Eucalyptus viminalis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaEucalyptus viminalis
Eucalyptus viminalis
Eucalyptus viminalis
Classificação científica
Reino: Plantae
Filo: Tracheophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Myrtaceae
Género: Eucalyptus
Espécie: E. viminalis
Nome binomial
Eucalyptus viminalis
Labill
Distribuição geográfica

Eucalyptus viminalis (também conhecido pelo nome popular Eucalipto-de-fita) é uma árvore do gênero Eucalyptus, originária da Austrália.

Descrição[editar | editar código-fonte]

É uma angiosperma, com cerca de 30 m de altura, podendo chegar até 50 m. É uma árvore anual e perene.

Nativa da Austrália, das regiões de Victoria, Tasmânia, Austrália Meridional e Nova Gales do Sul.

Tem tendência populacional estável. É uma espécie considerada quase ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). [1]

Características[editar | editar código-fonte]

Possui tronco ereto revestido por uma casca lisa ou áspera na parte inferior, próxima à base, e casca lisa na parte superior. Coloração de cinza a cinza-escuro. É pouco fibrosa.

As folhas jovens são opostas, de formato lanceolado e de cor verde opaca (sem brilho). As folhas adultas são disjuntas, lanceoladas ou estreito-lanceoladas, de um verde brilhante com ambas as faces de mesma cor, com 8 a 20 cm de comprimento e 0,8 a 2,5 cm de largura.

As flores são brancas e triflora (três flores), característica que diferencia o Eucalyptus viminalis das demais espécies do gênero Eucalyptus. Pedúnculos são estreitamente achatados ou angulares, com 4 a 8 mm de comprimento. Os botões são ovoides, com 5 a 8 mm de comprimento e 3 a 5 mm de diâmetro.

O fruto é globular ou ovoide, com 4-8mm de comprimento e 4-9mm de diâmetro. São deiscentes.[2]

Multiplicação[editar | editar código-fonte]

A propagação acontece exclusivamente por sementes. As sementes são pequenas, podendo ser acinzentadas até marrons/pretas.

Habitat[editar | editar código-fonte]

É encontrado em regiões de altitude e de baixas temperaturas.

O habitat dessa espécie sofre declínio devido ao desmatamento e cultivo associados à agricultura e pecuária.

Distribuição no Brasil[editar | editar código-fonte]

O Eucalyptus viminalis não é uma planta nativa do Brasil. [3]

Está presente no Nordeste (Ceará), Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina)

Usos[editar | editar código-fonte]

O Eucalyptus viminalis é culturalmente importante para os indígenas australianos, pela sua grande variedade de usos e de significados.

A madeira é róseo-clara ou amarelada, sendo usada em construções e adequada para reflorestamentos. É altamente resistente a baixas temperaturas e a geadas, sendo indicado para regiões frias. Por conta disso, é cultivado amplamente na região Sul do Brasil. A madeira ainda é utilizada para caixotaria, escoras, mourões e lenha.

O Eucalyptus viminalis é uma das espécies de eucalipto mais utilizadas para a produção de energia renovável.[4]

Ele ainda é utilizado na apicultura (produção de mel), na fitoterapia e na aromaterapia, pelos seus óleos essenciais[5].

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Eucalyptus viminalis foi descrita primeiramente pelo botânico francês Jacques Labillardière, em 1806, em seu livro Novae Hollandiae Plantarum Specimen, que descreve a flora da Austrália.

Nomes populares[editar | editar código-fonte]

Brasil: Eucalipto

Austrália: Gippsland manna gum; manna gum; ribbon gum; rough-barked manna gum; white gum

Austrália/Nova Gales do Sul: Ribbon gum; white gum

Austrália/Austrália Meridional: Rough-barked manna gum

Austrália/Tasmânia: White gum

Austrália/Victoria: Gippsland manna gum; rough-barked manna gum

Alemanha: Gummibaum, Australischer Manna-; Gummibaum, Weiss-

Itália: Eucalipto bianco[6]

Sinônimos relevantes[editar | editar código-fonte]

Eucalyptus angustifolia Desf. ex Link

Eucalyptus crucivalvis F.Muell. ex Miq.

Eucalyptus gunnii Miq.

Eucalyptus huberiana Naudin

Eucalyptus patentiflora F.Muell.

Eucalyptus pilularis DC.

Eucalyptus saccharifera F.Muell. ex Miq.[7]

Referências

  1. Fensham, Laffineur, B. & Collingwood, T., R., B., T. (2019). «Eucalyptus viminalis». The IUCN Red List of Threatened Species. Consultado em 13 de novembro de 2022 
  2. Hill, K. «Eucalyptus viminalis Labill.». PlantNET. Consultado em 13 de novembro de 2022 
  3. «Eucalyptus viminalis». Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Consultado em 12 de novembro de 2022 
  4. «Perguntas e Respostas». Portal Embrapa. Consultado em 12 de novembro de 2022 
  5. Antônio, Rodrigo Damian (2021). «Caracterização fitoquímica, morfoanatomia e atividades biológicas de Eucalyptus badjensis Beuzev. e Welch, Myrtaceae». Acervo digital Universidade Federal do Paraná. Caracterização fitoquímica, morfoanatomia e atividades biológicas de Eucalyptus badjensis Beuzev. e Welch, Myrtaceae: 58. Consultado em 13 de novembro de 2022 
  6. «Eucalyptus viminalis (ribbon eucalyptus)». www.cabi.org. Consultado em 13 de novembro de 2022 
  7. «Detalha Taxon Publico». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 13 de novembro de 2022