Cláudio Taffarel

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Taffarel
[[Ficheiro:ClaudioTaffarel.JPG Taffarel]]
Taffarel em 2012, como treinador de goleiros do Galatasaray.
Informações pessoais
Nome completo Cláudio André Mergen Taffarel
Data de nasc. 8 de maio de 1966 (58 anos)
Local de nasc. Santa Rosa (RS),  Brasil
Altura 1,82 m
Destro
Apelido Taffa, São Taffarel,
O homem das mãos santas
Informações profissionais
Clube atual Turquia Galatasaray
Posição Treinador de goleiros
(ex-Goleiro)
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
19851990
1990–1993
1993–1994
19951998
1998–2001
2001–2003
Total
Brasil Internacional
Itália Parma
Itália Reggiana (emp.)
Brasil Atlético Mineiro
Turquia Galatasaray
Itália Parma
00252 000(0)
00079 000(0)
00031 000(0)
00191 000(0)
00129 000(0)
00008 000(0)
00690 000(0)
Seleção nacional
19881998 Brasil Brasil 00104 000(0)
Times/clubes que treinou
2004
2011
Turquia Galatasaray (treinador de goleiros)
Turquia Galatasaray (treinador de goleiros)
Medalhas
Jogos Olímpicos
Prata Seul 1988 Futebol
Jogos Panamericanos
Ouro Indianápolis 1987

Futebol

Cláudio André Mergen Taffarel (Santa Rosa, 8 de maio de 1966) é um ex-futebolista brasileiro que atuava como goleiro.

Reconhecidamente um dos maiores ídolos da história da Seleção Brasileira,e considerado por muitos,um dos melhores goleiros de todos os tempos, Taffarel pela seleção principal soma 104 jogos oficiais, 09 jogos não oficiais e mais 6 jogos da seleção Olímpica e 4 jogos da seleção do Pan americano somando 123 jogos, participando de três Copas do Mundo (1990, 1994 e 1998), sendo uma das principais peças do tetracampeonato. Integra o Hall da Fama da seleção no Museu do Futebol Brasileiro, ao lado de jogadores como Pelé, Zico, Romário e Ronaldo.

Caracterizou-se por ser um especialista em defender pênaltis, ganhando até um bordão do narrador Galvão Bueno, o "Vai que é sua, Taffarel!", repetido por Galvão devido a colocação perfeita e difíceis defesas do arqueiro.

Origens

Pertencente à uma família pobre de descendentes de imigrantes italianos e alemães, passou a infância na cidade de Crissiumal, coincidentemente a mesma cidade onde nasceu o também goleiro Danrlei.

Carreira

Internacional (1985-1990)

Começou a jogar profissionalmente no Internacional em 1985, se tornou ídolo imediato de uma torcida acostumada com goleiros sensacionais como Manga e Benítez. Muito jovem, Taffarel marcou presença no Brasileiro de 1986, quando foi uma das revelações da competição. Taffarel rapidamente se tornou uma presença nacional de destaque, com sua convocação para seleção sendo praticamente exigida por toda a torcida brasileira devido a suas grandes atuações no Inter.

Na final da Copa União de 1987 (Campeonato Brasileiro) foi um dos destaques do colorado, no ano seguinte levou o Inter a mais uma final de Campeonato Brasileiro de 1988, entretanto, nas duas oportunidades acabou ficando com o vice-campeonato. A única decepção de sua carreira foi a de, apesar de ser um dos maiores ídolos da história do clube, jamais ter conquistado um título pelo Internacional. Taffarel disputou 24 Gre-Nais com a camisa do colorado.

Parma (1990-1993/2001-2003)

O melhor goleiro brasileiro no final da década de 80 e em toda a década de 90, Taffarel era sinônimo de ser goleiro, ídolo nacional. Construiu sua carreira europeia no Parma da Itália, que o contratou após a Copa do Mundo de 1990 na Velha Bota. Taffarel jogou no Parma por 5 temporadas; sua primeira passagem foi de 90 à 93, período em que conquistou 2 títulos importantes: a Copa da Itália em 1992 e Recopa Europeia em 1993. Estreou com a camisa número 1(um) do clube italiano na temporada 1990-1991, jogando todas as 34 partidas do Campeonato Italiano, repetiu o feito na temporada 1991-1992. Seu retorno ao clube aconteceu já no final de sua carreira, na temporada 2001-2002, com tempo de conquistar mais um título no seu currículo: a Copa da Itália de 2002, na final contra a Juventus de Turim na vitória por 1x0 com boas defesas do brasileiro. Nessa época Taffarel era sondado por vários clubes do Brasil: Corinthians, Cruzeiro e Fluminense. Entretanto, em 2003, aos 37 anos, o brasileiro preferiu encerrar sua carreira na Europa em território italiano.

