Eleições gerais na Espanha em 2004

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Eleições gerais na Espanha em 2004
Espanha
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350 lugares do Congresso dos Deputados
176 assentos necessários para maioria
Comparecimento 75.66 Aumento6.95
Partido Líder(es) % Ass. ±
PSOE José Luis Rodríguez Zapatero 42.59 164 +39
PP Mariano Rajoy 37.71 148 -35
IU Gaspar Llamazares 4.96 5 -4
CiU Josep Antoni Duran i Lleida 3.23 10 -5
ERC Josep-Lluís Carod-Rovira 2.52 8 +7
PNV Josu Erkoreka 1.63 7 0
CC Paulino Rivero 0.91 3 -1
BNG Francisco Rodríguez 0.81 2 -1
CHA José Antonio Labordeta 0.36 1 0
EA Begoña Lasagabaster 0.31 1 0
NB Uxue Barkos 0.24 1
Lista com partidos que ganharam assentos. Confira o resultado abaixo.


As eleições gerais na Espanha em 2004 foram realizadas no domingo, 14 de março de 2004, para eleger as 8.ª Cortes Gerais do Reino da Espanha. Todas as 350 cadeiras no Congresso dos Deputados foram eleitas, assim como 208 das 259 cadeiras no Senado.

Depois de uma legislatura marcada, em particular, pela participação da Espanha na guerra do Iraque, o Presidente do Governo José María Aznar, no poder desde 1996, respeitou o seu compromisso de não se candidatar a um terceiro mandato. O Partido Popular (PP), que ele preside, nomeou Mariano Rajoy, Ministro da Presidência, como seu sucessor. Seu oponente de maior destaque é o secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), José Luis Rodríguez Zapatero, eleito para este cargo em 2000, com uma estreita liderança sobre o candidato do Partido Socialista, José Bono.

O resultado eleitoral foi fortemente influenciado pelas consequências dos atentados de 11 de março de 2004 em Madrid, que acarretaram na suspensão das campanhas eleitorais por parte de todos os partidos.[1] Durante os dois dias seguintes aos ataques, o governo do Partido Popular (PP) culpou reiteradamente a organização terrorista ETA pelos atentados, apesar das evidências crescentes sugerirem o envolvimento de grupos islâmicos. O governo foi acusado de desinformação, já que um ataque islâmico teria sido percebido como resultado direto do envolvimento da Espanha na Guerra do Iraque, que foi altamente impopular entre o público.[2][3]

O resultado da eleição foi descrito por alguns meios de comunicação como uma "reviravolta eleitoral sem precedentes". O abuso percebido da maioria absoluta do PP durante toda a legislatura, com foco no envolvimento da Espanha no Iraque, teria ajudado a alimentar uma onda de descontentamento contra o partido governante em exercício, com a má gestão do governo sobre os atentados servindo como catalisador final para a sua derrota.[4][5] Com 11 milhões de votos (42,6%), o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) teve 3,1 milhões a mais do que o resultado das eleições de 2000, garantindo 164 assentos no parlamento - um ganho líquido de 39. Em contraste, o PP, que as pesquisas de opinião previram no início daquele ano uma vitória pequena, mas ainda mantendo-se na liderança, perdeu 35 cadeiras e 7 pontos percentuais, resultando na pior derrota para um governo em exercício na Espanha até então, desde a eleição de 1982. A participação de 75,7% do eleitorado foi uma das mais altas desde a transição espanhola para a democracia, sem que as futuras eleições gerais tenham superado tal número. O número de votos válidos, de 26,1 milhões de votos, continua sendo o valor mais alto em termos brutos para qualquer eleição geral espanhola até as eleições gerais na Espanha em abril de 2019.[6][7]

No dia seguinte à eleição, o líder do PSOE, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou sua vontade de formar um governo minoritário do PSOE, apoiado por outros partidos em regime de confiança. Dois partidos menores de esquerda, a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e a Esquerda Unida (IU), anunciaram imediatamente sua intenção de apoiar um governo de Zapatero. Em 16 de abril de 2004, Zapatero foi eleito como novo primeiro-ministro por uma maioria absoluta no novo Congresso, com 183 dos 350 membros votando nele, sendo empossado no dia seguinte.[8]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Maioria absoluta do Partido Popular[editar | editar código-fonte]

Nas eleições gerais de 12 de março de 2000, o Partido Popular (PP) liderado pelo Presidente do Governo José María Aznar, no poder desde 1996, ganhou mais de 44% dos votos válidos e 183 deputados de 350, ou seja, a maioria absoluta das cadeiras no Congresso dos Deputados, a primeira vez para um partido de centro-direita.[9] Enquanto a abstenção progredia devido a uma desmobilização de eleitores de centro-esquerda, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) do ex-ministro Joaquín Almunia alcançou na época seu pior resultado desde 1977, enquanto a Esquerda Unida (IU) de Francisco Frutos perdeu mais da metade de seus votos.[10]

Na abertura da VII Legislatura das Cortes Gerais, em 5 de abril, o PP e o PSOE acordaram a formação das presidências das assembleias. Luisa Fernanda Rudi foi, assim, eleita Presidente do Congresso dos Deputados por 329 votos, o segundo melhor resultado desde 1977, e Esperanza Aguirre foi reeleita Presidente do Senado com 223 votos.[11][12]

