Estádio Salvador Venâncio da Costa
Ninho da Águia | |
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Nomes | |
Nome | Estádio Salvador Venâncio da Costa |
Apelido | Ninho da Águia |
Características | |
Local | Vitória, Espírito Santo, Brasil |
Gramado | Grama natural |
Capacidade | 3.000 espectadores[1][2] |
Construção | |
Data | 1962 |
Inauguração | |
Data | 2 de abril de 1967 |
Partida inaugural | Vitória 0–1 Botafogo (RJ) |
Recordes | |
Público recorde | 7.000 espectadores |
Data recorde | 9 de abril de 2006 |
Partida com mais público | Vitória 3–1 Estrela do Norte |
Proprietário | Vitória Futebol Clube |
Administrador | Vitória Futebol Clube |
O Estádio Salvador Venâncio da Costa, apelidado de Ninho da Águia, é um estádio de futebol localizado no bairro de Bento Ferreira, no município de Vitória, no Espírito Santo. Pertence ao Vitória Futebol Clube, o mais antigo clube profissional do estado, e tem capacidade para 3.000 espectadores.[1] Inaugurado em 1967, recebeu o nome do presidente do clube, um dos principais responsáveis pela construção do estádio.
História[editar | editar código-fonte]
Durante muitos anos, o clube não possuiu sede e nem patrimônio. As reuniões dos jogadores eram realizadas em espaços cedidos, como o galpão de Antenor Guimarães. Jogos de camisa, bolas, material de treinamento, documentos e outros pertences ficavam guardados em residências de jogadores ou dirigentes.[3]
Assim foi até o início da década de 1950, quando iniciativas mais concretas foram tomadas no sentido de dar ao clube uma sede definitiva, e um estádio próprio. Em 1951, o presidente Arnaldo Andrade adquiriu um terreno em Jardim América, Cariacica, onde hoje se encontra o Estádio Engenheiro Araripe. A área, toda formada por alagados, foi adquirida por 80 contos, pagáveis à ordem de dez contos por mês. Como não havia dinheiro para mandar aterrar o local, o terreno jamais foi usado pelo Vitória. O clube, anos depois, terminou se desfazendo dele. Outro terreno comprado pelo Vitória, onde chegou a funcionar a loja Empório Capixaba, acabou sendo tomado pelo governo do Estado, que prometeu conceder outro em troca, como doação por escritura pública. Foi assim que o Vitória recebeu o terreno que atualmente ocupa, em Bento Ferreira.[3]
Desde 1920, os esportistas e dirigentes alvianis sonhavam com a construção de um estádio de futebol para o Vitória Futebol Clube. Até meados da década de 60, os jogos do alvianil eram realizados no Estádio Governador Bley, em Jucutuquara.
Obras[editar | editar código-fonte]
As obras de construção do estádio do Vitória começaram em 1962, quando os torcedores Aílson Lima Cabral e Aprígio Vieira Gomes conseguiram fazer com que uma draga utilizada em um aterro nos arredores, despejasse areia também ali.[4]
Em 1965, começaram as obras da segunda etapa de construção do estádio. Neste ponto, vale destacar a atuação do presidente do clube, Salvador Venâncio da Costa, que se valeu de todos os recursos e sacrifícios para ver a obra concluída. O clube ainda usou carnês, rifas e vendeu títulos para ajudar, mas mesmo esses esforços resultaram insuficientes. A obra foi terminada, mas Salvador Costa sofreu um abalo financeiro dos mais sérios. E assim aconteceu. O estádio, inaugurado em 2 de abril de 1967, recebeu o seu nome. O jogo inaugural foi o amistoso Vitória 0 x 1 Botafogo-RJ.[4]
45 anos[editar | editar código-fonte]
Nestes 45 anos, foram realizados mais de 600 jogos oficiais do Vitória Futebol Clube, em competições estaduais e nacionais. Vários são os jogadores que fizeram história nos gramados do Salvador Costa. Podemos destacar: Paulo Vítor, Luiz Carlos Sá, Mazine, Manga, Naldo, Fontana, Morango, Evandro, Zezinho, Pereira, Oswaldir, Sérgio Cogo, Elias, Edvaldo, Paulo Sérgio, Hércules, Kempes e tantos outros que vestiram e honraram a camisa alvianil.
Recorde[editar | editar código-fonte]
O maior público registrado no Estádio Salvador Venâncio da Costa (também conhecido como Ninho da Águia), aconteceu no dia 9 de abril de 2006, na final do Capixabão 2006, quando o Vitória Futebol Clube conquistou o seu nono título estadual vencendo o Estrela do Norte, de Cachoeiro de Itapemirim, pelo placar de 3 a 1, o público presente era de mais de 7 mil espectadores, acomodados nas arquibancadas originais do estádio e em arquibancadas pré-moldadas colocadas atrás dos gols e na lateral do campo, oposta às cabines.
Homenagens[editar | editar código-fonte]
Em homenagem aos jogadores Kempes e Ailton Canela que faleceram no acidente aéreo ocorrido com a delegação da Chapecoense na Colômbia em 28 de novembro de 2016, foi inaugurado no estádio na estreia do Vitória no Campeonato Capixaba de 2017 um camarote com o nome dos dois jogadores que tiveram passagem pelo clube. Kempes foi campeão capixaba em 2006 e Ailton Canela atuou em 2013.[5]
Referências
- ↑ a b «Cadastro Nacional de Estádios de Futebol - 2016» (PDF). CBF. 18 de janeiro de 2016. Consultado em 3 de março de 2016
- ↑ «Globo Esporte:Após obras, estádio Salvador Costa recebe alvará e tem a sua capacidade máxima aumentada». 22 de julho de 2020. Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ a b «Vitória-ES 100 anos: meninos de 'sangue azul' criam futebol capixaba». globoesporte.com. 1 de outubro de 2012. Consultado em 17 de fevereiro de 2017
- ↑ a b «Vitória e Rio Branco se enfrentam em taça de 50 anos do Estádio Salvador Costa». globoesporte.com. 6 de julho de 2017. Consultado em 7 de julho de 2017
- ↑ «Vitória-ES e Tupy-ES homenageiam a Chape na 1ª rodada do Capixabão». globoesporte.com. 30 de janeiro de 2017. Consultado em 31 de janeiro de 2017