Fábio Garcia

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Fábio Garcia
Fábio Garcia
Secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso
Período 10 de julho de 2023 até o momento.
Deputado federal por Mato Grosso
Período 1 de fevereiro de 2023
até o momento.

1 de fevereiro de 2015
até 1 de fevereiro de 2019[1]

Secretário de Governo de Cuiabá
Período 1 de janeiro de 2013 a 5 de abril de 2014[1]
Prefeito Mauro Mendes[2]
Dados pessoais
Nome completo Fábio Paulino Garcia[3]
Nascimento 29 de junho de 1977 (46 anos)[3]
Brasília, DF[3]
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Universidade Harvard[3]
Partido PSB (2009-2018)
DEM (2018-2022)
UNIÃO (2022-presente)
Profissão Engenheiro civil[3]

Fábio Paulino Garcia (Brasília, 29 de junho de 1977) é um empresário, engenheiro civil e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO). Deputado federal, ele está licenciado do mandato e ocupa o cargo de secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso. Garcia também é o primeiro suplente do senador Jayme Campos e exerceu seu mandato temporário de Senador da República por Mato Grosso.

Família e educação[editar | editar código-fonte]

Garcia é filho do empreiteiro Robério Garcia e de Laura Paulino Garcia.[4] Seu avô García Neto foi prefeito de Cuiabá e governador de Mato Grosso.[4] Garcia é casado com Marcella Marchett, com quem tem duas filhas.

Em 1998, Garcia graduou-se em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Entre 1999 e 2000, cursou pós-graduação em Finanças e Administração de Empresas na Universidade Harvard.[3]

Garcia iniciou sua carreira profissional como analista de investimentos na Enron Corporation em Houston -Tx. Em 2004 se tornou gerente de desenvolvimento de novos negócios para Abengoa em Madri, Espanha. Garcia retornou ao Brasil em 2006 e ocupou o cargo de CEO das multinacionais Pantanal Energia, Gás Ocidente de Mato Grosso e Gás Oriente Boliviano.[3]

Também foi diretor da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), de 2006 a 2012, e Presidente do Sindicato de Energia do Estado de Mato Grosso, durante os anos de 2010 a 2012.

Garcia declarou à Justiça Eleitoral em 2014 possuir um patrimônio de R$ 3,492 milhões.[8] O valor reduziu para R$ 2,983 milhões em 2018.[9] Em 2022, ele declarou um patrimônio de R$ 4,131 milhões.

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Em 2013, Garcia foi designado secretário de governo de Cuiabá pelo prefeito Mauro Mendes.[2] Deixou o cargo em 2014, para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).[5] Em outubro, foi eleito o terceiro deputado federal mais votado do estado naquela eleição, com 104.976 votos, ou 7,22% dos votos válidos.[6]

Durante a 55.ª Legislatura, Garcia foi titular das comissões de Minas e Energia, de Turismo e de Constituição e Justiça e de Cidadania.[1] Em 2016, votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff.[7] Em 2017, votou pela aprovação da PEC do Teto dos Gastos Públicos e da Reforma Trabalhista.[8] No mesmo ano, foi contrário à abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer.[9]

Em 2017, o conselho de ética recomendou a expulsão de Garcia do partido, por desacordo político.[10][11] Em outubro, deixou o PSB, juntamente com os deputados Danilo Forte (CE), Adilton Sachetti (MT) e Tereza Cristina (MS), além do ministro Fernando Coelho Filho.[12] Em dezembro, filiou-se ao Democratas (DEM).[13]

Em 2018, Garcia não concorreu a um segundo mandato como deputado federal. Em vez disso, optou por ser candidato a primeiro suplente do senador Jayme Campos.[14] Na votação de outubro, a chapa foi eleita com 490.699 votos, o que representou 17,82% dos votos válidos.[15] Após a eleição, descartou integrar o governo de Mendes para cuidar das empresas de sua família.[16] Também se manteve como presidente do DEM-MT.[17]

Em 6 de abril de 2022, Fábio Garcia foi empossado senador da República pelo Mato Grosso, por conta do afastamento temporário do titular do cargo, senador Jayme Campos.[5][6] No Senado, teve uma atuação destacada e conseguiu a aprovação de dois importantes projetos de lei de sua autoria, se destacando nacionalmente por fazer dois feitos importantes em apenas 100 dias como senador da República.

