Etnopluralismo

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O etnopluralismo, às vezes chamado etno-diferencialismo, é um conceito, formulado na sua forma moderna pelo teórico político francês e membro fundador da Nouvelle Droite, Alain de Benoist, que se baseia na preservação e o respeito mútuo de regiões etnoculturais separadas e limitadas.[1][2][3][4] Entre os componentes finque estão o "direito à diferença" (francês: droit à la Difference) e um forte apoio à diversidade cultural a nível mundial e não a nível nacional. Segundo seus promotores, os elementos culturais estrangeiros significativos numa determinada região devem ser assimilados culturalmente para procurar a homogeneização cultural neste território, a fim de que as diferentes culturas prosperem em suas respectivas áreas geográficas.[5][6][3]

Seus proponentes descrevem o etnopluralismo como um "mundo no qual muitos mundos podem caber" e uma alternativa ao multiculturalismo e a globalização, alegando que se esforça para manter vivas as diferentes culturas do mundo, abraçando a sua singularidade e evitando uma doutrina mundial em que diferentes regiões possam ser cada vez mais vistas como culturalmente semelhantes ou idênticas. Os críticos vêem o projecto como uma forma de "apartheid global", e os académicos têm destacado similitudes ideológicas próximas com conceitos promovidos por ativistas neofascistas franceses na década de 1950.[6][7][8] consideram simplesmente um "novo racismo".[9] Pierre-André Taguieff, citado por Steven Forti, defineu o etnopluralismo como uma forma de neorracismo ou de racismo cultural.

Referências

  1. Griffin, Roger; Feldman, Matthew (2004). Fascism: Post-war fascisms. [S.l.]: Taylor & Francis. 84 páginas. ISBN 9780415290203 
  2. Jackson, P.; Shekhovtsov, A. (17 de octubre de 2014). The Post-War Anglo-American Far Right: A Special Relationship of Hate. [S.l.]: Springer. ISBN 9781137396211  Verifique data em: |data= (ajuda)
  3. a b Bar-On, Tamir (2001). «The Ambiguities of the Nouvelle Droite, 1968–1999». The European Legacy. 6 (3): 333–351. doi:10.1080/10848770120051349 – via Taylor & Francis 
  4. McCulloch, Tom (1 de agosto de 2006). «The Nouvelle Droite in the 1980s and 1990s: Ideology and Entryism, the Relationship with the Front National». French Politics (em inglês). 4 (2): 158–178. ISSN 1476-3419. doi:10.1057/palgrave.fp.8200099 
  5. Spektorowska, Alberto (2003). «The New Right: ethno-regionalism, ethno-pluralism and the emergence of a neo-fascist 'Third Way'». Journal of Political Ideologies. 8: 111–130. doi:10.1080/13569310306084 
  6. a b Deland, Mats; Minkenberg, Michael; Mays, Christin (2014). In the Tracks of Breivik: Far Right Networks in Northern and Eastern Europe. [S.l.]: LIT Verlag Münster. ISBN 9783643905420. Consultado em 22 de diciembre de 2017  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. François, Stéphane (23 de mayo de 2013). «Dominique Venner et le renouvellement du racisme». Fragments sur les Temps Présents (em francês). Consultado em 12 de agosto de 2019  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. Taguieff, Pierre-André (1981). «L'Héritage nazi. Des Nouvelles Droites européennes à la littérature niant le génocide». Les Nouveaux Cahiers (reproduced in PHDN) 
  9. Mudde, Cas (2021) [2019]. La ultraderecha hoy [The Far Right Today]. Barcelona: Paidós. ISBN 978-84-493-3783-3  templatestyles stripmarker character in |ultimo= at position 1 (ajuda)