Ernesto Brandalise

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Ernesto Brandalise
Nascimento Nova Prata
Cidadania Brasil

Ernesto Antônio Brandalise (Nova Prata ?, ? — Caxias do Sul, antes de 2013) foi um padre católico e historiador brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de João e Teresa Brandalise, radicados em Nova Prata,[1] Ernesto foi ordenado em 1941, e já em 27 de abril de 1942 foi nomeado cura da Catedral de Caxias do Sul, tomando posse em 11 de julho de 1943. Nesta época, por um breve período, acumulou a função de coadjutor do vigário de Nova Roma do Sul.[2] Na qualidade de cura da Catedral ganhou projeção e estima na comunidade, sendo convidado a participar de eventos e projetos importantes.[3][4] Foi 2º vice-presidente da comissão de obras do Monumento Nacional ao Imigrante,[5] assistente espiritual da Sociedade Caxiense de Auxílio aos Necessitados,[6] e membro do Conselho Consultivo do Orfanato Santa Teresinha.[7]

Foi um dos organizadores do grande Congresso Eucarístico Diocesano de 1948, um dos fundadores do Abrigo de Menores São José e do Instituto Bom Pastor, e um promotor da Cruzada Eucarística, do Apostolado da Oração, das Damas de Caridade, das Capelinhas Domiciliares e da Ação Católica, entre outros movimentos.[3] Foi o idealizador da Igreja Cristo Redentor e participou da fundação da Igreja São Pio X.[8] Permaneceu como cura da Catedral até 6 de agosto de 1967, quando foi nomeado vigário episcopal, incumbido de gerenciar os bens temporais da Diocese.[3][9]

Com seus livros Paróquia Santa Teresa: Cem anos de fé e história, 1884-1984 (1985) e Das Escolas Paroquiais à Universidade: a Igreja em Caxias do Sul (1988) tornou-se o principal historiador da Diocese e uma importante referência para a história da religião em Caxias do Sul.[10][3][9] Hoje seu nome batiza uma rua. Dele falou o historiador Mário Gardelin, na apresentação do livro Paróquia Santa Teresa:

"Padre Brandalise, descendente dos pioneiros de Arsiè, Belluno, deixa um resumo histórico e um depoimento pessoal. Não será sem emoção que seus conterrâneos, especialmente a minha geração, lerão esses relatos. A atuação do padre Brandalise já é um fato histórico. Poderemos dizer que ela é de outros tempos e que os ventos que hoje sopram têm outras direções. Talvez, seja certo. O que é indiscutível, entretanto, é que estes escritos são traçados com o mesmo amor e mesmo discernimento com que a paróquia foi regida. É testemunho de quem, às missas das 10h30min, aos domingos de manhã, era e é assíduo. E registra aqui o aplauso de toda uma comunidade".[4]

Referências

  1. "Necrologia". O Momento, 01/04/1950
  2. Barbosa, Fidélis Dalcin. Antônio Prado e sua história. Projeto Passo Fundo, 1980, p. 349
  3. a b c d Moretto, Paulo. "Apresentação". In: Brandalise, Ernesto A. Paróquia Santa Teresa - Cem Anos de Fé e História (1884 - 1984). EDUCS, 1985, pp. 7-9
  4. a b Gardelin, Mário. Apud Brandalise, Ernesto A. Paróquia Santa Teresa - Cem Anos de Fé e História (1884 - 1984). EDUCS, 1985
  5. Giron, Loraine Slomp. "Vargas e Caxias (2)". História Daqui, 03/09/2013
  6. "SCAN". O Momento, 07/04/1945
  7. "Orfanato Sta. Terezinha". O Momento, 07/09/1946
  8. "Câmara Municipal homenageia os 50 anos da comunidade da Igreja Cristo Redentor". Olá Serra Gaúcha, 23/07/2015
  9. a b Granzotto, Carina Maria Niederauer. Semântica cognitiva aplicada: a radialidade da categoria RELIGIÃO nos discursos dos imigrantes italianos (de 1875 à década de 1950). Dissertação de Mestrado. UCS, 2007, p. 117
  10. Grazziotin, Roque M. B. Pressupostos da Prática Educativa na Diocese de Caxias do Sul, 1934-1952 . Dissertação de Mestrado. UCS, 2010, pp. 13; 44; 67

Ver também[editar | editar código-fonte]