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Lítio: diferenças entre revisões

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O Li-7 é um dos elementos primordiais, produzido por [[fusão nuclear|síntese nuclear]] após o ''[[big bang]]''. Os isótopos de lítio dividem-se substancialmente numa grande variedade de processos naturais, incluindo a precipitação química na formação de [[mineral|minerais]], processos [[metabolismo|metabólicos]], e na substituição do [[magnésio]] e [[ferro]] em [[estrutura cristalina|redes cristalinas]] de minerais argilosos em que o Li-6 é preferido ao Li-7.
O Li-7 é um dos elementos primordiais, produzido por [[fusão nuclear|síntese nuclear]] após o ''[[big bang]]''. Os isótopos de lítio dividem-se substancialmente numa grande variedade de processos naturais, incluindo a precipitação química na formação de [[mineral|minerais]], processos [[metabolismo|metabólicos]], e na substituição do [[magnésio]] e [[ferro]] em [[estrutura cristalina|redes cristalinas]] de minerais argilosos em que o Li-6 é preferido ao Li-7.

===Medicamentos===

{{Main|Sal de lítio}}

O lítio é utilizado no tratamento do [[transtorno bipolar]].<ref name = "kean">{{cite book|last=Kean|first=Sam|title=The Disappearing Spoon|year=2011}}</ref> Os sais de lítio pode também podem auxiliar para diagnósticos relacionados como [[transtorno esquizoafetivo]] e a [[depressão nervosa]]. A parte ativa destes sais é o íon do lítio Li<sup>+</sup>.<ref name = "kean"/>
Eles podem aumentar o risco de desenvolvimento da [[anomalia de Ebstein]] em récem-nascidos em mulheres gravidas que utilizou durante o primeiro trimestre de gravidez.<ref name="pmid18982835">{{cite journal |author=Yacobi S, Ornoy A |title=Is lithium a real teratogen? What can we conclude from the prospective versus retrospective studies? A review |journal=Isr J Psychiatry Relat Sci |volume=45 |issue=2 |pages=95–106 |year=2008 |pmid=18982835}}</ref>

O lítio também tem sido pesquisado como uma possibilidade de tratamento de [[cefaleia em salvas]].<ref>{{cite journal|last=Lieb|first=J|last2=Zeff|title=Lithium treatment of chronic cluster headaches.|journal=The British Journal of Psychiatry|year=1978|issue=133|pages=556–558|doi=10.1192/bjp.133.6.556|url=http://bjp.rcpsych.org/content/133/6/556.abstract|accessdate=24 February 2014}}</ref>


== Precauções ==
== Precauções ==

Revisão das 22h53min de 26 de maio de 2014

Lítio
HélioLítioBerílio
H
 
 
3
Li
 
               
               
                                   
                                   
                                                               
                                                               
Li
Na
Tabela completaTabela estendida
Aparência
branco-prateado


Pedaços de lítio imersos em óleo de parafina para proteger contra a oxidação.
Informações gerais
Nome, símbolo, número Lítio, Li, 3
Série química metais alcalinos
Grupo, período, bloco 1 (IA), 2, s
Densidade, dureza 535 kg/m3, 0,6
Número CAS 7439-93-2
Número EINECS
Propriedade atómicas
Massa atómica 6,941(2) u
Raio atómico (calculado) 152 pm
Raio covalente 134 pm
Raio de Van der Waals 182 pm
Configuração electrónica 1s2 2s1
Elétrons (por nível de energia) 2, 1 (ver imagem)
Estado(s) de oxidação +1, -1 (óxido alcalino forte)
Óxido
Estrutura cristalina cúbico de corpo centrado
Propriedades físicas
Estado da matéria sólido
Ponto de fusão 453 K
Ponto de ebulição 1615 K
Entalpia de fusão 3 kJ/mol
Entalpia de vaporização 145,92 kJ/mol
Temperatura crítica  K
Pressão crítica  Pa
Volume molar 13,02×10-6 m3/mol
Pressão de vapor 1,63
Velocidade do som 6000 m/s a 20 °C
Classe magnética paramagnético
Susceptibilidade magnética
Permeabilidade magnética
Temperatura de Curie  K
Diversos
Eletronegatividade (Pauling) 0,98
Calor específico 3582 J/(kg·K)
Condutividade elétrica 10,8×106 S/m
Condutividade térmica 84,7 W/(m·K)
1.º Potencial de ionização 520,2 kJ/mol
2.º Potencial de ionização 7298,1 kJ/mol
3.º Potencial de ionização 11815,0 kJ/mol
4.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização4}}} kJ/mol
5.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização5}}} kJ/mol
6.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização6}}} kJ/mol
7.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização7}}} kJ/mol
8.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização8}}} kJ/mol
9.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização9}}} kJ/mol
10.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização10}}} kJ/mol
Isótopos mais estáveis
iso AN Meia-vida MD Ed PD
MeV
6Li7,5%estável com 3 neutrões
7Li92,5%estável com 4 neutrões
8Lisintético838 msß-16,0046Be
Unidades do SI & CNTP, salvo indicação contrária.

