Discussão:Tsuru (cidade)

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Tsuru


Desde os mais remotos tempos, a garça (tsuru) ocupa um lugar privilegiado no mundo do origami. Primordialmente, ela simboliza a paz. Até hoje, fazer mil garças em origami significa sempre um desejo a ser realizado: a recuperação de um, doente, a felicidade no casamento, a entrada para a Universidade, a obtenção de um bom emprego.

Quando uma pessoa se encontra hospitalizada, oferece-se mil origamis de grou para que ela se restabeleça o quanto antes. Ao dobrar cada figura, a pessoa deposita nela toda a fé e esperança na recuperação do doente.

Atualmente, nas festas de Ano Novo, casamento, nascimento e em comemorações festivas em geral, a figura do Grou está presente nos enfeites ou nas embalagens de presentes, simbolizando saúde e fortuna. Costuma-se dizer que esta ave é o símbolo da longevidade. Quando uma pessoa se encontra hospitalizada, oferece-se mil dobraduras de Grou para que ela se restabeleça o quanto antes. Ao dobrar cada figura, a pessoa deposita nela toda a fé e esperança na recuperação do doente.

Nos monumentos a Paz em Hiroshima, onde caiu a bomba atômica há vários conjuntos de mil Grous, vindos de todas as partes do Japão. São feitos por alunos de escolas, associações, enfim por um grupo de pessoas que se uniram para pedir uma coisa: Paz.

Para a confecção destas mil aves é preciso união, esforço e fé de muitas pessoas formando-se assim uma corrente de pensamento positivo.

No Japão, todos os anos - no dia 6 de agosto - são depositados inúmeros tsurus no mausoléu erigido em homenagem aos que morreram na tragédia atômica de Hiroxima, com a intenção de que isso jamais venha a se repetir.

A primeira referência sobre a tradição das 1.000 garças se encontra relatada no livro "senbazuru Orikata" (dobradura de 1.000 garças) de Ro Ko An, publicado em 1797. Nessa época, o papel utilizado era o "washi", artesanal, fino e resistente, cuja fabricação data do período Nara (710-794). Hábeis artistas podiam obter de 10 a 100 garças em uma única folha de papel, conforme dobras e cortes que efetuassem.

Ainda hoje, o método básico - tipo garça - estabelecido pelo "Senbazuru" obedece a mesma seqüência.

Como se pode depreender do exposto, é difícil dissociar o origami do cotidiano japonês. Desde os imemoriais tempos em que, guardar um quimono, pela manhã e à noite, era uma verdadeira aula de origami e até hoje, quando o manuseio de minúsculos componentes eletrônicos exige a total exploração da chamada motricidade fina.