Engenho Central de Piracicaba

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Engenho Central de Piracicaba
Engenho Central de Piracicaba
Construção Estêvão Ribeiro de Sousa Resende (19 de janeiro de 1881[1])
Estilo Industrial
Conservação Bom
Aberto ao público Sim
Vista do engenho da margem oposta do Rio Piracicaba

Engenho Central de Piracicaba, localizado às margens do Rio Piracicaba, na cidade de Piracicaba, foi construído por Estêvão Ribeiro de Sousa Resende,[2] o Barão de Rezende, em 1881, com o objetivo de substituir o trabalho escravo pelo assalariado e pela mecanização.

Devido às dificuldades de manutenção das máquinas importadas, o engenho de açúcar foi vendido em 1899 à Société de Sucreries Brésiliennes, transformando-se no mais importante do país, com uma produção anual de 100 mil sacas de açúcar e três milhões de litros de álcool, incorporando-se a outras seis usinas do grupo no estado de São Paulo.

Sua área verde é de 80 mil metros quadrados e a área construída ocupa 12 mil metros quadrados.

Origem[editar | editar código-fonte]

De potência econômica a patrimônio histórico e cultural[editar | editar código-fonte]

A partir da década de 1930, muitos engenhos existentes na região desapareceram ou foram encampados pelas usinas. Apesar de sucessivas crises, o Engenho Central de Piracicaba ainda foi ampliado nas décadas de 1930, 40 e 50, pois o açúcar continuou a exercer papel preponderante na economia piracicabana. Na década de 1950 representava 52% do valor total da produção agrícola local; dez anos mais tarde, essa participação chegou a 75%. Contudo, a crescente urbanização da Vila Rezende e da cidade como um todo acabou por dificultar as atividades operacionais do Engenho Central.

Em novembro de 1970 foi vendido ao Grupo Silva Gordo, que o manteve em funcionamento até 1974, quando foi desativado definitivamente. Posteriormente, quase a totalidade das fazendas que compunham a propriedade foi loteada e vendida, através do empreendimento imobiliário “Terras do Engenho”, restando, mediante acordo com a Prefeitura do Município de Piracicaba, apenas a extensa área onde funcionou o Engenho Central, que aos poucos se transforma num dos mais belos complexos turísticos e culturais da cidade, do Brasil e do mundo.[3]

O Engenho Central de Piracicaba foi tombado pelo CODEPAC – Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural, em 1º de agosto de 1989 e considerado de Utilidade Pública em setembro do mesmo ano. Em 25 de agosto de 2014 pela Resolução 92, o CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico orgão da Secretaria da Ação Cultural da Prefeitura de Piracicaba também referendou a mesma ação.[4]

Referências

  1. «E. F. do Engenho Central de Piracicaba». Estações Ferroviarias. Consultado em 16 de agosto de 2012 
  2. «E. F. do Engenho Central de Piracicaba». Estações Ferroviárias do Brasil. Consultado em 20 de junho de 2018 
  3. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :2
  4. «Piracicaba – Engenho Central». Infopatrimônio. Consultado em 22 de junho de 2018 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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