O lítio (grego lithos, pedra) é um elemento químico de símbolo Li, número atómico 3 e massa atómica 7 u, contendo na sua estrutura três protons e três electrons. Na tabela periódica dos elementos químicos, pertencente ao grupo (ou família) 1 (anteriormente chamado 1A), entre os elementos alcalinos.

Na sua forma pura, é um metal macio, de coloração branco-prateada, que se oxida rapidamente no ar ou na água. É um elemento sólido porém leve, sendo empregado especialmente na produção de ligas metálicas condutoras de calor, em baterias elétricas e, seus sais, no tratamento do transtorno bipolar.

Características principais

O lítio é usado na fabricação de baterias, as íons de lítio, ou outras, tem um grande poder oxidativo, é facílimo de se sofrer corrosão,com densidade igual a 0,534g/cm³.

É o metal mais leve, a sua densidade é apenas, aproximadamente, a metade do que a da água. Como os demais metais alcalinos é monovalente e bastante reativo. Por esse motivo não é encontrado livre na natureza. No teste da chama torna-se vermelho, porém se a combustão ocorrer violentamente a chama adquire uma coloração preta brilhante.

Aplicações

Participação econômica na extração no mercado de lítio em 2011[1]
  Vidraria e cerâmica(29%)
  Baterias (27%)
  Graxas lubrificantes (12%)
  Lingotamento contínuo(5%)
  Tratamento de ar comprimido (4%)
  Polímeros (3%)
  Produção primária de alumínio (2%)
  Produção de farmácos (2%)
  Outras utilidades (16%)

Devido ao seu elevado calor específico, o maior de todos os sólidos, é usado em aplicações de transferência de calor e, por causa do seu elevado potencial eletroquímico é usado como um ânodo adequado para as baterias elétricas. Além destes tem outros usos:

Indústria Nuclear

Ver artigo principal: Lítio-6
O deuterido de lítio foi utilizado como combustível na bomba nuclear de Castle Bravo.

O Lítio-6 é um material de fonte para a produção de trítio e como um absorvedor de nêutrons nas fusões nucleares. O lítio na natureza contém cerca de 7,5% de lítio-6 no qual grandes quantidades de lítio-6 tem sido produzidos pela separação de isótopos para ser aplicadas nas bombas nucleares.[2] O Lítio-7 ganhou interesse na produção de fluido refrigerante nos reatores nucleares.[3]

História

O lítio (do grego λιθoς, pedra) foi descoberto por Johan August Arfwedson em 1818, após um ano de trabalho no laboratório de Berzelius, a partir da análise de uma mina de Berzelius em Utö, na Suécia, cuja a peralita fora descoberto em 1800 pelo brasileiro, naturalista e estadista, José Bonifácio de Andrada e Silva na ilha de Utö (Suécia).[4] Em 1818 Christian G. Gmelin foi o primeiro a observar que os sais de lítio dão uma coloração roxa brilhante a uma chama. Ambos tentaram, sem êxito, isolar o elemento de seus sais, resultado finalmente obtido por W.T. Brande e Sir Humphry Davy efetuando a eletrólise do óxido de lítio.

O nome do elemento provém do fato de ter sido descoberto em um mineral, embora fosse encontrado mais tarde como os outros metais alcalinos, nas cinzas das plantas.

Em 1923 a empresa alemã "Metallgesellschaft AG" começou a produzir lítio através da eletrólise do cloreto de lítio fundido, que é o processo ainda usado.

Abundância e obtenção

É um metal escasso na crosta terrestre, encontrado disperso em certas rochas, porém nunca livre, dada a sua grande reatividade. É encontrado, também, em sais naturais, águas salgadas e águas minerais.

Desde a Segunda Guerra Mundial, a produção de lítio aumentou enormemente, sendo obtido de fontes de água mineral, águas salgadas e das rochas que o contêm, sempre por eletrólise do cloreto de lítio. Os principais minerais do qual é extraído são lepidolita, petalita, espodúmena e ambligonita. Nos Estados Unidos é extraído de salinas existentes na Califórnia e Nevada, principalmente.

Isótopos

O Lítio é muito utilizado para a produção de baterias.

Os isótopos estáveis do lítio são dois, Li-6 e Li-7, sendo o segundo o mais abundante (92,5%). Foram identificado seis radioisótopos, sendo os mais estáveis o Li-8 com um período de semidesintegração de 838 milissegundos e o Li-9 com 178,3 ms de meia-vida. Os demais isótopos radioativos possuem meias-vidas menores de 8,5 ms.

