Estica

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Estica (em inglês antigo: stica ou styca; pl. stycas) foi uma pequena moeda cunhada na Nortúmbria pré-viquingue, originalmente em prata e depois em cobre. A produção começou nos anos 790 e continuou até os anos 850, embora a moeda permaneceu em circulação até a conquista viquingue da Nortúmbria em 867.

História[editar | editar código-fonte]

Estica de Etelredo II

As esticas foram cunhadas pela primeira vez no reinado de Etelredo I (r. 790–796), substituindo as anteriores escetas que deixaram de ser produzidas em ca. 790.[1] Foram inicialmente feitas com uma liga de prata, e de ca. 830 até ca. 835 foram também cunhadas numa liga de cobre. A produção foi totalmente feira em cobre em ca. 837 e durou até ca. 855. A produção parou nesse tempo, embora ficou em circulação até a conquista viquingue da Nortúmbria em 867.[2] Esticas foram únicas da Nortúmbria; do final do século VIII em diante os demais reinos anglo-saxões só cunharam pênis de prata com base no dinheiros francos.[3][4] As várias esticas de cobre conhecidas indicam que a produção dos anos 830 em diante foi intensa e constante. A maior parte das esticas produzidas, combinado com o fato do maior número de esticas serem claramente de criação não oficial, pode sugerir uma razão do porquê a produção foi interrompida no reinado de Osberto da Nortúmbria.[2]

Desenho[editar | editar código-fonte]

Com algumas exceções, as várias esticas emitidas compartilha um desenho padrão comum. Tipicamente o nome do rei (ou arcebispo) aparece num lado cercando um motivo central, e o nome do cunhador aparece no outro lado. Os motivos centrais comuns incluem um simples padrão cruciforme e anéis de aneletes. As exceções incluem aquelas esticas feitas pelo cunhador Leofdegn durante o reinado de Etelredo II. Essas esticas apresentam desenhos muito mais elaborados incluindo um complexo padrão cruciforme central e um com um padrão de cão e triquetra do mesmo lado.[5]

Referências

  1. Cook 2006, p. 213.
  2. a b Cook 2006, p. 214.
  3. Davies 2010, p. 125.
  4. Skingley 2014, p. 101.
  5. Skingley 2014, p. 103–105.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Cook, Barrie J.; Williams, Gareth; Archibald, Marion (2006). Coinage And History in the North Sea World, C. AD 500–1250: Essays in Honour of Marion Archibald. Leida: BRILL. ISBN 90-04-14777-2 
  • Davies, Glyn (2010). History of Money. Cardiff, Gales: University of Wales Press. ISBN 978-0-7083-2379-3 
  • Skingley, Philip (2014). Coins of England & the United Kingdom: Standard Catalogue of British Coins 2015. Londres: Spink & Sons Ltd. ISBN 978-1-907427-43-5