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Revisão das 18h02min de 30 de maio de 2009

Paêbirú
Álbum de estúdio de Lula Côrtes e Zé Ramalho
Lançamento 1974
Gravação Outubro-Dezembro, 1974 no Estúdio Rozemblit em Recife, Brasil.
Gênero(s) Folk Psicodélico, Free Jazz
Duração 55:30
Gravadora(s) Solar
Opiniões da crítica

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Paêbirú, (ou Paêbirú: Caminho da Montanha do Sol) é um álbum brasileiro lançado no ano de 1974 por Lula Côrtes e Zé Ramalho. O disco contém uma grande miscelânea de gêneros musicais como o rock psicodélico, jazz, e ritmos regionais do Nordeste Brasileiro. Foi umn dos primeiros discos não declarados da psicodélia brasileira[1]. O disco é hoje o vinil com maior valor comercial no Brasil, bem conservado, um disco da edição original vale em torno de 4 mil reais [2].

Cultura

A principal inspiração dos musicos na criação do disco foi a Pedra do Ingá, situada no município de Ingá, no interior da Paraíba, que é hoje um dos monumentos arqueológicos mais significativos do mundo.

No decorrer da criação do disco, a variedade de lendas sobre Sumé – a entidade mitológica na qual os indígenas acreditavam antes da colonização – inspiraram além da faixa de abertura, diversas passagens do álbum. Outras entidades importantes da cultura brasileira como Iemanjá também são citadas no disco.

Álbum

Se trata de um disco de vinil duplo, com onze faixas. Se tratam de composições dos próprios músicos, Lula Côrtes e Zé Ramalho. Dentre os músicos que contribuíram para a gravação do álbum, estão os renomados Alceu Valença e Geraldo Azevedo.

O álbum teve prenságem única de 1.300 exemplares. Destes exeplares, em torno de 1000 se perderam em uma enchenre que ocorreu em Recife em 1975[2]. Junto com os exemplares perdidos, também foi destruída a fita master. Este é o motivo para que uma das 300 cópias que se salvaram, tenha valor comercial médio de 4.000 reais, desbancando Louco por Você de Roberto Carlos.

A parte gráfica do disco ficou por conta de Kátia Mesel, então esposa de Lula Côrtes. O encarte e capa foi resultado de várias idas até a Pedra do Ingá.

Foi relançado no ano de 2005 em vinil e CD na Europa pelo selo Mr. Bongo. Também foi lançado em CD na Europa, porém nunca foi lançado no Brasil neste formato.

Música

O disco duplo é dividido em quatro lados, e cada um é dedicado a um dos quatro elementos da natureza: Terra, Ar, Fogo e Água, respectivamente. Além dos longos instrumentais psicodélicos, e ritmos regionais, também foram adcionados sons sintéticos paralelos ao tema dos lados.

No lado "Terra", os resultados foram conseguidos através de instrumentos como tambores, flautas, congas e sax alto. Efeitos como aves em vôo também foram produzidos, porém não de forma eletrônica. Outros instrumentos típicos como o berimbau também foram utilizados.

No lado "Ar", foram introduzidas conversas, risadas, e suspiros, além de harpas e violas.

"Fogo" é o lado mais pesado do disco, onde o rock e a psicodelia estão em evidência. São usados sons de guitarra distorcida, órgão e um som menos acústico. "Raga dos Raios", é até hoje considerada a melhor peça de guitarra fuzz gravada no rock nacional[1]

Em "Água" são colocados fundos sonoros de água corrente, e letras em louvação a entidades que represntam o elemento, além da incorporação de gêneros dançantes como o baião.

Faixas

Todas as canções foram escritas por Lula Côrtes e Zé Ramalho, exceto onde houver citação.

Lado um

  1. "Trilhas de Sumé" – 13:05
    • "Cultivo à Terra"
    • "Bailado das muscarias"

Lado dois

  1. "Harpa dos Ares" (Geraldo Azevedo/Côrtes/Ramalho) – 3:56
  2. "Não Existe Molhado Igual ao Pranto" – 7:23
  3. "Omm" – 5:55

Lado três

  1. "Raga dos Raios" – 2:25
  2. "Nas Paredes da Pedra Encantada, Os Segredos Talhados Por Sumé" (Marcelo/Côrtes/Ramalho) – 7:25
  3. "Maracas de Fogo" – 2:26

Lado quatro

  1. "Louvação à Iemanjá" – 5:11
    • "Regato da montanha"
  2. "Beira mar" – 1:34
  3. "Pedra Tempo Animal" – 4:09
  4. "Sumé" – 2:01

Músicos

References

  1. a b «Cantina do Rock». Woodstock. 2008 
  2. a b «Crônicas»  Parâmetro desconhecido |Publisher= ignorado (|publisher=) sugerido (ajuda)