José María Aznar foi nomeado, em 12 de abril, pelo rei João Carlos I, como candidato à presidência do governo,[13] e foi empossado pelo Congresso em 27 de abril por 202 votos a favor, recebendo o apoio da Convergência e União (CiU) e da Coligação Canária (CC).[14] Ele formou seu segundo governo no dia seguinte, empossando 16 ministros, dos quais apenas três foram reconduzidos a seus cargos, incluindo o ministro da Economia, Rodrigo Rato. Além disso, o então Ministro da Indústria, Josep Piqué, foi nomeado ministro das Relações Exteriores; e o então ministro da Educação, Mariano Rajoy, tornou-se primeiro vice-presidente do Governo e também ministro da Presidência.[15]

Mudança de liderança no Partido Socialista[editar | editar código-fonte]

Na mesma noite de sua derrota eleitoral, Joaquín Almunia decidiu entregar sua demissão imediata e irrevogável da Secretaria Geral do PSOE.[16] Dez dias após as eleições, o Comitê Federal do Partido Socialista criou uma liderança provisória de 15 membros, chefiada pelo presidente da Junta da Andaluzia, Manuel Chaves.[17] Em preparação ao XXXV Congresso Federal do partido, quatro candidatos concorreram à Secretaria Geral: o presidente da Junta das Comunidades de Castela-Mancha, José Bono; os deputados José Luis Rodríguez Zapatero e Matilde Fernández; e a deputada europeia Rosa Díez.[18] Embora apoiado pelo aparato do partido, notadamente pela poderosa federação andaluza (PSOE-A), Bono foi derrotado por nove votos por Zapatero, que se beneficiou das manobras do ex-número dois Alfonso Guerra, que desviou parte dos votos destinados a seu candidato, Fernández, em favor do vencedor.[19] Após esta estreita vitória, o novo secretário geral ganhou o total apoio de seu principal rival, e a liderança que formou conquistou a confiança de mais de 90% dos delegados do congresso.[20]

Em 23 de maio de 2002, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e as Comissões Operárias (CCOO) anunciaram que estavam convocando uma greve geral - a sétima desde o retorno à democracia, mas a primeira desde que Aznar chegou ao poder - para protestar contra a decisão do governo de reformar o sistema de seguro-desemprego.[21] Em resposta, o Presidente do Governo determinou a adoção da reforma, no dia seguinte, por meio de decreto-lei.[22] Na noite de 20 de junho, os sindicatos alegaram que mais de 80% da população trabalhadora havia aderido à greve, enquanto o poder executivo se referiu a um número de 17%, considerando ainda que nada de especial havia acontecido naquele dia.[23][24] O Presidente do Governo anunciou em 9 de julho uma remodelação ministerial na qual substituiu o Ministro do Trabalho, Juan Carlos Aparicio, pelo presidente da Generalidade Valenciana, Eduardo Zaplana.[25]

No início de 2003, José María Aznar, junto com outros sete líderes europeus, alinhou-se com o propósito de George W. Bush de iniciar a guerra no Iraque.[26] Mais de 90% dos espanhóis declararam sua oposição ao conflito e a participação de seu país no mesmo,[27] e grandes manifestações contrárias reuniram mais de um milhão de pessoas em Madri, Barcelona, Sevilha, A Coruña e Oviedo, em 15 de fevereiro.[28] Em 4 de março, o Congresso dos Deputados aprovou, somente com a maioria absoluta dos votos do PP, a resolução parlamentar consentindo com a posição de apoio do governo espanhol aos Estados Unidos, e rejeitou a resolução da oposição exigindo novas inspeções internacionais do arsenal militar do Iraque.[29] Uma nova manifestação contrária foi organizada em Madrid, e reuniu entre 20.000 e 1 milhão de pessoas no dia 22 de março.[30]

Sucessão de José María Aznar[editar | editar código-fonte]

Após uma promessa feita em 9 de junho de 1994,[31] José María Aznar reafirmou, no final de agosto de 2003, que não seria candidato a reeleição nas eleições gerais vindouras e que pretendia apontar um candidato para seu sucessor. Os três secretários-gerais adjuntos Jaime Mayor Oreja, Mariano Rajoy e Rodrigo Rato eram, naquele momento, os favoritos para substituí-lo.[32] Ele finalmente apontou Rajoy, então primeiro vice-presidente do governo, ministro da Presidência e porta-voz do governo, como seu sucessor. Este foi investido como secretário geral do Partido Popular, e escolhido candidato à presidência do governo pelo partido, em 2 de setembro, quase por unanimidade.[33] Como resultado, o Presidente do Governo organizou uma remodelação do gabinete, em 4 de setembro, para redistribuir as funções de Rajoy: Rodrigo Rato tornou-se assim Primeiro Vice-Presidente, Javier Arenas foi nomeado Segundo Vice-Presidente e Ministro da Presidência, e Eduardo Zaplana foi nomeado Porta-voz do Governo.[34]

Processo eleitoral[editar | editar código-fonte]

Para o Congresso dos Deputados[editar | editar código-fonte]

Palácio das Cortes, sede do Congresso de Deputados.

