Entrada do Exército Libertador

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Entrada do Exército Libertador
Entrada do Exército Libertador
Autor Presciliano Silva
Data 1930
Técnica Óleo sobre tela
Dimensões 300 × 150 
Localização Paço Municipal de Salvador, Salvador

Entrada do Exército Libertador é o título da pintura do artista Presciliano Silva, relembrando o momento final das lutas pela Independência da Bahia, com a entrada das tropas brasileiras na cidade do Salvador a 2 de julho de 1823.

Histórico[editar | editar código-fonte]

A obra, realizada em 1930, é a maior do artista baiano Presciliano Silva. Os desenhos de estudo, preservados, encontram-se no Museu Carlos Costa Pinto, também na capital da Bahia.[1]

Foi executado por encomenda do então prefeito soteropolitano, Francisco de Souza.[2]

Presciliano Silva[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Presciliano Silva

Nascido em 17 de maio de 1883, em Salvador, Presciliano foi um pintor e escultor. Foi fortemente influenciado pelo Impressionismo e pelo Pontilhismo. Pintou retratos de personalidades importantes, mas ficou bastante conhecido pelas pinturas de temática religiosa. A tela histórica que retrata da Independência da Bahia foi pintada com base na litografia de Bento Rufino Capinan. Seu processo de criação contou com vários estudos feitos a carvão pelo pintor, que pertencem à Coleção do Museu Carlos Costa Pinto.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Detalhe da pintura, destaque para o general Labatut, no cavalo, e o corneteiro Lopes.

A pintura mostra a tropa do Exército Pacificador liderada pelo general Pedro Labatut, entrando por um arco repleto de folhagens, tendo no topo uma faixa com a inscrição: "2 de Julho de 1823". Em frente ao Convento da Soledade, observam-se figuras ligadas ao clero e a burguesias, que podem ser identificadas pelas suas vestimentas. Homens e mulheres são representados trajando à moda do Império. As figuras femininas usavam tecidos leves e as masculinas coletes curtos e calções justos colocados por dentro das botas de montaria. O vestuário em cores claras e tons pastéis era símbolo de status social. 

Ao longe da fachada, expectadores de classe popular, quase confundindo-se com o batalhão. A tela do pintor soteropolitano mostra a euforia dos expectadores ao receberem o vitorioso exército.

A obra foi inaugurada em uma cerimônia solene realizada em 2 de Julho de 1930, às 15 horas, no Salão Nobre da Prefeitura de Salvador, que na época se localizava no Paço Municipal da cidade.[3]

Referências

  1. Marta Simões. «Presciliano: Sua Vida». Fundação Cultural do estado da Bahia - FUNCEB. Consultado em 28 de setembro de 2010. Arquivado do original em 26 de dezembro de 2010 
  2. Enciclopédia Itaú de Artes Visuais. «Verbete Presciliano Silva». Consultado em 28 de setembro de 2010 
  3. «"Entrada do Exército Pacificador": contexto histórico e descrição iconográfica - Notícias - Câmara Municipal de Salvador-BA». Consultado em 17 de setembro de 2017