Empresa Pública de Produção de Electricidade

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Empresa Pública de Produção de Electricidade
Criação
Sector de atividade

A Empresa Pública de Produção de Electricidade — Empresa Pública (Prodel-EP) é uma empresa estatal angolana que atua nos negócios de geração eléctrica para o país, colaborando também nos sistemas de transmissão e distribuição.[1]

A empresa é tutelada pelo Ministério da Energia e Águas.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A atual Prodel descende das empresas estatais "Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza" (Gamek) e "Empresa Nacional de Electricidade de Angola" (ENE), vocacionadas para a produção, transmissão e distribuição de energia eléctrica em Angola. Porém, para efeitos de especialização e continuação de atividades, considera-se que a Prodel teve como principal predecessora basicamente o Gamek.

Criação do Gamek[editar | editar código-fonte]

O "Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza" (Gamek) foi criado em 21 de outubro de 1982,[3] por intermédio de um despacho conjunto dos ministérios angolanos do plano, do comércio externo, das finanças e da energia, funcionando porém na alçada do Ministério da Energia.[4] Tinha como objetivo de ser o órgão operacional representativo governamental no projeto de conclusão da Central Hidroelétrica de Capanda, situado no município de Cacuso, na província de Malanje, que estava a cargo, a nível de construção civil, da construtora Odebrecht Angola (atual Novonor).[5] Capanda punha-se, naquele momento, como projeto vital para o fornecimento de energia a várias capitais de províncias do país, num momento em que a Guerra Civil Angolana colocava a nação em estado de blecaute constante.[6]

O Gamek logrou o feito de recuperar e expandir a maior parte das infraestruturas energéticas nacionais, como foi o caso de Gove, Cambambe[7] e Lomaum.[8]

Transformação do Gamek[editar | editar código-fonte]

Em 2 de fevereiro de 2011, no intuito de modernizar a empresa para que pudesse levar a cabo a construção de novas centrais, o governo angolano, por intermédio do decreto presidencial n.º 29/11, alterou a denominação da empresa, que passou a chamar-se "GAMEK — Centrais Eléctricas, E.P". O mesmo decreto incorporou patrimónios à empresa e revisou seu estatuto para lhe dar maiores atribuições.[9] Um dos feitos deste novo período do Gamek foi a participação na construção da Central Hidroelétrica de Laúca.[10]

Prodel[editar | editar código-fonte]

Em 20 de novembro de 2014 o governo angolano, por intermédio do decreto presidencial nº 305/14, estabelece a Empresa Pública de Produção de Electricidade (Prodel-EP), como resultado da extinção das empresas públicas Gamek e ENE. O mesmo decreto criou outras duas empresas: Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT-EP) e a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (Ende-EP).[11]

Referências

  1. Quem Somos. Prodel. 2018.
  2. Prodel. Ministério da Energia e Águas. 18 de julho de 2018.
  3. Jover, Estefanía.; Pintos, Anthony Lopes.; Marchand, Alexandra. (setembro de 2012). Angola: Private Sector Country Profile. (PDF). Reino Unido: Printech Europe/Banco Africano de Desenvolvimento 
  4. Despacho conjunto. Diário da República, Série I, nº 271. 18 de novembro de 1982.
  5. Casa Familiar Rural e Casa Jovem recebem Diretora do GAMEK/Angola. Fundação Norberto Odebrecht. 12 de junho de 2007.
  6. Francisco, João Manuel Saveia Daniel. (setembro de 2004). Internacionalização para um Mercado Culturalmente Próximo mas em Guerra: a Odebrecht em Angola (PDF). Anais do XXVIII Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. Curitiba: EnAnpad 
  7. Barragem de Cambambe entra em obras em Agosto. Jornal de Angola. 30 de julho de 2019.
  8. Madureira, Carlos. (1991). Angola: Power Rehabilitation and Technical Assistance. (PDF). [S.l.]: World Bank 
  9. Decreto presidencial n.º 29/11. Diário da República. I Série — N.º 22. 2 de fevereiro de 2011.
  10. Barragem de Laúca. Powergol. [s/d].
  11. César Silveira. Era uma vez a EDEL... E os apagões? Expansão. 15 de dezembro de 2014.