Elena Guro

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Elena Guro
Elena Guro
Nascimento 18 de maio de 1877
São Petersburgo
Morte 23 de abril de 1913 (35 anos)
Polyany
Sepultamento Distrito de Viborgski
Cidadania Império Russo
Ocupação pintora, poetisa, escritora, desenhista
Causa da morte leucemia

Elena Guro, pseudônimo de Eleonora Genrikhovna von Notenberg, em russo Елена (Элеонора) Генриховна Гуро), (San Petersburgo, 30 de maio de 1877 - Uchikirkko, Gran-Ducado da Finlândia, 6 de maio de 1913), foi uma poeta, editora, pintora, autora de romances curtos e performer ligada ao Cubofuturismo russo.[1]

Tradicionalmente relacionada ao Impressionismo, frequentou uma escola privada de arte em São Petesburgo, expondo junto a artistas desta tendência em 1909 e 1910.

Olenenok, 1908-1909.

Poetas simbolistas como Aleksandr Blok tentaram trazê-la para o seu círculo, preferindo a poeta trabalhar com os poetas de "Hylaea", grupo que formaria a principal tendência do futurismo russo. Juntamente com seu marido, o músico Mikhaïl Matiouchin, foi editora destes, tendo participado daquela que é considerada a primeira antologia de poetas futuristas na Rússia, de 1910, ao lado de Velimir Khlebnikov, Vassíli Kamiênski, David Burliuk e Nikolai Burliuk[2], chamada "Uma armadilha para juízes".

Única mulher entre os primeiros futuristas russos, explorou imagens irreais, justapondo experiências rurais e urbanas, reverenciando a infância e a natureza, entretecendo prosa e poesia em linguagem escassa e ritmos pouco convencionais. Expressou-se através de uma voz infantil e um lirismo nonsense, empregando também técnicas do futurismo plástico.[3] Conforme Jamie L. Bennett, Ph.D. na Columbia University, "para Guro a infância é o estado natural do poeta porque a inocência requer imaginação e criatividade".[4] Desta forma, desenvolveu uma linguagem transracional diferenciada da que foi usada por outros cubo-futuristas, sendo a sua baseada em um primitivismo infantil.

Morre aos 35 anos, de leucemia, quando o grupo "Hylaea", do qual fez parte, começa a tornar-se conhecido, em 1913, mesma época em que aqueles poetas aceitam o rótulo de futuristas.[5]

Não tendo o seu nome alcançado repercussão entre críticos literários da época, Elena Guro é atualmente reconhecida como uma voz única na literatura russa.[6]

Referências