As massas atômicas dos isótopos do lítio variam entre 4,027 e 11,0348 u do Li-4 ao do Li-11 respectivamente. O modo de desintegração principal dos isótopos mais leves que o isótopo estável mais abundante ( Li-7 ) é a emissão protônica (com um caso de desintegração alfa) obtendo-se isótopos de hélio.

+

Enquanto que nos isótopos mais pesados o modo mais habitual é a desintegração beta (com algum caso de emissão neutrônica), resultando isótopos de berílio, também por captura de elétron, como no caso abaixo.[5]

O Li-7 é um dos elementos primordiais, produzido por síntese nuclear após o big bang. Os isótopos de lítio dividem-se substancialmente numa grande variedade de processos naturais, incluindo a precipitação química na formação de minerais, processos metabólicos, e na substituição do magnésio e ferro em redes cristalinas de minerais argilosos em que o Li-6 é preferido ao Li-7.

Medicamentos

Ver artigo principal: Sal de lítio

O lítio é utilizado no tratamento do transtorno bipolar.[6] Os sais de lítio pode também podem auxiliar para diagnósticos relacionados como transtorno esquizoafetivo e a depressão nervosa. A parte ativa destes sais é o íon do lítio Li+.[6] Eles podem aumentar o risco de desenvolvimento da anomalia de Ebstein em récem-nascidos em mulheres gravidas que utilizou durante o primeiro trimestre de gravidez.[7]

O lítio também tem sido pesquisado como uma possibilidade de tratamento de cefaleia em salvas.[8]

Precauções

Como os outros metais alcalinos, o lítio puro é altamente inflamável e ligeiramente explosivo quando exposto ao ar e, especialmente, à água. Além disso é corrosivo, requerendo o emprego de meios adequados de manipulação para evitar o contato com a pele. Deve-se armazená-lo num hidrocarboneto líquido inflamável como, por exemplo, a gasolina. O lítio é considerado ligeiramente tóxico.

Farmacologia

Os sais de lítio têm aprovação para o tratamento de transtorno bipolar no Brasil e nos Estados Unidos. Inicialmente classificado como um anti-psicótico, o lítio (administrado em forma de carbonato de lítio) é hoje utilizado por seus efeitos reguladores de humor, anti-maníaco e, secundariamente, antidepressivo (sua eficácia para a depressão unipolar, entretanto, ainda não foi bem estabelecida). Além disso, um estudo indica que doses baixas de lítio, tanto em vermes quanto em humanos, confere benefícios anti-envelhecimento. [9]

Em níveis séricos mais elevados, os íons de lítio são considerados venenosos e requerem atenção clínica imediata. Entre os principais sintomas de contaminação por lítio, lista-se náusea, tontura, enjoos, diarreia e tremores nas mãos. Esses sintomas podem, entretanto, aparecer na faixa terapêutica para transtorno bipolar. Salienta-se, ainda, que a administração prolongada de lítio pode causar danos à tireoide e aos rins, exigindo monitoração periódica por meio de exames de sangue.

Referências

  1. USGS (2011). «Lithium» (PDF). Consultado em 3 November 2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. Makhijani, Arjun and Yih, Katherine (2000). Nuclear Wastelands: A Global Guide to Nuclear Weapons Production and Its Health and Environmental Effects. [S.l.]: MIT Press. pp. 59–60. ISBN 0-262-63204-7 
  3. National Research Council (U.S.). Committee on Separations Technology and Transmutation Systems (1996). Nuclear wastes: technologies for separations and transmutation. [S.l.]: National Academies Press. p. 278. ISBN 0-309-05226-2 
  4. Eduardo Motta Alves Peixoto, LÍTIO,<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc02/elemento.pdf>, acessado no dia 04 de maio de 2014
  5. Electron Capture of Beryllium-7 - library.thinkquest.org (em inglês)
  6. a b Kean, Sam (2011). The Disappearing Spoon. [S.l.: s.n.] 
  7. Yacobi S, Ornoy A (2008). «Is lithium a real teratogen? What can we conclude from the prospective versus retrospective studies? A review». Isr J Psychiatry Relat Sci. 45 (2): 95–106. PMID 18982835 
  8. Lieb, J; Zeff (1978). «Lithium treatment of chronic cluster headaches.». The British Journal of Psychiatry (133): 556–558. doi:10.1192/bjp.133.6.556. Consultado em 24 February 2014  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9. Zarse K, Terao T, Tian J, Iwata N, Ishii N, Ristow M. Low-dose lithium uptake promotes longevity in humans and metazoans. Eur J Nutr. 2011 Aug;50(5):387-9.

Ligações externas

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Ver também

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