Dorothy Parker

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Dorothy Parker
Dorothy Parker
A jovem Dorothy Parker,em 1910 ou começo de 1920
Nome completo Dorothy Rothschild
Nascimento 22 de agosto de 1893
Long Branch, Nova Jérsei, Estados Unidos
Morte 7 de julho de 1967 (73 anos)
Nova Iorque, Estados Unidos
Nacionalidade Estados Unidos Estadunidense
Ocupação Escritora, poetisa, dramaturga, crítica e roteirista
Página oficial
www.dorothyparker.com

Dorothy Parker (Long Branch 22 de agosto de 1893Nova Iorque, 7 de julho de 1967) foi uma escritora, poetisa, dramaturga e crítica estadunidense, conhecida pelo olhar perspicaz sobre a sociedade norte-americana do início do século XX.

Aclamada no meio literário, Dorothy teve uma infância difícil e problemática. Suas publicações ganharam destaque em jornais da época, tal como o The New Yorker. Esteve em Hollywood, onde passou a buscar a carreira de roteirista, bastante bem sucedida, com duas indicações ao Oscar. Seu estrelato foi ofuscado por suas posições políticas de esquerda, o que a levou a cair na lista negra da indústria de Hollywood.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Apelidada pela família como Dot ou Dottie, Dorothy Parker nasceu em Long Branch, estado de Nova Jérsei em 1893. Era filha de Jacob Henry[1] e Eliza Annie Rothschild (antes Marston). A família morava no número 732, da Ocean Avenue, em Long Branch, uma casa de verão de frente para a praia.[2] Sua mãe era de ascendência escocesa e seu pai era descendentes de judeus alemães.

Em seu ensaio "My Hometown", Dorothy conta que seus pais a levaram para seu apartamento em Manhattan, no Dia do Trabalho para que ela pudesse se chamar uma "verdadeira nova-iorquina". Sua mãe morreu em West End, em julho de 1898, quando Dorothy estava para completar cinco anos. Seu pai se casou novamente em1900 com uma mulher chamada Eleanor Francis Lewis.[1] Dorothy odiava seu pai, a quem acusou de abusos. Ela também odiava a madrasta, a quem recusava chamar de mãe, madrasta, até mesmo de Eleonor, chamando-a apenas de governanta.[3]

Dorothy cresceu no Upper West Side, frequentando uma escola da Igreja Católica, no Convento da Sagrada Bênção, apesar de ter um pai judeu e uma madrasta protestante.[1] Uma de suas colegas foi a poeta Mercedes de Acosta.[3][4] Mais tarde, Parker gracejou afirmando ter sido convidada a sair, devido à sua caracterização da Imaculada Concepção como "combustão espontânea". Sua madrasta morreu em 1903, quando Dorothy tinha apenas 9 anos. Logo depois, ela foi para a Escola para Meninas da Srta. Dana, uma escola secundária em Morristown, Nova Jérsei, de onde se formou em 1911, aos 18 anos.[2][1][5]

Após a morte do pai, em 1913, Dorothy passou a tocar piano em uma escola de dança para poder ganhar a vida.[6]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Seu primeiro poema foi vendido para a revista Vanity Fair em 1914 e alguns meses depois ela foi contratada como editora assistente para a revista Vogue.[6] Em 1917, ela conheceu o corretor de Wall Street, Edwin Pond Parker II, com quem se casou no mesmo ano,[7] mas os dois ficaram separados quando ele foi convocado para servir na Primeira Guerra Mundial.[8] Dorothy tinha sentimentos confusos sobre sua herança judaica devido ao forte antissemitismo da época e brincava que o casamento lhe ajudou a escapar de seu sobrenome original.[9]

Últimos anos[editar | editar código-fonte]

Placa do memorial de Dorothy Parker

Dorothy retornou para Nova York depois de um período em Hollywood, instalando-se no Hotel Volney. Em seus últimos anos, ela viria denegrir o grupo que lhe trouxera a notoriedade inicial, o Algonquin Round Table. Ocasionalmente era possível ouvi-la no rádio, com escritora convidada e crítica regular de literatura.[10]

Dorothy Parker faleceu em 7 de junho de 1967, devido a um infarto, aos 73 anos.[2] Em seu testamento, ela deixava todos os seus bens para o Dr. Martin Luther King, Jr.. Com a morte de King, seus bens passaram para a NAACP.[6] Seu corpo foi cremado e suas cinzas permaneceram no escritório de seu advogado, Paul O'Dwyer, por 17 anos.[2][1]

Em 1988, a NAACP requisitou as cinzas de Dorothy e criou um jardim memorial em sua homenagem na sede da associação, em Baltimore. Na placa, no local, está escrito:

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Dorothy Parker
  • Enough Rope (1926)
  • Sunset Gun (1927)
  • Close Harmony (1929) (teatro)
  • Laments for the Living (1930)
  • Death and Taxes (1931)
  • After Such Pleasures (1933)
  • Collected Poems: Not So Deep As A Well (1936)
  • Here Lies (1939)
  • The Portable Dorothy Parker (1944)
  • The Ladies of the Corridor (1953) (teatro)
  • Constant Reader (1970)
  • A Month of Saturdays (1971)
  • Not Much Fun: The Lost Poems of Dorothy Parker (1996)

Referências

  1. a b c d e Meade, Marion (1987). Dorothy Parker: What Fresh Hell Is This?. New York: Penguin Books. p. 5. ISBN 0-14-011616-8 
  2. a b c d Whitman, Alden (8 de junho de 1967). «Dorothy Parker, 73, Literary Wit, Dies». The New York Times. Consultado em 7 de junho de 2017 
  3. a b Herrmann, Dorothy (1982). With Malice Toward All: The Quips, Lives and Loves of Some Celebrated 20th-Century American Wits. New York: G. P. Putnam's Sons. p. 78. ISBN 0-399-12710-0 
  4. Chambers, Dianne (1995). «Parker, Dorothy». In: Wagner-Martin, Linda. The Oxford Companion to Women's Writing in the United States. [S.l.]: Oxford University Press 
  5. Kinney, Authur F. (1978). Dorothy Parker. Boston: Twayne Publishers. pp. 26–27 
  6. a b c Silverstein, Stuart Y. (1996). Not Much Fun: The Lost Poems of Dorothy Parker. New York: Scribner. p. 13. ISBN 0-7432-1148-0 
  7. «Edwin P. Parker 2d». The New York Times. Associated Press. 8 de janeiro de 1933. Consultado em 7 de junho de 2017 
  8. Marion Capron (1956). «Dorothy Parker, The Art of Fiction No. 13». The Paris Review 
  9. Penzer, Otto (2007). The Vicious Circle: Mystery and Crime Stories by Members of the Algonquin Round Table. New York: Pegasus Books. p. 99. ISBN 978-1933648675 
  10. Dunning, John (1998). On The Air: The Encyclopedia of Old-Time Radio. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 0-19-507678-8 
  11. Hitchens, Christopher (2000). Unacknowledged Legislation: Writers in the Public Sphere. New York: Verso. p. 293. ISBN 1-85984-786-2 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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