Reggiana (1993-1994)

Na temporada 1993-94, Taffarel foi emprestado do Parma para o Reggiana da Itália; o reforço do brasileiro, fez com que o time permanecesse na Serie A para a próxima temporada. Defendeu um pênalti na última rodada do italiano em 94 contra o Milan. Taffarel foi considerado um dos melhores goleiros do Campeonato Italiano de 1994, o que lhe rendeu a convocação para Copa do Mundo nos EUA naquele mesmo ano.

Atlético Mineiro (1995-1998)

Taffarel chegou ao Atlético em 1995 comprado do Parma da Itália por R$ 1,3 milhões de reais, até então a contratação de goleiro mais cara da história do futebol brasileiro, sua chegada foi celebrada por uma grande festa pelas ruas de Belo Horizonte, o Atlético organizou uma carreata com a presença inclusive de trio elétrico, contando com milhares de pessoas o acompanhando a carreata que durou por cerca de 3 horas. Taffarel fez sua estreia pelo Galo em um amistoso contra o Flamengo em 10 de fevereiro de 1995, no qual o placar final foi de 3 à 2 para o Atlético. Atuou pelo Atlético dos anos de 1995 até 1998 sendo seu último jogo pelo time mineiro na vitória sobre a Caldense por 2 a 0, jogo válido pelo Campeonato Estadual. Foi para a Copa de 1998 convocado pela seleção, e de lá partiu para o Galatasaray da Turquia, numa negociação que custou seiscentos mil dólares. Devido ao carinho que ele criou pela torcida atleticana, em sua saída ele escreveu uma carta pública a torcida explicando os motivos que o fizeram decidir por sair do clube, essa carta foi publicada no jornal O Estado de Minas em 12 de julho de 1998.

O ex-jogador participou no total de 191 jogos com a camisa alvinegra e levou 203 gols no total, nesse tempo Taffarel conquistou 3 títulos sendo eles o Campeonato Mineiro de Futebol de 1995, a Copa Centenário de Belo Horizonte em 1997 e a Copa Conmebol 1997. Taffarel também é o 4º goleiro que mais atuou pelo clube durante sua história.

Galatasaray (1998-2001)

Na Europa, ainda é lembrado por ter parado o grande atacante francês Thierry Henry na final da Copa da UEFA do ano 2000. Taffarel era na época goleiro do Galatasaray e esse foi o primeiro

Taffarel e fã do Galatasaray, 2014.

título continental do clube turco. Na Final, o Galatasaray e o Arsenal defrontaram-se no Estádio Parken, na Dinamarca, num jogo bastante equilibrado, que terminou num empate a zero no fim dos noventa minutos e se estendeu até ao prolongamento. Na decisão pela marcação das grandes penalidades, o Galatasaray levou a melhor, vencendo por 4-1. Ergün Penbe, Hakan Şükür, Ümit Davala e Gheorghe Popescu marcaram para o Galatasaray, não possibilitando nenhuma defesa a David Seaman. Do lado do Arsenal, apenas Ray Parlour concretizou, sendo que Davor Šuker e Patrick Vieira falharam contra Taffarel.

Com esta vitória na Copa da UEFA, o Galatasaray fez história ao conquistar quatro troféus numa só época, juntando esta conquista ao Campeonato Turco, Taça da Turquia e a Supercopa Europeia em 2000. A decisão da Supercopa Europeia, disputada em agosto de 2000 no Estádio Olimpíco de Mônaco, reunia o Galatasaray, campeão da Copa da UEFA e o Real Madrid, campeão da Champions League. O Galatasaray venceu por 2 a 1, conquistando assim o quarto título da temporada, um recorde não superado até hoje no futebol turco. A contribuição do Taffarel naquela temporada, foi espetacular, levando o Galatasaray a ser o segundo no ranking da IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol), ficando atrás apenas do clube madrilenho. Sua atuação pelo time de Istambul entre 1998 e 2001, foi intensa, considerado um verdadeiro fenômeno entre a garotada turca.