O Congresso dos Deputados é composto por 350 assentos, preenchidos por representação proporcional em 52 circunscrições, correspondentes às 50 províncias do país e às cidades autônomas de Ceuta e Melilla.[35] O número de deputados a elas atribuídos varia de acordo com suas respectivas populações, sendo um mínimo de dois assentos por província, com exceção das Cidades Autônomas, cada uma com apenas um assento no total, e para as quais, portanto, as eleições são realizadas de fato por meio de um sistema de maioria simples.[36]

Após a contagem dos votos, os assentos são distribuídas de acordo com o método d'Hondt em cada um dos círculos eleitorais. Somente as listas que ultrapassarem o limite eleitoral de 3% dos votos expressos são elegíveis para a distribuição de assentos. Na prática, este limite é mais alto nos círculos eleitorais com poucos assentos a serem preenchidos. Por exemplo, o limite é na verdade de 25% nas províncias com apenas três assentos. O voto em branco é reconhecido e contado como voto válido, o que eleva ligeiramente o limiar real em comparação com um sistema convencional, em que eles não são reconhecidos.[36]

Distribuição de assentos a serem preenchidos por circunscrição eleitoral[37]
Circunscrições Deputados
Madrid (8px 1) 35
Barcelona 31
Valência 16
Sevilha (8px 1) 12
Alicante 11
Málaga 10
Biscaia, Cádiz, Corunha e Múrcia 9
Astúrias (8px 1), Ilhas Baleares (8px 1), Las Palmas (8px 1) 8
Córdova, Granada, Pontevedra (8px 1), Santa Cruz de Tenerife e Saragoça 7
Badajoz, Girona (8px 1), Guipúscoa, Jaén, Tarragona 6
Almería, Cantábria, Castelló, Cidade Real, Huelva, León, Navarra, Toledo e Valladolid 5
Álava, Albacete, Burgos, Cáceres (8px 1), Lérida, Lugo, Ourense, La Rioja e Salamanca 4
Ávila, Cuenca, Guadalajara, Huesca, Palência, Segóvia, Soria, Teruel e Zamora 3
Ceuta e Melilla 1

Para o Senado[editar | editar código-fonte]

O Palácio do Senado.

O Senado é composto por 259 senadores, dos quais 208 são eleitos diretamente, enquanto os 51 restantes são eleitos pelos parlamentos das 17 Comunidades Autônomas.

Os senadores eleitos pelo povo são escolhidos por maioria de vários membros em 59 circunscrições eleitorais que correspondem às províncias do país e Ceuta e Melilla, com exceção das comunidades formadas pelos arquipélagos das Ilhas Baleares e Ilhas Canárias. As principais ilhas dos arquipélagos das Baleares e Canárias têm suas próprias circunscrições. Assim, há quatro senadores para cada uma das 47 províncias da península, três senadores para as ilhas de Grã-Canária, Maiorca e Tenerife, dois senadores para Ceuta e Melilla respectivamente, e um senador para as ilhas de Minorca, Fuerteventura, La Gomera, Ibiza-Formentera, El Hierro, Lanzarote, e La Palma.[38][39]

As Assembléias Legislativas das Comunidades Autônomas também designam senadores, um por comunidade, mais um assento adicional para cada 1 milhão de habitantes. O número de senadores varia de acordo com as tendências demográficas. Em março de 2004, havia 51 senadores. Essas eleições indiretas são realizadas por cada assembleia comunitária logo após sua renovação e, portanto, não coincidem necessariamente com as eleições populares.[38][40]

Data da eleição[editar | editar código-fonte]

O mandato de cada câmara das Cortes Gerais - o Congresso e o Senado - expira quatro anos após a data de sua eleição anterior, a menos que tenham sido dissolvidas antes. O decreto eleitoral deve ser emitido o mais tardar no vigésimo quinto dia anterior à data de expiração das Cortes, caso o primeiro-ministro não fizer uso da sua prerrogativa de dissolução antecipada. O decreto deve ser publicado no dia seguinte no Boletim Oficial do Estado (BOE), ocorrendo a eleição no 54.º dia após a publicação. A eleição anterior foi realizada em 12 de março de 2000, o que significava que o mandato da legislatura terminaria em 12 de março de 2004. O decreto eleitoral deveria ser publicado no BOE o mais tardar em 17 de fevereiro de 2004, com a eleição ocorrendo no quinquagésimo quarto dia após a publicação, fixando a última data de eleição possível para as Cortes Gerais no domingo, 11 de abril de 2004.[38]

Em 9 de janeiro de 2004, foi anunciado que as eleições gerais seriam realizadas em 14 de março, com a dissolução das Cortes em 20 de janeiro.[41][42] A data das eleições foi acordada com o presidente da Andaluzia, Manuel Chaves, de forma a ser realizada em simultâneo com as eleições regionais da Andaluzia de 2004.[43]

Campanha eleitoral[editar | editar código-fonte]

Principais forças políticas[editar | editar código-fonte]

A tabela a seguir mostra as principais forças políticas espanholas até o momento da eleição:

Partido Político Candidato Principal Ideologia Resultados em 2000
Partido Popular
castelhano: Partido Popular
PP Mariano Rajoy
Deputado por Pontevedra
Centro-direita e direita
Conservadorismo liberal, democracia cristã
44,5 % dos votos
183 deputados
127 senadores
Partido Socialista Operário Espanhol
castelhano: Partido Socialista Obrero Español
PSOE José Luis Rodríguez Zapatero
Deputado por León
Centro-esquerda
Social-democracia, progressismo
34,2 % dos votos
125 deputados
60 senadores
Esquerda Unida
castelhano: Izquierda Unida
IU Gaspar Llamazares
Deputado pelas Astúrias
Esquerda à Extrema-esquerda
Comunismo, socialismo democrático, republicanismo
5,5 % dos votos
8 deputados
0 senadores
Convergência e União
catalão: Convergència i Unió
CiU Josep Antoni Duran i Lleida
Deputado regional por Barcelona
Centro-direita
Catalanismo, conservadorismo liberal, democracia cristã
4,2 % dos votos
15 deputados
8 senadores
Partido Nacionalista Basco
castelhano: Partido Nacionalista Vasco
basco: Euzko Alderdi Jeltzalea
EAJ/PNV Josu Erkoreka
Deputado por Biscaia
Centro-direita
Nacionalismo basco, democracia cristã, regionalismo
1,5 % dos votos
7 deputados
6 senadores

Pesquisas Eleitorais[editar | editar código-fonte]

O gráfico abaixo é um resumo dos resultados das pesquisas eleitorais realizadas na Espanha desde as eleições de 12 de março de 2000:

Gráfico mostrando os resultados das pesquisas desde as eleições gerais de 2000.
                         PP                      PSOE                      IU                      CiU                      PNV                      BNG

Atentados em Madrid[editar | editar código-fonte]

Em 11 de março de 2004, uma série de ataques terroristas atingiram os trens metropolitanos em Madrid, matando quase 200 pessoas.[44] O governo espanhol acusou imediatamente a organização separatista basca Euskadi Ta Askatasuna (ETA). O ETA negou responsabilidade no dia seguinte, e posteriormente os atentados foram reivindicados pelos islamistas da Al-Qaeda no final do dia. Apesar disso, o executivo voltou a insistir que o massacre havia sido causado pelo grupo terrorista basco, obviamente procurando evitar um vínculo entre os ataques e a participação da Espanha na guerra do Iraque, já que Osama bin Laden havia ameaçado o país com represálias no mês de outubro anterior.[45][46]

Na noite de 12 de março, mais de 11 milhões de espanhóis saíram às ruas para mostrar sua oposição ao terrorismo e sua solidariedade com as vítimas. Em várias manifestações, os manifestantes clamaram ao governo: "Quem fez isso?". Em Barcelona, o líder catalão do PP Josep Piqué e o Ministro da Economia Rodrigo Rato tiveram de ser colocados sob proteção policial, depois de serem descritos como "assassinos" por alguns manifestantes.[47] No dia seguinte, cerca de 5 000 pessoas se reuniram em frente à sede do Partido Popular na Rua Gênova, em Madrid, exigindo "a verdade antes da votação", tendo a manifestação sido convocada por meio de mensagens de texto SMS, uma novidade na história espanhola e contendo vários slogans hostis à guerra no Iraque e acusações de manipulação de informação por parte do então poder executivo do país.[48] O cenário se repetiu em uma dúzia de outras cidades na Espanha, como Bilbau, Gijón, Oviedo, Valência, Palma de Mallorca, Santiago de Compostela, Alicante, Granada, Las Palmas, Sevilha, Zaragoza, Burgos e Badajoz.[48]

Resultados Oficiais[editar | editar código-fonte]

Congresso de Deputados[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Socialista Operário Espanhol 11 026 163
42,59 / 100,00
Aumento8,42
164 / 350
Aumento39
Partido Popular 9 763 144
37,71 / 100,00
Baixa6,81
148 / 350
Baixa35
Esquerda Unida 1 284 081
4,96 / 100,00
Baixa0,49
5 / 350
Baixa4
Convergência e União 835 471
3,23 / 100,00
Baixa0,96
10 / 350
Baixa5
Esquerda Republicana da Catalunha 652 196
2,52 / 100,00
Aumento1,68
8 / 350
Aumento7
Partido Nacionalista Basco 420 980
1,63 / 100,00
Aumento0,13
7 / 350
Estável
Coligação Canária 235 221
0,91 / 100,00
Baixa0,16
3 / 350
Baixa1
Bloco Nacionalista Galego 208 688
0,81 / 100,00
Baixa0,51
2 / 350
Baixa1
Chunta Aragonesista 94 252
0,36 / 100,00
Aumento0,03
1 / 350
Estável
Eusko Alkartasuna 80 905
0,31 / 100,00
Baixa0,12
1 / 350
Estável
Nafarroa Bai 61 045
0,24 / 100,00
Novo
1 / 350
Novo
Outros (com menos de 1,00%) 821 358
3,10 / 100,00
0 / 350
Votos Inválidos 671 932
2,59 / 100,00
Aumento0,33
Total 26 155 436
100,00 / 100,00
350 / 350
Eleitorado/Participação 34 571 831
75,66 / 100,00
Aumento6,95
Fonte [49][50]

Senado[editar | editar código-fonte]

Resultados das eleições ao Senado[51][52]
Partido Senadores +/-
Partido Popular
102 / 208
8px 25
Partido Socialista Operário Espanhol
81 / 208
8px 28
Acordo Catalão pelo Progresso (PSC-ERC-ICV-EUiA)
12 / 208
8px 4
Partido Nacionalista Basco (EAJ/PNV)
6 / 208
8px
Convergência e União (CiU)
4 / 208
8px 4
Coligação Canária (CC)
3 / 208
8px 2
Total
208 / 208

