Indústria bélica: diferenças entre revisões

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A '''indústria bélica''', '''armamentista''' ou '''militar''' é o [[negócio|comércio]] e a [[indústria]] global que [[indústria manufatureira|fabrica]] e vende [[arma]]s e [[munição|munições]], equipamentos e [[tecnologia militar]]. Compreende no envolvimento, [[governo|governamental]] ou privado, na [[pesquisa e desenvolvimento]], produção de materiais, [[serviço (economia)|serviço]]s, equipamentos e instalações [[militar]]es. As empresas produtoras de armas produzem os mais diversos tipos de armas principalmente para as [[forças armadas]] e [[Forças de segurança|de segurança]] de quase todas as nações. Departamentos governamentais também estão envolvidos na indústria armamentista, comprando e vendendo armas, munições e outros artigos militares. [[Armas de fogo]], [[míssil|mísseis]], [[aviação militar|aeronaves]], veículos e [[navio|embarcações]] militares, entre outros, são os [[subproduto]]s da indústria bélica. Tem um papel significativo no próprio desenvolvimento da [[ciência]] e da [[tecnologia]], principalmente em tempos de [[guerra]]s, como a 1ª e 2ª guerra mundial (''ver: [[Tecnologia durante a Segunda Guerra Mundial]]'').
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A '''indústria bélica''', '''armamentista''' ou '''militar''' é o [[negócio|comércio]] e a [[indústria]] global que [[indústria manufatureira|fabrica]] e vende [[arma]]s e [[munição|munições]], equipamentos e [[tecnologia militar]]. Compreende barneey [[governo|governamental]] ou privada envolvida na pesquisa, desenvolvimento, produção e serviços de materiais, equipamentos e instalações [[militar]]es. As empresas produtoras de armas produzem os mais diversos tipos de armas principalmente para as [[forças armadas]] de quase todas as nações. Departamentos governamentais também estão envolvidos na indústria armamentista, comprando e vendendo armas, munições e outros artigos militares. Armas de fogo, [[míssil|mísseis]], [[aviação militar|aeronaves]], veículos e [[navio|embarcações]] militares, entre outros, são os subprodutos da indústria bélica. Tem um papel significativo no próprio desenvolvimento da [[ciência]] e da [[tecnologia]], principalmente em tempos de [[guerra]]s,como a 1ª e 2ª guerra mundial.
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Cerca de 1.756 trilhões de [[dólar dos Estados Unidos|dólares]] são gastos na indústria militar todos os anos, cerca de 2,7% do [[Produto Interno Bruto]] (PIB) mundial,<ref>[http://www.globalissues.org/article/75/world-military-spending www.globalissues.org]</ref> embora em 1990 esse gasto tenha correspondido a cerca de 4% do PIB mundial. O conjunto de vendas das 100 armas mais vendidas corresponderam a cerca de 315 bilhões de dólares em 2006.<ref>[http://www.sipri.org Stockholm International Peace Research Institute]</ref> O comércio internacional de armas em 2004 movimentou mais de 30 bilhões de dólares,<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/4238644.stm BBC]</ref> embora tenha caído pela metade em 2008.<ref>[http://www.briskfox.com/open/years/2009_q1/do_v_c44802.php Defence sector deal-making is finding itself in a war zone, warns report. 12 March 2009. BriskFox]</ref>


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Muitos [[país industrializado|países industrializados]] têm uma indústria bélica doméstica que satisfazem suas próprias forças armadas. Outros países permitem o comércio legal de algumas armas permitidas para a [[civil|população civil]] com poucas restrições (''ver: [[Direito ao armamento]] e [[Legislação sobre armas de fogo ]]''), como nos [[Estados Unidos]], enquanto que em outros existe uma extensa rede de [[Tráfico de armas|comércio ilegal de armas]], também nesses países, mas principalmente em [[país subdesenvolvido|países subdesenvolvidos]] e em [[país em desenvolvimento|desenvolvimento]].


Em muitas nações, o suprimento armamentista é garantido pelo governo, ganhando grande importância política. A ligação entre [[política]] e a indústria bélica resulta no [[complexo militar-industrial]], termo cunhado pelo ex-presidente americano [[Dwight D. Eisenhower]], onde as forças armadas, o comércio e a política mantêm estreitas relações.
Em muitas nações, o suprimento armamentista é garantido pelo governo, ganhando grande importância política. A ligação entre [[política]] e a indústria bélica resulta no [[complexo militar-industrial]], termo cunhado pelo ex-presidente americano [[Dwight D. Eisenhower]], onde as [[forças armadas]], o comércio e a política mantêm estreitas relações.


Durante a [[Guerra Fria]], a exportação de armas era uma das táticas de influência das principais [[superpotência]]s, os Estados Unidos e a [[União Soviética]], em países do [[Terceiro Mundo]]. A [[corrida armamentista]] também dominou a esfera mundial naquela época, culminando na construção [[arma de destruição em massa|armas de destruição em massa]].
Durante a [[Guerra Fria]], a exportação de armas era uma das táticas de influência das principais [[superpotência]]s, os Estados Unidos e a [[União Soviética]], em países do [[Terceiro Mundo]]. A [[corrida armamentista]] também dominou a esfera mundial naquela época, culminando na construção [[arma de destruição em massa|armas de destruição em massa]].