Taffarel é idolatrado até hoje pela fanática torcida do Galatasaray, um dos grandes clubes da Turquia. Em 2012 foi contratado para ser o treinador de goleiros no clube turco.[1]

Seleção Brasileira

Olimpíadas

Começou a se destacar nas Olimpíadas de Seul em 1988, quando espantou o mundo, fechando o gol do Brasil na semifinal contra a Alemanha. Naquela partida, Taffarel defendeu três pênaltis, um na prorrogação e, mais dois na decisão das penalidades. Com o feito, levou o Brasil a grande final contra a antiga União Soviética, porém, na grande final, deixou escapar o ouro, perdendo o jogo por 1 a 0, se tornado vice-campeão olímpico, com a medalha de prata. A partir dali, Taffarel começava a aparecer no cenário do futebol mundial, com grandes atuações no Inter e na seleção, fizeram com que os italianos o levassem ao Parma, para ser o primeiro goleiro brasileiro a jogar no futebol italiano.

Seleção principal

Pela Seleção Brasileira, Taffarel tem o maior número de jogos de um goleiro da história, foram 123 aparições, com 113 jogos pela seleção principal. Cláudio Taffarel soma 4 jogos oficiais restritivos pela seleção dos Jogos Panamericanos de 1987 em Indianápolis e 6 jogos nas Olimpíadas de Seul 1988. Outro triunfo foi também ter jogado as edições das Copas de 90 na Itália, 94 nos Estados Unidos e 98 na França. Taffarel sofreu 15 gols nos 18 jogos em que defendeu o Brasil nas Copas do Mundo. Seu grande ápice na Seleção Brasileira foi a campanha rumo ao título na Copa do Mundo de 1994, defendendo uma das cobranças na disputa por pênaltis contra a Itália em plena final. Também disputou a final de 1998, perdida para a França.[2]

O bordão "Vai que é sua, Taffarel!", criado pelo narrador Galvão Bueno para as defesas do goleiro.

O ponto forte: defesa de pênaltis

Começou a ser destaque nesse quesito, no Campeonato Mundial Sub-20, na conquista do título em 1985. Ele defendeu um pênalti no tempo normal na semifinal contra a Nigéria, garantindo a vitória por 2 à 0 ao Brasil. Taffarel sofreu apenas um gol no Mundial Sub-20 que foi disputado na antiga União Soviética, entre os meses de agosto e setembro de 85. Nas Olimpíadas de Seul em 1988, novamente foi a grande estrela do Brasil, defendeu três pênaltis na semifinal contra a Alemanha.

Na Copa do Mundo de 1994, Taffarel foi o principal responsável pela conquista do Tetra, defendendo um pênalti de Daniele Massaro na final contra a Itália de Baggio. No ano seguinte, Copa América de 1995, semifinal contra a Argentina, dois pênaltis defendidos contra nossos maiores rivais. Na Copa do Mundo de 1998 na França, Taffarel mostrou ao mundo que era mesmo o maior pegador de pênaltis de sua época, fechou o gol na semifinal contra a Holanda, simplesmente o arqueiro do Brasil foi na bola nas quatro cobranças, defendendo duas, garantindo a vitória ao Brasil por 4x2, levando o país do futebol a sua segunda final de Copa do Mundo consecutiva. A última disputa por pênaltis da sua carreira foi na final da Copa da UEFA, em 17 de Maio de 2000, quando defendia as cores do Galatasaray, da Turquia, vencendo o Arsenal, da Inglaterra, por 4x1.

Prêmios e recordes

A IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol), retrata Taffarel como um dos melhores da história. Entre 1989 e 2013, Taffarel já esteve presente em 13 listas. Quando ainda era jogador, destacou-se por oito vezes entre os dez melhores do mundo. Com a carreira finalizada em 2003, aos 37 anos, Taffarel ainda foi considerado o 10º melhor goleiro do mundo na história da IFFHS, por cinco anos consecutivos (2009, 2010, 2011, 2012, 2013) entre os anos de 1987 e 2013.

Taffarel é o único goleiro campeão mundial da história a defender um pênalti numa final de Copa do Mundo. Tornou-se também o único jogador da Seleção Brasileira a nunca ser substituído em três Copas do Mundo consecutivas: 1990, 1994 e 1998, num total de 18 jogos como titular absoluto. Taffarel é dono do recorde em jogos de um goleiro brasileiro na história da Copa América, foram 25 partidas em 5 edições disputadas: 1989, 1991, 1993, 1995 e 1997, foi bicampeão vencendo em 1989 e 1997.

Estatísticas

Seleção Brasileira

Seleção Ano Jogos Gols
Brasil Brasil 1987 4 0
1988 16 0
1989 16 0
1990 7 0
1991 10 0
1992 2 0
1993 15 0
1994 9 0
1995 5 0
1996 0 0
1997 15 0
1998 15 0
Jogos não-oficiais 9 0
Total 123 0

Títulos

Parma
Atlético Mineiro
Galatasaray
Seleção Brasileira

Campanhas de destaque

Brasil
Internacional

Prêmios Individuais

Ligações externas

Referências