Estado mínimo: diferenças entre revisões
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Historicamente, o país mais próximo do minarquismo puro foi os [[Estados Unidos]] durante o período de 1780 até 1913. Durante este período, os Estados Unidos se transformaram de uma [[economia rural]] e primitiva, que possuía menos de 1% do volume da produção global, para o país mais [[Riqueza|rico]] e [[Industrialização|industrializado]] do mundo, com um terço da produção industrial global. |
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A concepção da expressão "estado mínimo" na [[década de 1970]] foi uma reação à maciça presença dos estados nas economias de todo o mundo durante a maior parte do [[século XX]].<ref name=":0" /> |
A concepção da expressão "estado mínimo" na [[década de 1970]] foi uma reação à maciça [[Intervencionismo (economia)|presença dos estados nas economias]] de todo o mundo durante a maior parte do [[século XX]].<ref name=":0" /> |
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A cidade do mundo hoje mais próxima do Estado Mínimo ou Estado Minarquista, segundo os adeptos desta teoria, é [[Hong Kong]], porque tem a melhor proteção da [[propriedade privada]] no mundo, a segunda menor [[carga tributária]] e praticamente não existem [[tarifa]]s de [[importação]] e [[exportação]]. Durante os 99 anos (1898-1997) em que foi administrada sob o conceito minarquista, Hong Kong se tornou uma ilha de prosperidade e riqueza. Outras economias Asiáticas, notadamente alguns dos "[[Tigres Asiáticos]]", adotaram políticas semelhantes de baixas tarifas, governo enxuto e confiança na [[economia de mercado]]. Talvez o melhor exemplo seja o de [[Singapura]]. Porém vale ressaltar que esses estados, embora promotores da [[livre concorrência]], possuem um [[Desenvolvimentismo|papel ativo na promoção do desenvolvimento]] de seus países.<ref>{{citar web|url=http://www.espacoacademico.com.br/084/84bertonha.htm|titulo=Modelos para o Brasil: Tigres asiáticos?|data=|acessodata=1 de maio de 2016|obra=|publicado=Revista Espaço Acadêmico|ultimo=Bertonha|primeiro=João Fábio}}</ref> |
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Há casos em que o minarquismo pode parecer não ter melhorado a situação do país. Um desses exemplos é a [[Irlanda]], que, nos [[anos 1980]], sofria de uma grave crise econômica e social, tendo resolvido, a partir de então, adotar a política do estado mínimo. Porém, no início do [[século XXI]], o país sofreu com [[corporativismo]] exacerbado, gerando uma [[dívida]] gigantesca, o que resultou em uma economia [[Falência|falida]].<ref>{{citar web|url=http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/18605/compreender+a+crise+economica+da+irlanda.shtml|titulo=Compreender a crise econômica da Irlanda|data=dezembro de 2011|acessodata=1 de maio de 2016|obra=|publicado=Opera Mundi|ultimo=|primeiro=}}</ref> |
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Revisão das 15h24min de 18 de agosto de 2017
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O Estado mínimo ou Estado minarquista é um tipo de estado que procura intervir o mínimo possível na economia do país, na expectativa de que tal procedimento maximize o progresso e a prosperidade do país.
Defensores do Estado mínimo pregam que a função do Estado é assegurar os direitos básicos da população. Ou seja, que as únicas funções do Estado seriam a promoção da segurança pública, da justiça e do poder de polícia, além da criação de legislação necessária para assegurar o cumprimento destas funções.[1][2][3]
Os defensores do Estado mínimo são contrários a Estados com grande peso na economia e defendem o livre-mercado.[carece de fontes]
Diferencia-se do anarcocapitalismo porque este último não admite nem mesmo um Estado mínimo, já que acredita que é impossível conter as forças de expansão do Estado nas minarquias, que acabariam evoluindo para um Estado tradicional. De qualquer modo, hoje em dia as diferenças entre minarquistas e anarquistas liberais é teórica. Na prática política, as duas correntes rumam na direção da redução do tamanho dos Estados atuais.
Etimologia
A expressão "estado mínimo" tem sua origem no neoliberalismo, corrente surgida nos anos 1970 e 1980 que procura reviver o capitalismo laissez-faire do liberalismo clássico dos séculos XVIII e XIX.[4]
História
O conceito de "estado mínimo" já era sugerido por Lao-Tsé na China Antiga em seu clássico Tao Te Ching, ao defender que o soberano ideal deveria agir o mínimo possível.[5]
Historicamente, o país mais próximo do minarquismo puro foi os Estados Unidos durante o período de 1780 até 1913. Durante este período, os Estados Unidos se transformaram de uma economia rural e primitiva, que possuía menos de 1% do volume da produção global, para o país mais rico e industrializado do mundo, com um terço da produção industrial global.
A concepção da expressão "estado mínimo" na década de 1970 foi uma reação à maciça presença dos estados nas economias de todo o mundo durante a maior parte do século XX.[4]
A cidade do mundo hoje mais próxima do Estado Mínimo ou Estado Minarquista, segundo os adeptos desta teoria, é Hong Kong, porque tem a melhor proteção da propriedade privada no mundo, a segunda menor carga tributária e praticamente não existem tarifas de importação e exportação. Durante os 99 anos (1898-1997) em que foi administrada sob o conceito minarquista, Hong Kong se tornou uma ilha de prosperidade e riqueza. Outras economias Asiáticas, notadamente alguns dos "Tigres Asiáticos", adotaram políticas semelhantes de baixas tarifas, governo enxuto e confiança na economia de mercado. Talvez o melhor exemplo seja o de Singapura. Porém vale ressaltar que esses estados, embora promotores da livre concorrência, possuem um papel ativo na promoção do desenvolvimento de seus países.[6]
Há casos em que o minarquismo pode parecer não ter melhorado a situação do país. Um desses exemplos é a Irlanda, que, nos anos 1980, sofria de uma grave crise econômica e social, tendo resolvido, a partir de então, adotar a política do estado mínimo. Porém, no início do século XXI, o país sofreu com corporativismo exacerbado, gerando uma dívida gigantesca, o que resultou em uma economia falida.[7]
Ver também
Referências
- ↑ Gregory, Anthory.The Minarchist's Dilemma. Strike The Root. 10 de maio de 2004.
- ↑ Peikoff, Leonard (7 de março de 2011). «What Role Should Certain Specific Governments Play in Objectivist Government?». peikoff.com. Consultado em 24 de dezembro de 2011
- ↑ Peikoff, Leonard (3 de outubro de 2011). «Interview with Yaron Brook on Economic Issues in Today'S World (Part 1)». peikoff.com. Consultado em 24 de dezembro de 2011
- ↑ a b Minto, Lalo Watanabe. «Estado mínimo». Histedbr. Consultado em 1 de maio de 2016
- ↑ C., Tsai (1997). Tao em Quadrinhos. [S.l.]: Ediouro. pp. 52, 53, 85, 86
- ↑ Bertonha, João Fábio. «Modelos para o Brasil: Tigres asiáticos?». Revista Espaço Acadêmico. Consultado em 1 de maio de 2016
- ↑ «Compreender a crise econômica da Irlanda». Opera Mundi. Dezembro de 2011. Consultado em 1 de maio de 2016