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|Uma fábrica de armas produzindo <br />munição, durante a <br />[[Primeira Guerra Mundial]].
|Operárias montando pistolas <br />na planta fabril de munições <br />"John Inglis", [[Canadá]], em <br />abril de 1944.
|Gastos militares no mundo (em bilhões de <br />[[Dólar dos Estados Unidos|dólares]]) no ano de 2019 de acordo com <br />dados do [[Stockholm International Peace Research Institute|SIPRI]] (''Stockholm International <br />Peace Research Institute'').<ref>{{citar web|url=https://www.nationalpriorities.org/blog/2020/04/30/us-spends-military-spending-next-10-countries-combined/|título=The U.S. Spends More on Its Military Than the Next 10 Countries Combined|autor=Siddique, Ashik |data=30 de abril de 2020|publicado=nationalpriorities.org {{en}}|acessodata=13 de julho de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>
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== Ver também ==
== Ver também ==

* [[Arma branca]] / [[Arma não letal|não letal]]
* [[Arma de fogo artesanal]]
* [[Arma de fogo artesanal]]
* [[Armeiro]]
* [[Armeiro]]
* [[Ciência militar]]
* [[Economia de guerra]]
* [[Economia de guerra]]
* [[Esforço de guerra]]
* [[Indústria bélica do Brasil]]
* [[Indústria bélica do Brasil]]
* [[PDW]] (''Personal Defense Weapon'' - "arma de fogo para defesa pessoal")
* [[Propaganda de guerra]]


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Revisão das 05h16min de 13 de julho de 2021

Indústria bélica

Operária numa fábrica de
armas australiana em 1943.

Tipo
ramo da economia (en)
Características
Composto de
fabricante de armas (d)
Funcionamento
Produto

A indústria bélica, armamentista ou militar é o comércio e a indústria global que fabrica e vende armas e munições, equipamentos e tecnologia militar. Compreende no envolvimento, governamental ou privado, na pesquisa e desenvolvimento, produção de materiais, serviços, equipamentos e instalações militares. As empresas produtoras de armas produzem os mais diversos tipos de armas principalmente para as forças armadas e de segurança de quase todas as nações. Departamentos governamentais também estão envolvidos na indústria armamentista, comprando e vendendo armas, munições e outros artigos militares. Armas de fogo, mísseis, aeronaves, veículos e embarcações militares, entre outros, são os subprodutos da indústria bélica. Tem um papel significativo no próprio desenvolvimento da ciência e da tecnologia, principalmente em tempos de guerras, como a 1ª e 2ª guerra mundial (ver: Tecnologia durante a Segunda Guerra Mundial).

Tecnologias como câmeras digitais, radar, drones, GPS, internet, etc., foram originalmente desenvolvidas pela indústria bélica para fins militares.[1][2] As Spin-off's ("empresas derivadas") adaptaram tais tecnologias para o uso civil.[1][2]

Cerca de 1.756 trilhões de dólares são gastos na indústria militar todos os anos, cerca de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial,[3] embora em 1990 esse gasto tenha correspondido a cerca de 4% do PIB mundial. O conjunto de vendas das 100 armas mais vendidas corresponderam a cerca de 315 bilhões de dólares em 2006.[4] O comércio internacional de armas em 2004 movimentou mais de 30 bilhões de dólares,[5] embora tenha caído pela metade em 2008.[6]

Muitos países industrializados têm uma indústria bélica doméstica que satisfazem suas próprias forças armadas. Outros países permitem o comércio legal de algumas armas permitidas para a população civil com poucas restrições (ver: Direito ao armamento e Legislação sobre armas de fogo ), como nos Estados Unidos, enquanto que em outros existe uma extensa rede de comércio ilegal de armas, também nesses países, mas principalmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.

Em muitas nações, o suprimento armamentista é garantido pelo governo, ganhando grande importância política. A ligação entre política e a indústria bélica resulta no complexo militar-industrial, termo cunhado pelo ex-presidente americano Dwight D. Eisenhower, onde as forças armadas, o comércio e a política mantêm estreitas relações.

Durante a Guerra Fria, a exportação de armas era uma das táticas de influência das principais superpotências, os Estados Unidos e a União Soviética, em países do Terceiro Mundo. A corrida armamentista também dominou a esfera mundial naquela época, culminando na construção armas de destruição em massa.

Uma fábrica de armas produzindo
munição, durante a
Primeira Guerra Mundial.
Operárias montando pistolas
na planta fabril de munições
"John Inglis", Canadá, em
abril de 1944.
Gastos militares no mundo (em bilhões de
dólares) no ano de 2019 de acordo com
dados do SIPRI (Stockholm International
Peace Research Institute
).[7]

Ver também

Referências

  1. a b McFadden, Christopher (7 de junho de 2020). «9 Military Spin-Off Technologies We Use Almost Everyday». interestingengineering.com (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2021 
  2. a b Burress, Ben (23 de julho de 2019). «Nine Major Innovations You Can Thank Space Program For». KQED (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2021 
  3. www.globalissues.org
  4. Stockholm International Peace Research Institute
  5. BBC
  6. Defence sector deal-making is finding itself in a war zone, warns report. 12 March 2009. BriskFox
  7. Siddique, Ashik (30 de abril de 2020). «The U.S. Spends More on Its Military Than the Next 10 Countries Combined». nationalpriorities.org (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2021 
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