Duralex

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Duralex é uma vidraria do Sul da França, da cidade de La Chapelle-Saint-Mesmin, criada em 1945 e que, no Brasil, passou a ser consumido em razão de sua durabilidade e preço[1]. Por meio de técnica criada na década de 1930, pela multinacional Saint-Gobain, o vidro moldado era aquecido a uma temperatura de 600 graus Celsius e, posteriormente, era rapidamente resfriado[2]. Esse processo garantia uma dupla resistência ao vidro, em comparação à um vidro convencional. No ano de 2020, por conta da pandemia do novo coronavírus, a empresa que já enfrentava dificuldades econômicas, teve que encerrar as atividades[3].

O vidro temperado da Duralex passou a ser matéria-prima de louças para famílias pobres que não possuíam condições de adquirir louças de porcelana após a Segunda Guerra Mundial. A difusão dos produtos no mercado francês e internacional, como o mercado brasileiro, sobretudo a partir dos anos 1960 e 1970, cristalizou nas residências, cafés e escolas objetos como o copo "Picardie", de cor âmbar. Entretanto, na década 2010, buscando reverter prejuízos acumulados, a empresa investiu em novos designs e cores da vidraria, porém, as novas linhas não obtiveram a mesma difusão dos artefatos de cozinha produzidos em tom amarronzado[4].

Além da durabilidade do vidro temperado, a coloração âmbar intensificava o potencial de armazenamento dos objetos que resistiam à temperatura ambiente, temperatura baixas de freezer, geladeira e temperaturas elevadas de forno e microondas, sem sofrer nenhum tipo de dano. Proveniente de uma combinação química entre os elementos enxofre, ferro e sódio, a coloração âmbar, ademais, protegia os alimentos e líquidos armazenados nos refratários de luzes e cheiros indesejados.

O nome da marca provém da expressão latina Dura lex, sed lex que, em latim, significa "a lei é dura porém, é a lei". Na América do Sul, a Duralex pertencia à empresa Nadir Figueiredo, empresa com mais de um século de atuação no mercado de louças e utensílios domésticos que no ano de 2019 foi comprada por um fundo norte-americano de negócios, a HIG Capital[5]. Atualmente, nos anos 2020, a produção de artefatos de vidro temperado, em coloração âmbar não é mais realizada e os jovens, cada vez mais antenados ao hype e aos apelos nostálgicos, tem buscado adquirir os produtos em brechós, lojas de antiguidades e em empresas de venda eletrônica como Mercado Livre e Enjoei. O valor das peças que, nas décadas passadas, não ultrapassava R$ 100, hoje em dia, ultrapassa o valor de R$ 400[6].

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Duralex». www.duralex.com. Consultado em 26 de março de 2021 
  2. «DURALEX INTERNATIONAL (LA CHAPELLE-SAINT-MESMIN) Chiffre d'affaires, résultat, bilans sur SOCIETE.COM - 505397554». www.societe.com. Consultado em 26 de março de 2021 
  3. «Duralex, dos "pratos inquebráveis", não resistiu ao coronavírus e quebrou». VOCÊ S/A. Consultado em 26 de março de 2021 
  4. «Duralex – the glass tumbler that would not be broken». The Independent (em inglês). 22 de outubro de 2011. Consultado em 26 de março de 2021 
  5. TEMPO, O. (25 de setembro de 2020). «Dona da Duralex no Brasil, Nadir Figueiredo garante continuidade de produtos». Brasil. Consultado em 26 de março de 2021 
  6. «Objeto de análise: o prato mais famoso dos lares brasileiros». Gama Revista. 6 de outubro de 2020. Consultado em 26 de março de 2021 
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