O primeiro, de autoria de Garcia, assegurou a devolução, por parte das empresas distribuidoras de energia elétrica, de valores cobrados a mais dos consumidores. A nova lei garantiu a redução no valor pago na conta de energia elétrica por cada cidadão brasileiro.

O segundo, relatado por Fábio Garcia,  possibilitou a redução no preço do etanol pago pelo consumidor e trouxe melhores condições para a indústria do setor. Além disso, assegurou a continuidade do desenvolvimento da cadeia dos biocombustíveis, que geram energia limpa e renovável.

Nas eleições de 2022, Fábio Garcia foi candidato a deputado federal pelo União Brasil, sendo eleito como o mais votado de Mato Grosso. Ele recebeu 98.704 votos.

Em 7 de julho de 2023, Garcia se licenciou do cargo de deputado federal, que passou a ser ocupado pela deputada Gisela Simona, primeira suplente do União Brasil. Em 10 de julho, ele assumiu o comando da Casa Civil de Mato Grosso, em substituição a Mauro Carvalho, que passou a ocupar uma vaga no Senado.

Em 19 de janeiro de 2024, Mauro Carvalho anunciou durante coletiva de imprensa no Palácio Paiaguás que retornaria à iniciativa privada e, portanto, Fábio Garcia assumiria a Casa Civil em definitivo. Tendo a continuidade de sua licença na Câmara dos Deputados, fazendo com que a deputada Gisela Simona continue exercendo seu mandato até o momento.

Referências

  1. a b c «FABIO GARCIA». Câmara dos Deputados do Brasil. 2019. Consultado em 26 de julho de 2020 
  2. a b «Mauro Mendes toma posse no cargo de prefeito de Cuiabá». Partido Socialista Brasileiro. 7 de janeiro de 2013. Consultado em 26 de julho de 2020 
  3. a b c d e f g «Projeto de decreto nº 003/2017» (PDF). Câmara Municipal de General Carneiro. 13 de março de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020 
  4. a b «Candidato não diz que é filho de empreiteiro que mais 'abocanha' no governo». Repórter MT. 27 de junho de 2014. Consultado em 26 de julho de 2020 
  5. «PSB homologa candidatura de Fabio Garcia a deputado federal». Gazeta MT. 28 de junho de 2014. Consultado em 26 de julho de 2020 
  6. «Eleições 2014: apuração dos votos em MT». G1. 2014. Consultado em 26 de julho de 2020 
  7. «Impeachment de Dilma: saiba como votou cada um dos partidos na Câmara». Agência Brasil. 18 de abril de 2016. Consultado em 26 de julho de 2020 
  8. «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». G1. 2 de agosto de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020 
  9. «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Carta Capital. 3 de agosto de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020 
  10. «Conselho de Ética do PSB recomenda expulsão de Fábio Garcia». Gazeta Digital. 14 de outubro de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020 
  11. «Juiz suspende expulsão de Fábio Garcia do PSB». Metrópoles. Livre. 16 de outubro de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020 
  12. Fernando Calgaro (24 de outubro de 2017). «Quatro deputados do PSB aliados do Planalto pedem desfiliação do partido». G1. Consultado em 26 de julho de 2020 
  13. «Fábio Garcia filia-se ao Democratas em evento em Brasília». Gazeta Digital. 14 de dezembro de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020 
  14. Chico Ferreira (3 de agosto de 2018). «Fábio Garcia recua de reeleição para ser suplente de Jayme ao Senado». Gazeta Digital. Consultado em 26 de julho de 2020 
  15. «Eleições 2018: apuração Mato Grosso». Uol. 2018. Consultado em 26 de julho de 2020 
  16. Mikhail Favalessa (4 de dezembro de 2018). «Fabio Garcia descarta secretaria de Mauro para cuidar de empresas». Repórter MT. Consultado em 26 de julho de 2020 
  17. Gabriela Galvão (4 de dezembro de 2018). «Fábio Garcia anuncia que não será secretário de Mendes». Livre. Consultado em 26 de julho de 2020