTC)Responder