Domingos Borges Machado Acatauassú

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Domingos Borges Machado Acatauassú
Cidadania Brasil
Ocupação comendador, político

Domingos Borges Machado Acatauassu (cerca de, 1779 - 1839) foi um político,proprietário de engenho e, senhor escravista brasileiro.[1] comendador da então província do Pará e[2][1][3] sogro do Barão de Igarapé-Miri.[2]

Foi um indivíduo de destacaque na villa brasileira de Igarapé-Miri pelo expressivo poder econômico e por ser membro de uma família tradicional do Vale do Tocantins (Pará) desde o período colonial brasieiro.[4]

Domingos foi influenciado pela onda nativista no Brasil no período de 1800, este adotou o topônimo indígena Acatauassú.

Biografia[editar | editar código-fonte]

No período pré e pós-independência ocorreu uma onda nativista no território brasileiro, onde membros de famílias tradicionais adotaram topônimos indígenas, devido o fato de ser uma sociedade fortemente marcada pela presença indígena. Como ocorreu com Domingos Borges Machado, membro de família de prestígio de Igarapé-Miri, alterou ainda na primeira metade do século XIX o nome para Domingos Borges Machado Acatauassú.

Domingos Acatauassu foi destacaque em Igarapé-Miri, pois pertencia a uma família tradicional do Vale do Tocantins, estabelecida na região desde o período colonial brasieiro, quando esta adquiriu sesmarias da Coroa portuguesa e obteve expressivo poder econômico.[4]

Este foi proprietário do engenho São Domingos,[2][1] situado no 2º distrito de Igarapé-Miri e, também foi sogro do Barão de Igarapé-Miri.[2][1][5] Também herdou fazenda do pai, o Capitão-mor Francisco Borges Machado.[4]

Domingos Acatauassú foi casado com Dona Ana Teresa Gonçalves Acatauassú, páis de Domingos Borges Machado Acatauassu e da futura Baronesa de Igarapé-Miri, a miriense Rita Borges Machado Acatauassú Nunes.[3][5][6] Eles viveram na fazenda situada próximo a Vila Sant’Ana de Igarapé-Miri, na localidade Barro Alto.[5] Sua filha ao completar quinze anos casou-se com o Barão de Igarapé-Miri, Antônio Gonçalves Nunes, tornando-se baronesa e, juntos viveram no Engenho São Domingos no Rio Maiauatá em Igarapé-Miri.[5]

Vida política[editar | editar código-fonte]

Assim como tantos outros abastados fazendeiros e senhores de engenhos que compunham a elite da paraense no século XIX, a riqueza desses também permitiu que alcançassem uma série de cargos públicos, que possibilitaram a perpetuação de seus status social na sociedade paraense.[4] Assim Domingos Acatauassú tornou-se vereador, que disputava poder com Pedro Honorato Corrêa de Miranda (filho do capitão Julião Antonio Corrêa de Miranda e da índia tapuia Valéria).[4]

Em 26 de julho de 1845, na solenidade de elevação a categoria de "villa" da então freguesia de Igarapé-Miri (no Vale do Tocantins: Comarcas de Cametá e Igarapé-Miri) na então província do Pará, estavam presentes os vereadores eleitos: Vitório Procópio do Espírito Santo (vigário), João dos Santos Lopes, Pedro Honorato Correa de Miranda, João Evangelista Correa Chaves, Francisco Correa de Miranda, Antonio Higimo Cardoso Amanajás e, Domingos Borges Machado Acatauassú (comendador).[1] Desses sete vereadores, cinco constam como senhores escravistas do período de 1800.[1]

Referências

  1. a b c d e f «Portal de Programas de Pós-Graduação (UFPA)» (PDF). www.sigaa.ufpa.br. Consultado em 18 de abril de 2023. Resumo divulgativo 
  2. a b c d NASCIMENTO, Sônia Viana do (16 de maio de 2017). «Igarapé-Miri: a passagem da escravidão ao trabalho livre, numa região de engenhos (Grão-Pará: 1843-1888)» (PDF). Programa de Pós-Graduação em História. Universidade Federal do Pará. Resumo divulgativo 
  3. a b População, Gp Ruma:; UFPA/CNPq, Família e Migração na Amazônia- (1 de janeiro de 2012). «O longo caminho dos Corrêa de Miranda no século XIX: um estudo sobre família, poder e economia». Consultado em 18 de abril de 2023 
  4. a b c d e ÂNGELO, Helder Bruno Palheta. O longo caminho dos Corrêa de Miranda no século XIX: um estudo sobre família, poder e economia (PDF). Col: Pós-Graduação em História Social da Amazônia. [S.l.]: Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA). Resumo divulgativo 
  5. a b c d «História de Igarapé-Miri». Prefeitura Municipal de Igarapé-Miri. 23 de agosto de 2013. Consultado em 30 de setembro de 2020 
  6. «desenvolvimento em Igarapé-Miri». Web4business. Consultado em 18 de abril de 2023