Resultados por comunidades autónomas[editar | editar código-fonte]

Comunidade autónoma % D % D % D % D % D % D % D % D % D % D % D D Votantes
PSOE PP IU CiU ERC PNV CC BNG CHA EA NB
Andaluzia 52,9 38 33,7 23 6,4 - - - - - - - - - - - - - - - - - 61 4 525 053
Aragão 41,3 7 36,5 5 2,8 - - - - - - - - - - - 12,1 1 - - - - 13 785 732
Astúrias 43,4 4 43,8 4 8,4 - - - - - - - - - - - - - - - - - 8 707 557
Baleares 39,5 4 45,9 4 PRO - - PRO - - - - - - - - - - - - 8 473 481
Canárias 34,5 6 35,4 6 1,9 - - - - - - - 24,3 3 - - - - - - - - 15 972 476
Cantábria 40,9 2 51,9 3 3,3 - - - - - - - - - - - - - - - - - 5 370 070
Castela e Leão 41,9 14 50,3 19 2,8 - - - - - - - - - - - - - - - - - 34 1 695 923
Castela-Mancha 46,5 9 47,4 11 3,4 - - - - - - - - - - - - - - - - - 20 1 165 742
Catalunha 39,5 21 15,6 6 5,8 2 20,8 10 15,9 8 - - - - - - - - - - - - 47 4 032 589
Ceuta 35,8 - 59,2 1 0,6 - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 36 010
Com. Valenciana 42,5 14 46,8 17 4,7 1 - - 0,5 - - - - - - - - - - - - - 32 2 674 020
Estremadura 51,2 5 42,4 1 3,5 - - - - - - - - - - - - - - - - - 10 701 810
Galiza 37,2 10 47,2 12 1,7 - - - - - - - - - 11,4 2 - - - - - - 24 1 848 814
Madrid 44,1 16 45,0 17 6,4 2 - - - - - - - - - - - - - - - - 35 3 519 243
Melilha 41,4 - 54,6 1 0,8 - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 27 432
Múrcia 35,0 3 57,4 6 4,3 - - - - - - - - - - - - - - - - - 9 725 266
Navarra 33,6 2 37,6 2 5,9 - - - - - NB - - - - - - NB 18,0 1 1 355 339
País Basco 27,2 7 18,9 4 8,2 - - - - - 33,7 7 - - - - - - 6,5 1 - - 19 1 352 334
La Rioja 44,0 2 49,9 2 2,8 - - - - - - - - - - - - - - - - - 4 186 545
Espanha 42,6 164 37,7 148 5,0 5 3,2 10 2,5 8 1,6 7 0,9 3 0,8 2 0,4 1 0,3 1 0,2 1 350 26 155 436

Andaluzia[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Socialista Operário Espanhol 2 377 455
52,86 / 100,00
Aumento9,00
38 / 61
Aumento8
Partido Popular 1 514 987
33,69 / 100,00
Baixa6,88
23 / 61
Baixa2
Esquerda Unida 287 374
6,39 / 100,00
Baixa1,43
0 / 61
Baixa3
Partido Andaluz 181 868
4,04 / 100,00
Baixa1,07
0 / 61
Baixa1
Outros (com menos de 1,00%) 61 284
1,38 / 100,00
0 / 61
Votos Inválidos 102 085
2,26 / 100,00
Aumento0,19
Total 4 525 053
100,00 / 100,00
61 / 61
Baixa1
Eleitorado/Participação 6 051 769
74,77 / 100,00
Aumento6,00

Aragão[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Socialista Operário Espanhol 322 428
41,28 / 100,00
Aumento10,20
7 / 13
Aumento3
Partido Popular 284 893
36,48 / 100,00
Baixa10,75
5 / 13
Baixa3
Chunta Aragonesista 94 252
12,07 / 100,00
Aumento1,65
1 / 13
Estável
Partido Aragonês 36 540
4,68 / 100,00
Baixa0,70
0 / 13
Estável
Esquerda Unida 21 836
2,80 / 100,00
Baixa0,71
0 / 13
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 5 373
0,67 / 100,00
0 / 13
Votos Inválidos 20 410
2,61 / 100,00
Aumento0,45
Total 785 732
100,00 / 100,00
13 / 13
Eleitorado/Participação 1 019 923
77,04 / 100,00
Aumento5,65

Astúrias[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 307 977
43,77 / 100,00
Baixa2,56
4 / 8
Baixa1
Partido Socialista Operário Espanhol 305 240
43,38 / 100,00
Aumento6,36
4 / 8
Aumento1
Esquerda Unida 59 253
8,42 / 100,00
Baixa1,84
0 / 8
Baixa1
Outros (com menos de 1,00%) 16 732
2,38 / 100,00
0 / 8
Votos Inválidos 18 355
2,60 / 100,00
Aumento0,26
Total 707 557
100,00 / 100,00
8 / 8
Baixa1
Eleitorado/Participação 986 352
71,73 / 100,00
Aumento4,74

Baleares[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 215 737
45,89 / 100,00
Baixa7,98
4 / 8
Baixa1
Partido Socialista Operário Espanhol 185 623
39,48 / 100,00
Aumento10,20
4 / 8
Aumento2
Progressistas pelas Ilhas Baleares (PSM-EN-IU-EV-ERC) 40 289
8,57 / 100,00
Baixa4,07
0 / 8
Estável
União Maiorquina 10 558
2,25 / 100,00
Aumento0,15
0 / 8
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 8 839
1,90 / 100,00
0 / 8
Votos Inválidos 12 435
2,64 / 100,00
Aumento0,49
Total 473 481
100,00 / 100,00
8 / 8
Aumento1
Eleitorado/Participação 687 834
68,84 / 100,00
Aumento7,41

Canárias[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 342 672
35,44 / 100,00
Baixa6,37
6 / 15
Baixa1
Partido Socialista Operário Espanhol 333 084
34,45 / 100,00
Aumento12,26
6 / 15
Aumento3
Coligação Canária 235 221
24,33 / 100,00
Baixa5,23
3 / 15
Baixa1
Esquerda Unida 18 612
1,93 / 100,00
Baixa0,48
0 / 15
Estável
Os Verdes - Grupo Verde 11 033
1,14 / 100,00
Novo
0 / 15
Novo
Outros (com menos de 1,00%) 15 842
1,64 / 100,00
0 / 15
Votos Inválidos 16 012
1,65 / 100,00
Aumento0,14
Total 972 476
100,00 / 100,00
15 / 15
Aumento1
Eleitorado/Participação 1 457 938
66,70 / 100,00
Aumento6,03

Cantábria[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 190 383
51,90 / 100,00
Baixa4,94
3 / 5
Estável
Partido Socialista Operário Espanhol 149 906
40,87 / 100,00
Aumento7,40
2 / 5
Estável
Esquerda Unida 12 146
3,31 / 100,00
Baixa1,71
0 / 5
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 6 124
1,68 / 100,00
0 / 5
Votos Inválidos 11 511
3,13 / 100,00
Baixa0,45
Total 370 070
100,00 / 100,00
5 / 5
Eleitorado/Participação 479 189
77,23 / 100,00
Aumento5,42

Castela e Leão[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 846 623
50,31 / 100,00
Baixa5,37
19 / 33
Baixa3
Partido Socialista Operário Espanhol 705 053
41,90 / 100,00
Aumento9,73
14 / 33
Aumento3
Esquerda Unida 47 693
2,83 / 100,00
Baixa1,61
0 / 33
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 49 819
2,95 / 100,00
0 / 33
Votos Inválidos 46 735
2,77 / 100,00
Baixa0,02
Total 1 695 923
100,00 / 100,00
33 / 33
Eleitorado/Participação 2 179 521
77,81 / 100,00
Aumento5,24

Castela-Mancha[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 547 764
47,40 / 100,00
Baixa4,96
11 / 20
Baixa1
Partido Socialista Operário Espanhol 537 405
46,50 / 100,00
Aumento5,72
9 / 20
Aumento1
Esquerda Unida 39 001
3,37 / 100,00
Baixa0,98
0 / 20
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 12 796
1,09 / 100,00
0 / 20
Votos Inválidos 28 776
2,48 / 100,00
Aumento0,35
Total 1 165 742
100,00 / 100,00
20 / 20
Eleitorado/Participação 1 458 944
79,90 / 100,00
Aumento3,59

Catalunha[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido dos Socialistas da Catalunha 1 586 748
39,47 / 100,00
Aumento5,34
21 / 47
Aumento4
Convergência e União 835 471
20,78 / 100,00
Baixa8,01
10 / 47
Baixa5
Esquerda Republicana da Catalunha 638 902
15,89 / 100,00
Aumento10,25
8 / 47
Aumento7
Partido Popular 626 107
15,58 / 100,00
Baixa7,21
6 / 47
Baixa6
Iniciativa pela Catalunha-Esquerda Unida 234 790
5,84 / 100,00
Aumento0,07
2 / 47
Aumento1
Outros (com menos de 1,00%) 61 832
1,55 / 100,00
0 / 47
Votos Inválidos 48 739
1,21 / 100,00
Baixa0,70
Total 4 032 589
100,00 / 100,00
47 / 47
Aumento1
Eleitorado/Participação 5 308 714
75,96 / 100,00
Aumento11,95

Ceuta[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 21 142
59,24 / 100,00
Aumento11,65
1 / 1
Estável
Partido Socialista Operário Espanhol 12 769
35,78 / 100,00
Aumento17,78
0 / 1
Estável
Partido Socialista do Povo de Ceuta 807
2,26 / 100,00
Baixa0,32
0 / 1
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 458
1,28 / 100,00
0 / 1
Votos Inválidos 834
2,33 / 100,00
Baixa0,27
Total 36 010
100,00 / 100,00
1 / 1
Eleitorado/Participação 56 751
63,45 / 100,00
Aumento8,30

Comunidade Valenciana[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 1 242 800
46,78 / 100,00
Baixa5,33
17 / 32
Baixa1
Partido Socialista Operário Espanhol 1 127 700
42,45 / 100,00
Aumento8,45
14 / 32
Aumento2
Esquerda Unida 123 611
4,65 / 100,00
Baixa1,17
1 / 32
Estável
Bloco Nacionalista Valenciano-Esquerda Verde 40 759
1,53 / 100,00
Baixa0,88
0 / 32
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 82 877
3,14 / 100,00
0 / 32
Votos Inválidos 56 273
2,11 / 100,00
Aumento0,26
Total 2 674 020
100,00 / 100,00
32 / 32
Eleitorado/Participação 3 440 892
77,71 / 100,00
Aumento5,01

Estremadura[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Socialista Operário Espanhol 356 826
51,22 / 100,00
Aumento6,15
5 / 10
Estável
Partido Popular 295 326
42,39 / 100,00
Baixa4,91
5 / 10
Baixa1
Esquerda Unida 24 158
3,47 / 100,00
Baixa1,23
0 / 10
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 11 447
1,64 / 100,00
0 / 10
Votos Inválidos 14 053
2,02 / 100,00
Aumento0,07
Total 701 810
100,00 / 100,00
10 / 10
Baixa1
Eleitorado/Participação 885 410
79,26 / 100,00
Aumento3,84

Galiza[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 865 460
47,15 / 100,00
Baixa6,84
12 / 24
Baixa4
Partido Socialista Operário Espanhol 682 684
37,19 / 100,00
Aumento13,48
10 / 24
Aumento4
Bloco Nacionalista Galego 208 688
11,37 / 100,00
Baixa7,25
2 / 24
Baixa1
Esquerda Unida 31 908
1,74 / 100,00
Aumento0,46
0 / 24
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 18 094
0,99 / 100,00
0 / 24
Votos Inválidos 41 980
2,28 / 100,00
Aumento0,26
Total 1 848 814
100,00 / 100,00
24 / 24
Baixa1
Eleitorado/Participação 2 604 886
70,97 / 100,00
Aumento5,95

Madrid[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 1 576 636
45,02 / 100,00
Baixa7,50
17 / 35
Baixa2
Partido Socialista Operário Espanhol 1 544 676
44,11 / 100,00
Aumento11,05
16 / 35
Aumento4
Esquerda Unida 225 109
6,43 / 100,00
Baixa2,69
2 / 35
Baixa1
Outros (com menos de 1,00%) 83 319
2,41 / 100,00
0 / 35
Votos Inválidos 89 503
2,56 / 100,00
Aumento0,16
Total 3 519 243
100,00 / 100,00
35 / 35
Aumento1
Eleitorado/Participação 4 458 540
78,93 / 100,00
Aumento6,85

Melilha[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 14 856
54,60 / 100,00
Aumento4,80
1 / 1
Estável
Partido Socialista Operário Espanhol 11 273
41,43 / 100,00
Aumento21,01
0 / 1
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 643
2,37 / 100,00
0 / 1
Votos Inválidos 660
2,42 / 100,00
Baixa0,40
Total 27 432
100,00 / 100,00
1 / 1
Eleitorado/Participação 49 129
55,84 / 100,00
Aumento1,84

Múrcia[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 413 902
57,42 / 100,00
Baixa0,66
6 / 9
Estável
Partido Socialista Operário Espanhol 252 246
35,00 / 100,00
Aumento2,62
3 / 9
Estável
Esquerda Unida 30 787
4,27 / 100,00
Baixa1,97
0 / 9
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 13 509
1,87 / 100,00
0 / 9
Votos Inválidos 14 822
2,05 / 100,00
Aumento0,41
Total 725 266
100,00 / 100,00
9 / 9
Eleitorado/Participação 941 145
77,06 / 100,00
Aumento3,52

Navarra[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular-União do Povo Navarro 127 653
37,60 / 100,00
Baixa12,29
2 / 5
Baixa1
Partido Socialista Operário Espanhol 113 906
33,55 / 100,00
Aumento6,23
2 / 5
Estável
Nafarroa Bai 61 045
17,98 / 100,00
Novo
1 / 5
Novo
Esquerda Unida 19 899
5,86 / 100,00
Baixa1,75
0 / 5
Estável
Convergência de Democratas de Navarra 5 573
1,64 / 100,00
Baixa1,22
0 / 5
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 4 693
1,38 / 100,00
0 / 5
Votos Inválidos 22 570
6,44 / 100,00
Aumento1,25
Total 355 339
100,00 / 100,00
5 / 5
Eleitorado/Participação 466 181
76,22 / 100,00
Aumento10,15

País Basco[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Nacionalista Basco 420 980
33,72 / 100,00
Aumento3,34
7 / 19
Estável
Partido Socialista Operário Espanhol 339 751
27,22 / 100,00
Aumento3,91
7 / 19
Aumento3
Partido Popular 235 785
18,89 / 100,00
Baixa9,37
4 / 19
Baixa3
Esquerda Unida 102 342
8,20 / 100,00
Aumento2,75
0 / 19
Estável
Eusko Alkartasuna 80 905
6,48 / 100,00
Baixa1,09
1 / 19
Estável
Aralar 38 560
3,09 / 100,00
Novo
0 / 19
Novo
Outros (com menos de 1,00%) 13 105
1,05 / 100,00
0 / 19
Votos Inválidos 120 906
9,04 / 100,00
Aumento4,97
Total 1 352 334
100,00 / 100,00
19 / 19
Eleitorado/Participação 1 803 937
74,97 / 100,00
Aumento11,13

La Rioja[editar | editar código-fonte]

Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Popular 92 441
49,94 / 100,00
Baixa4,16
2 / 4
Baixa1
Partido Socialista Operário Espanhol 81 390
43,97 / 100,00
Aumento9,10
2 / 4
Aumento1
Esquerda Unida 5 115
2,76 / 100,00
Baixa1,26
0 / 4
Estável
Outros (com menos de 1,00%) 2 326
1,25 / 100,00
0 / 4
Votos Inválidos 4 973
2,85 / 100,00
Aumento0,17
Total 186 545
100,00 / 100,00
4 / 4
Eleitorado/Participação 234 776
79,46 / 100,00
Aumento5,25

Consequências[editar | editar código-fonte]

Em 1 de abril, o Partido Socialista assinou um acordo com todas as forças políticas representadas nas Cortes Gerais, com exceção do Partido Popular, a fim de distribuir as presidências, vice-presidências e secretarias das câmaras.[53] Segundo este acordo, o deputado socialista Manuel Marín foi eleito Presidente do Congresso dos Deputados no dia seguinte por 202 votos a favor e 142 votos em branco, enquanto o senador socialista Javier Rojo foi eleito Presidente do Senado por 127 votos, contra 123 da senadora conservadora Rosa Vindel; no Congresso, a segunda vice-presidência foi para o nacionalista catalão Jordi Vilajoana, que se beneficiou do acordo assinado na véspera.[54]

Após dois dias de negociações com os partidos representados nas Cortes, o rei João Carlos I informou ao novo presidente do Congresso, Manuel Marín, em 7 de abril, que proporia José Luis Rodríguez Zapatero como candidato à presidência do governo.[55] Durante os encontros mantidos com o rei, todos os partidos - com exceção do Partido Popular - anunciaram sua intenção de votar em Zapatero na indicação parlamentar. No dia 16 de abril, após dois dias de debate, Zapatero tomou posse como Presidente do Governo, recebendo 183 votos a favor, 148 contra e 19 abstenções, tendo recebido o voto favorável da Esquerda Republicana da Catalunha, Esquerda Unida, da Coligação Canária, do Bloco Nacionalista Galego e da Chunta Aragonesista.[56] Ele tomou posse no dia seguinte e anunciou a composição de seu primeiro governo, que reuniu 16 ministros, dos quais oito eram mulheres, constituindo assim o primeiro executivo inteiramente igualitário da Espanha.[57]

Referências

  1. CADENA SER (11 de março de 2004). «Los partidos suspenden la campaña electoral» (em espanhol). Cadena SER. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  2. RTVE (13 de março de 2004). «Protestas en las sedes del PP por los atentados del 11M» (em espanhol). RTVE. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  3. «Un 91% de los españoles son contrarios a la intervención en Irak» (em espanhol). El País. 27 de março de 2003. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  4. «El voto de castigo dio la victoria al PSOE, según la prensa» (em espanhol). El Mundo. 15 de março de 2004. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  5. Díez, Anabel (15 de março de 2004). «Zapatero atribuye su victoria a las "ganas de cambio en España" y no al atentado del 11-M» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2004 
  6. Díez, Anabel (14 de março de 2004). «El PSOE da el gran vuelco electoral» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  7. Díez, Anabel (14 de março de 2004). «Zapatero vence con casi 11 millones de votos» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  8. Diario ABC (16 de abril de 2004). «Zapatero, investido presidente del Gobierno con mayoría absoluta» (em espanhol). ABC. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  9. «Aznar ha duplicado su voto desde 1989, el primer año en que fue candidato a La Moncloa» (em espanhol). El País. 13 de março de 2000. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  10. PRIETO, Joaquín (13 de março de 2000). «Aznar consigue una histórica mayoría absoluta» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  11. Ibañez, Juan González (6 de abril de 2000). «Rudi, primera mujer elegida presidenta del Congreso, sin ningún voto en contra» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  12. AIZPEOLA, Luis R. (6 de abril de 2000). «Esperanza Aguirre se compromete a culminar en esta legislatura la reforma del Senado» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  13. AIZPEOLA, Luis R. (13 de abril de 2000). «Aznar expresa al Rey su voluntad de mantener el diálogo social y político» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  14. RIEGO, Carmen del; SEN, Cristina (27 de abril de 2000). «Rato y Rajoy serán los pilares de Aznar» (em espanhol). La Vanguardia. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  15. RIEGO, Carmen del; SEN, Cristina (28 de abril de 2000). «Aznar amarra el centro con su nuevo equipo» (em espanhol). La Vanguardia. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  16. Díez, Anabel (13 de março de 2000). «Joaquín Almunia asume la derrota y dimite» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  17. «El comité federal resuelve la dimisión de Almunia con un congreso ordinario y una gestora de 15 miembros» (em espanhol). El País. 23 de março de 2000. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  18. Díez, Anabel (26 de junho de 2000). «La mayoría de los 998 delegados del PSOE sigue sin decantarse por ningún candidato» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  19. Díez, Anabel (23 de julho de 2000). «Zapatero gana a Bono por sólo 9 votos» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  20. Díez, Anabel (24 de julho de 2000). «Zapatero recupera la unidad del PSOE» (em espanhol). El País. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  21. GUINDAL, Mariano (24 de maio de 2002). «Los sindicatos convocan para el 20-J la séptima huelga general de la democracia» (em espanhol). La Vanguardia. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
  22. GUINDAL, Mariano (25 de maio de 2002). «El Gobierno impone por decreto ley la reforma del subsidio de desempleo» (em espanhol). La Vanguardia. Consultado em 4 de dezembro de 2020 
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